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Conhecendo a Universal Studios Tour em Hollywood

Conhecendo a Universal Studios Tour em Hollywood
  • Publishedagosto 3, 2016

Este é o segundo de 4 posts onde vou falar sobre os tours nos estúdios de Hollywood, em Los Angeles. O passeio de hoje é na Universal Studios. Começo dizendo que é injusto comparar a Universal com os demais estúdios que fazem tours, porque a Universal é um parque de diversões high-tech (é um termo bem anos 80, eu sei. Coisas da idade) e a visita aos estúdios é apenas uma das atrações do parque.  A Universal não é baseada em brinquedos tipo montanhas-russas ao ar livre, roda gigante ou carrinhos bate-bate. O forte do parque são os simuladores 3D/4D e rides (carrinhos em alta velocidade dentro de galpões temáticos) de filmes e séries vinculados ao estúdio ou licenciados (Transformers, por exemplo, é da Paramount, que licencia a marca e os personagens para a atração e obtém parte dos lucros). A Universal da Califórnia é menor do que a unidade de Orlando (lá são 2 parques, um ao lado do outro). Na verdade, esse parque da Califórnia acaba sendo uma mistura dos dois ambientes de Orlando, mas em uma escala bem menor e mais compacta.

Universal_Studios_Fountain

Em Abril de 2016 o parque sofreu uma grande expansão, trazendo para esta unidade um dos maiores sucessos de Orlando: a área dedicada a Harry Potter! Não é tão grande como a da parceira da Flórida, mas traz a cidade de Hogsmeade, o mesmo Castelo de Hogwarts e o melhor simulador que já andei na minha vida. A poucos dias foi  inaugurada uma área dedicada a The Walking Dead, que vai ficar para uma próxima oportunidade. A cada ano, atrações antigas são fechadas para dar lugar a filmes mais atuais (por isso infelizmente não pude ir na atração de De volta para o futuro, definitivamente desativada). Para vocês terem uma noção de como o parque está hoje, é só dar uma olhada no mapa.

A entrada do parque é uma área chamada de Citywalk, lotada de redes famosas de fast-food, restaurantes, lojas, cinema, entre outras coisas. Os estacionamentos são gigantescos, como não poderia deixar de ser (em torno de $15 a $20 dólares). Para andar pela Citywalk e comer em algum restaurante, você não precisa comprar o ingresso para o parque (este ambiente fica antes das bilheterias). Dentre os restaurantes, destaco o Hard Rock Café, Bubba Gump (restaurante temático do filme Forrest Gump), a cantina italiana Bucca di Beppo e uma churrascaria brasileira. Novamente pedimos desculpas pelo cidadão na frente de todas as fotos.

Passando pela bilheteria e pela área de revista, você chega na Globe Fountain, onde está o famoso símbolo do globo girando da Universal, área obrigatória para uma fotinha. (confesso que achei a de Orlando mais bonita). Depois você segue para os ambientes dedicados aos filmes e séries, corre para Hogsmeade ou vai para a fila do Studio Tour. A todo momento você pode dar de cara com algum personagem clássico de Hollywood. Aí é com você: ou vai pelo raciocínio lógico, tem noção de que são apenas pessoas comuns fantasiadas, e dá preferência para as outras atrações (às vezes a fila para a foto com o personagem é até maior do que a fila dos brinquedos. Tentei 3 vezes foto com a “Marylin Monroe” e não consegui) ou então você entra no clima, assume o lado infantil e aproveita o momento para fazer aquela pose com a galera. Se você se planejar bem, as filas não estiverem gigantescas, e souber aproveitar as opções de fila e horário dos shows, você consegue andar praticamente todo o parque. Ainda tem a opção, se tiver grana sobrando suficiente, para comprar o “front of line” e sempre ter preferência na fila. Não foi o meu caso.

Dentre as atrações do parque (áreas temáticas, simuladores e rides), hoje estão disponíveis: Meu malvado favorito, Jurassic Park, A Múmia, Transformers, Os Simpsons, Shrek, Waterworld (não ignorem esta atração por ser um filme antigo, é um show pirotécnico fantástico cheio de atores de séries), além, é claro, de Hogsmeade, que merece toda uma descrição especial.

