Invocação do Mal 2 (2016) – Crítica sem Spoilers!

O primeiro Invocação do Mal foi corajoso, mexer em um tema que somente um único filme de 1973 trouxe de uma forma única e brilhante, sim estou falando do “O Exorcista”, sobre a possessão demoníaca, claro que fica em comparações, mas sim é um excelente filme de terror.

Mas hoje vamos falar sobre Invocação do Mal 2, continuação de filme estrelado por Vera Farmiga, Patrick Wilson, Ron Livingston e Lili Taylor, e dirigido por James Wan.

Ficha técnica:

Gênero: Terror
Direção: James Wan
Titulo Original: The Conjuring 2
Roteiro: Carey Hayes, Chad Hayes, James Wan
Elenco: Abhi Sinha, Adrien Ryans, Alexa Najera, Frances O’Connor, Javier Botet, Jennifer Collins, Madison Wolfe, Maria Doyle Kennedy, Nancy DeMars, Patrick Wilson, Robin Atkin Downes, Shannon Kook, Simon Delaney, Simon McBurney, Sterling Jerins, Steve Coulter, Vera FarmigaInvocação-do-Mal-2Produção: James Wan, Peter Safran, Rob Cowan
Fotografia: Don Burgess
Edição: Kirk M. Morri
Duração: (2h 14min)
Nacionalidade e lançamento: E.U.A.,(09 de junho de 2016 no Brasil)

Sinopse: Sete anos após os eventos de Invocação do Mal (2013), Lorraine (Vera Farmiga) e Ed Warren (Patrick Wilson) desembarcam na Inglaterra para ajudar uma família atormentada por uma manifestação poltergeist na filha. A trama é baseada no caso Enfield Poltergeist, registrado no final da década de 1970.

Curiosidade: A verdadeira historia do “Caso Poltergeist de Enfield”, não foi um dos casos do casal Lorraine e Ed Warren. O investigador do caso “Enfield Poltergeist” Maurice Grosse, disse que o casal Warren chegaram na casa sem avisar e sem ser convidados para investigar as evidências paranormais na casa da familia Hodgson, o casal ficou apenas um único dia “fabricando suas próprias provas e evidencias” simplesmente para criar suas historias e ganhar dinheiro, se for verdade é algo horrível para os Warrens que tem mais de 8.000 casos.

Vamos a crítica: O filme começa em 1970 mostrando o casal em uma mesa ainda abalados com caso em Amityville, após uma visão de Lorraine, o casal está disposto a não aceitarem mais casos sobrenaturais, e sim focando em debates na TV e palestras.

A sequência fala sobre o “Caso Poltergeist de Enfield” e mistura a possessão demoníaca com poltergeist, sabemos sobre toda polemica da história original do casal Lorraine e Ed Warren, porém estamos aqui para analisar e falar sobre filme, é uma adaptação sobre um dos casos de Lorraine e Ed Warren que se passou nos anos 1970 em Enfield, Inglaterra, exatamente em 1977 na historia original tínhamos duas irmãs Margaret (14 anos) e Janet Hodgson (11 anos), supostamente possuídas. No filme, temos somente Janet Hodgson sendo o foto principal das manifestações, a entidade brinca com os irmãos Billy de apenas 7 anos e Margaret, mas o início das atividades sobrenaturais, começou apos as irmãs “brincarem” com um jogo de tabuleiro Ouija.

Na direção temos mais uma vez Jame Wan, é nítido perceber uma evolução nas técnicas, ele brinca muito bem com as cores, o filme começa muito colorido e cenários muito bem ambientado nos anos 70, quando o mal se aproxima você situa naturalmente devido as cores, temos alguns planos sequências incríveis misturando algumas operações de câmeras, em especial os travelings atravessando entre os quartos e corredores da casa, e logo você compreende o espaço ambientado da casa mal-assombrada. Em momentos de focos James Wan prefere pegar a reação de outros personagens deixando o filme mais natural possível, ele brinca em alguns momentos saindo do suspense indo para cômico e até o romance encaixando organicamente tirando o seu foco para pegar você de surpresa com os momentos de jump cares. Ele usa o enquadramento plongée, filmando de cima para baixo deixando você sempre acima da entidade e brincando com os elementos, com zoom com ângulo holandês que é usado para demonstrar a confusão dos personagens, ele é e foi competente, é firme com sua câmera com vários momentos.

A trilha sonora é misturada com músicas muito bem encaixadas, e não deixa perder o clímax da tensão e ritmo das cenas.

As continuações sempre tem o grau de dificuldades maiores, mas o filme não decepciona é muito bem feito. O roteiro tem seus erros e acertos, eu diria muito mais acertos do que erros, lembrando que é uma adaptação e seguindo elementos que ele usa para sair da história original, hoje em dia considerado como uma fraude, mas ele cria sua própria adaptação encima do “Caso Poltergeist de Enfield”, é sensacional a forma que ele consegue tirar elementos do caso e transpor com fugas no roteiro muito bem encaixadas. A entidade é algo maligno, causando estranheza e arrepios

Se você é apreciador do gênero, vai curtir o filme, não acho melhor do que o primeiro, mas não deixa a desejar, muito bem dirigido, brinca e faz homenagens nos momentos certos para Wes Craven no momento do ”Conto do Homem Torto”, alguns hates falam que ele copia esta parte do bom film Babadook, mas claro que não é, homenageia o poltergeist (1982), usa técnicas de Sam Raimi nas câmeras, e por isto James Wan merece ser reconhecido e virar um dos melhores diretores da atualidade para terror.

Até a próxima!

Mais do NoSet

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *