Crítica: Rock Dog – No faro do sucesso.

Qual a principal preocupação de um pai? Na maioria dos casos é passar o máximo de lições e conhecimentos para seu filho. Mas será que os sonhos dos filhos são mais importantes que esse desejo incontrolável de sucesso ou realização que os pais têm em relação a eles?
Pensando nisso, a trama de Rock Dog – No faro do sucesso – nos coloca diante de um pai que deseja passar seu legado ao filho que, em contrapartida, tem outros planos para si. Os dois são cães Mastiff tibetanos, responsáveis pela guarda de ovelhas perseguidas por lobos liderados pelo sinistro Linnux.

Apesar da persistência dos lobos (que moram na cidade próxima ao vilarejo nas montanhas), o pai de Bodi, Khampa, tem sucesso em expulsá-los de lá. Entretanto Khampa sabe que não durará para sempre e, por isso, tem que passar seus conhecimentos e responsabilidades para o filho. Bodi é um cãozinho muito legal, animado e um músico de talento natural, cujas pretensões são postas de lado em prol da segurança do vilarejo e das ovelhas.

Tudo permanece tranquilo até o dia em que, literalmente, uma caixa contendo um rádio cai do céu. Esse rádio desperta em Bodi o desejo de retomar seu aprendizado da música e ele decide partir para a cidade em busca dos ensinamentos do superstar Angus Scattergood.

Nesse mesmo caminho Bodi encontra outros músicos que tocam ao ar livre e lutam também pelo reconhecimento de seu trabalho. Entre eles está a encantadora Darma que acredita no talento dele, apesar de desconfiar um pouco de sua história com Angus. Afinal, quem  acreditaria que um músico desconhecido teria contato com uma lenda do rock?

O resto da narrativa nos levará a um caminho onde erros e acertos irão moldar amizades, corrigir atitudes erradas e, sobretudo, unir Bodi, seus amigos e seu pai, algo que era esperado, até por aquilo que o trailer mostra.

Animação para crianças.

Mesmo sendo uma animação relativamente bem feita, Rock Dog não traz atrativos fortes para a maioria dos adultos, o que não os impedirá de ver ou se divertir com ele. Mas, verdade seja dita, a história, personagens e até o ritmo são totalmente voltados para as crianças. O vilão é um cara malvado, mas não chega a ser maligno. Como um lobo, ele segue seus instintos que o levam a querer devorar as ovelhas, tal qual Khampa, cuja função é vigiar e cuidar para que isso não ocorra.

Seguindo a consagrada fórmula da jornada do herói, Bodi irá aprender e ensinar, até que seus objetivos (e as lições neles embutidas) sejam alcançados e exibidos aos espectadores. Há um belo conteúdo moral que engloba a crítica ao comportamento fútil e mesquinho de Angus (viciado no sucesso), a esperança do cãozinho Bodi, a preocupação paterna de Khampa e a confiança de alguns dos novos amigos de Bodi.

Vamos acrescentar a isso a passividade das ovelhas, uma inteligente alusão às massas acomodadas que pouco fazem para mudar suas rotinas e destinos.

Dubladores nacionais.

A dublagem está ótima e conta com nomes como Wendel Bezerra (Goku, Bob Esponja, o Gatola da cartola, One Piece), Armando Tiraboschi, Wellington Lima, Mauro Ramos, Felipe Grinnan, Cássia Bisceglia, Angelo Vizarro e Nestor Chiesse. Eles dão consistência aos personagens e mantêm a tradição das boas dublagens que já são marca registrada do trabalho desses ótimos profissionais.

Já entre os dubladores estrangeiros temos os seguintes atores:

Assistam Rock Dog e levem suas crianças que irão adorar o humor, a ação e as lições nele contidas.

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