Assim que você passa pelo portão de entrada na área, parece que realmente é transportado para o mundo da magia. Impressionante como tem crianças e adolescentes usando as “vestes” de Hogwarts (que são CARAS!!!!) e portando suas varinhas fazendo “feitiços” por toda a área e se divertindo, sem a menor preocupação de senso de ridículo. Você passa pelo expresso de Hogwarts, pode entrar na loja de varinhas Olivaras e assistir uma apresentação de escolha de varinhas idêntica ao primeiro filme, comprar doces e feijõeszinhos de todos os sabores na Dedos de Mel, brincadeiras e truques na Zonko’s, artigos para quadribol na Dervish and Banges, roupas e acessórios na Madame Malkin e corujas de pelúcia no Empório do Flinch, além de tomar uma cerveja amanteigada ou um suco de abóbora no Três Vassouras. Tudo belissimamente (essa palavra existe?) decorado. Também tem um palco ao ar livre onde acompanhamos corais de bruxos ou lutas com varinhas. Pra quem é fã da franquia, não tem como não enlouquecer com tudo isso. Só prepare o bolso, se quiser levar alguma lembrancinha oficial pra casa. Ah, meninas, vão no banheiro feminino. Dizem que a Murta está chorando por lá.

De atrações estilo brinquedo, temos uma mini-micro-nano-montanha russa do Hipogrifo (o passeio dura cerca de 30 segundos. Vale para passear pelo ambiente todo decorado onde mora o hipogrifo) e, como já citei, o espetacular simulador “Harry Potter and The Forbidden Journey” (Harry Potter e a Jornada Proibida) dentro do castelo de Hogwarts. A fila começa na floresta, passamos pelo carro voador dos Weasley, chegamos em uma área onde temos que guardar todas as bolsas, mochilas e CÂMERAS (tristeza define), e depois segue a fila. Passamos pela estufa das mandrágoras, contador de pontos das 4 casas, quadros que se movimentam e conversam entre si, o escritório do Dumbledore, a sala comunal da Grifinória, a porta de entrada da mulher gorda, o chapéu seletor, e a sala de aula com um holograma perfeito do Harry, Rony e Hermione até chegar no brinquedo de fato. Se você um dia sonhou em como seria a sensação de voar numa vassoura, fugir de um dragão e jogar quadribol, aconselho desde já a juntar suas moedas, porque é possível! E o parque de Orlando está ainda maior, depois da expansão que construiu o beco diagonal.

Me empolguei tanto que esqueci de falar do TOUR! É um passeio de aproximadamente 45 minutos, então se programe bem para não perder nada importante no restante do parque. Como adiantei no início, é mais uma atração do que uma visita. De estúdio mesmo, você vê pouca coisa além de fachadas e ambientes utilizados nos filmes. Primeiramente, você não sai do carrinho (a não ser que você compre o passeio VIP Experience, por obscenos $400 dólares. Aí você sai do carrinho algumas vezes e visita muito mais coisas). Então, estando sentado no lado direito, quando passa algo pelo seu lado esquerdo, você só consegue tirar foto da cabeça das pessoas. E como o carrinho não pára em nenhum momento, fica difícil ver os carros, detalhes e cenários do lado oposto ao seu.

O início do passeio se torna bem frustante, pra falar a verdade. Talvez por isso o estúdio tenha pensado nos “algo a mais”. Depois que anda por uma ladeira lotada de posters de filmes do estúdio, passar por casas e cenários usados em filmes e séries como Desperate Housewives, Jurassic Park, Guerra dos Mundos, entre outros. O guia vai explicando, contando algumas curiosidades, piadas e alternando com vídeos dos filmes que foram gravados naquele local. Em seguida você entra em uma área de efeitos especiais de filmes-catástrofe, com explosões e enchentes, bem interessante. Em outro momento, você coloca um óculos 3D e acessa a melhor parte do tour, a área do King Kong. Eu já fui em muito simulador, mas nesse eu fiquei impressionado com a qualidade técnica da coisa! Passamos por áreas temáticas de tubarão, Bates Motel, Grinch, uma área dedicada a filmes de faroeste, cenários que imitam outros estados e países e, pra finalizar, fizeram uma outra atração baseada na franquia Velozes e Furiosos, com hologramas. É bem-feito, mas depois do King Kong, nada mais desse tipo poderia ser superado.

