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Crítica: Ao Cair da Noite | Um drama sobre o medo

Ao Cair da Noite é o tipo de filme que divide opiniões entre os expectadores, pois o cinema de modo geral vive com uma carência de bons filmes do gênero de horror e quando filmes como este são lançados cria-se uma expectativa muito grande. Porem, ele não atende a todas, principalmente, porque se trata de um drama movido pelo medo.

Uma espécie de doença que acomete a todos e fez com que uma família se isolasse em sua casa (que já era isolada por si só), com o intuito de se protegerem, entretanto, mesmo tomando todas as precauções o avô Bud (David Pendleton) acaba contraindo a doença e leva a família a tomar medidas dolorosas. Depois disso a família segue sua rotina monótona, na tentativa de sobreviverem, de modo limitado e sempre se protegendo até e que eles encontram outra família perdida, ficam no dilema de acolher ou não, tamanho é o medo de serem infectados.

Do novato Trey Edward Shults (Krisha, 2016) que é diretor e roteirista do filme, traz um longa que remete um pouco a A Bruxa, por ser da mesma produtora a A24. Um filme com um terror psicológico, com muito suspense e com um susto ou outro. Apenas isso que o difere de A Bruxa. Mas, os elementos do filme são bem similares como o fato de ter um núcleo familiar, vivendo isolados no intuito de se proteger de algo que vive a espreita e com um desenrolar; sempre muito lento e linear.  Uma curiosidade o bode “Black Phillip” de A Bruxa aparece no filme, mesmo sem ter nenhuma relação, o bichinho faz apenas uma ponta mesmo.

O elenco conta com Joel Edgerton (Êxodo: Deuses e Reis) no papel do pai Paul, Kelvin Harrison Jr. (O Nascimento de uma Nação) o filho Travis e no papel da mãe Sarah, Carmen Ejogo (Animais Fantásticos e Onde Habitam). Joel, representa o grande patriarca Paul, basicamente ele que dita todas as ordens dentro da casa e os demais acatam, por verem no personagem a imagem de líder e protetor. Até a chegada de Will (Christopher Abbott) que causa grande sensibilidade em todos, pois também tem uma família que se encontra em condições de risco e isso desestabiliza a até então segura vida de Paul e sua familia.

No mais, após a chegada de Will e sua família na trama, acontecem alguns rebuliços até o ponto de caos completo. Para quem está acostumado com terror e jumpscares esse com certeza não é um filme que eu indicaria. Mas, para aqueles que procuram um bom terror Cult e psicológico é uma boa pedida e cumpre bem seu papel nesse quesito. Porque o filme é todo assim agonizante, gera sensações de tensão, pânico com o cenário sempre muito escuro, então você lembra que não tem para onde correr que são só eles por eles e inclusive é nisso que termina, talvez seja até uma reflexão.

Nota:6/10

Titulo Original: It Comes at Night

Diretor: Trey Edward Shults

Elenco: Joel Edgerton, Carmen Ejogo, Kelvin Harrison Jr., Riley Keough, Christopher Abbott, David Pendleton.

Sinopse: Paul (Joel Edgerton) mora com sua esposa e o filho numa casa solitária e misteriosa, mas segura, até que chega uma família desesperada procurando refúgio. Aos poucos a paranóia e desconfiança vão aumentando e Paul vai fazer de tudo para proteger sua família contra algo que vem aterrorizando todos.

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