Uma coisa que eu não sabia, os estúdios alugam seus espaços para outros estúdios “concorrentes”. A Universal tem a maior floresta, então outros estúdios pagam para gravarem lá. Na Paramount, tem um que estacionamento vira um mar em dias de gravação, então outros estúdios também podem locar e filmar neste espaço (vou mostrar isso no próximo post). Nos tours, o tempo todo você encontra caminhões estacionados com o logo de outros estúdios e gente trabalhando carregando equipamentos pra todos os lugares. como sempre, se tiver alguma coisa sendo filmada por lá ou algum galpão montado para um filme ou série, você não passa nem perto. E já que o carrinho passa pelos escritórios e galpões, existe a possibilidade de encontrar algum artista. Novamente, não vi nenhum. MAS…

Se você for uma pessoa organizada e preparar antecipadamente seu roteiro, você pode ficar acessando os seguintes links: http://www.tvtickets.com/ (geral), http://on-camera-audiences.com (American Idol), http://tvtix.com (alguns programas de auditório) e https://1iota.com/ (The Voice e alguns outros programas). Nesses sites, com mais ou menos 30 dias de antecedência, você consegue solicitar tickets para assistir de graça a gravações, como The Big Bang Theory (que costuma se esgotar em minutos) ou mesmo participar da platéia de programas de auditório (sua melhor opção). O único porém é que você não pode levar celular, câmera, tablet, nenhum aparelho eletrônico que permita gravar ou tirar fotos. E eles são bem rigorosos com isso. Se tentar levar o celular, você decide se volta pra casa ou descarta seu aparelho, já que a equipe técnica não guarda os aparelhos. Então você vai apenas guardar esse momento na sua memória.

Foi assim que eu consegui assistir a gravação do The Voice!!!! Aqui mesmo, na Universal. Foi uma experiência única e fantástica!! Mas chegue cedo para conseguir se sentar nas primeiras filas e se prepare para algumas horas de maratona esperando a gravação começar. Eu cheguei no local de gravação às 14h e saí de lá às 21h. É bom ver tudo editado, né? Mas o trabalho que dá pra gravar aquilo tudo. E isso porque programa de auditório é bem mais rápido do que acompanhar a gravação de uma sitcom americana. É check-in, detector de metais, fila, sala de espera, mais fila, espera posicionamento de câmeras, grava risos, grava aplausos, grava as chamadas, grava só a platéia, e depois de um bom tempo chegam os jurados e os candidatos. E entre um candidato e outro mais espera. Mas se for pensar que é uma oportunidade única, vale a pena o “sacrifício”.

E adivinha aonde eu fiquei sentado? Cara a cara com a Miley Cyrus, exatamente de frente para a cadeira dela, e, consequentemente, bem pertinho da Alicia Keys, Blake Shelton e Adam Levine. Vou me lembrar desse dia pro resto da vida!

Dica: A Universal é o mais caro dentre os estúdios, como não poderia deixar de ser, já que é um parque. Dependendo do dia ou estação, varia de $90 a $110 dólares. Escolha um dia que o parque fecha mais tarde (os horários também variam) para seu dinheiro ser ainda melhor aproveitado. No caso de  você ficar mais dias em Los Angeles e quiser fazer mais de um estúdio, uma alternativa é o Go Card LA. Dependendo do número de dias ou de atrações que você quiser fazer, pode conseguir um bom desconto. Universal, Warner e Sony fazem parte do pacote de atrações. O site é: www.smartdestinations.com/los-angeles-attractions-and-tours

Written By
Leonardo Casillo

Professor (computação), músico (teclado), blogueiro (leocasillo), nordestino (Mossoró-RN), nerd (que a Força esteja com você!) e cinéfilo (menos terror).

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