Crítica: O Dublê | Filme que homenageia extraordinariamente toda uma classe trabalhadora e ainda te diverte

Chega aos cinemas na próxima quinta-feira (2), o filme estrelado por Ryan Gosling (Barbie, 2023) e Emily Blunt (Oppenheimer, 2023), os dois interpretam Colt e Judy Moreno, respectivamente. Judy é produtora de filmes e está sempre inserida nesse universo cinematográfico. Colt, por outro lado, trabalha quando surgem oportunidades para ele ser o cara que faz as cenas mais arriscadas, de ação ou cenas que, por alguma outra razão, o ator principal não seja capaz de fazer.

Porem em uma dessas filmagens, Colt sofre um grave acidente que o impede de continuar trabalhando e ele fica afastado das telas por 18 meses.  Durante esse período, ele não se afasta apenas das gravações, mas também de todos que trabalham no ramo, incluindo Judy.

Agora Judy está se lançando como diretora com um filme de ficção-cientifica, romance e muita ação. Sem o seu consentimento, sua agente acaba contratando Colt para ser o dublê do protagonista do seu longa-metragem. Quando os dois se encontram no set de filmagens, o conflito é gerado, mas esse não é o maior dos problemas de Judy. Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson, Trem Bala, 2022) o protagonista do filme desaparece de uma hora para a outra, Judy então se vê perdida, ainda mais quando já estava na reta final das gravações do seu filme.

Confira o trailer de “O Dublê”

Uma carta de amor aos filmes de ação e a todos que dedicam suas vidas para fazê-los

O diretor David Leitch (Trem Bala, 2022) por muitos anos foi dublê, portanto ele sabe bem todos os altos e baixos da profissão. Agora na posição de diretor, ele se sentiu mais do que no dever de homenagear esses colegas de profissão sendo até uma maneira de reverenciar a sua própria história.

Em O Dublê o espectador vai poder ver mesmo que, de forma ficcional, o cinema acontecendo: seja os bastidores, a rotina de um set de filmagens, o trabalho dos dublês, etc. Um longa-metragem que você não pode piscar, pois a todo momento tem muita coisa acontecendo.

Ator Ryan Gosling em cena de ação do filme “O Dublê” Imagem: Reprodução/Universal Studios

Porque além de todo esse universo cinematográfico, teremos um crime e uma formação de quadrilha por trás desse crime envolvendo Tom Ryder. Há muita coisa por trás de seu desaparecimento e quem vai solucionar esses mistérios e desdobramentos é o nosso herói, Colt.

Porque se tivesse que escolher uma expressão para definir o personagem de Colt, seria “Nem todo herói usa capa”. Pois além de demonstrar todo o seu afeto por filmes de ação, Leitch junto ao roteirista Drew Pierce escolhem fazer uma jornada do herói expressa através do personagem de Ryan Gosling.

Afinal de contas, o filme “O Dublê” vale o ingresso?

Ryan Gosling e Emily Blunt em cena no filme “O Dublê” Imagem: Reprodução

Com toda a certeza, o filme O Dublê é pro cinema, sobre cinema e para ser assistido nos cinemas. Ele, além de ser um espetáculo visual, reúne gêneros que vão agradar a todos seja os amantes de ação, os que querem ver algo para se divertir e aqueles que curtem um bom romance ele atende bem todos esses espectadores e faz isso muito bem.

Se eu posso dar um conselho é: assista ele nos cinemas. É um filme para toda a família, exceto crianças e adolescentes até os 14 anos. Fora isso, quem for assistir além de ser agraciado com com um filme que é puro entretenimento, vai ver muitas outras abordagens sobre o cinema, como o futuro do cinema, o longa-metragem aponta os riscos da deep fake e da I.A. Demonstrando que podem ser uteis, mas também perigosas se pararem em mãos erradas. Sem mais delongas, corram para os cinemas para assistirem O Dublê.

Nota: 5/5

Ficha Técnica

Título Original: The Fall Guy

Duração: 125 minutos

Direção: David Leitch

Elenco: Ryan Gosling, Emily Blunt, Aaron-Taylor Johnson, Teresa Palmer, Winston Duke, Stephanie Hsu, Hanna Waddingham

Sinopse: O dublê Colt Seavers volta à ação quando uma estrela de cinema desaparece de repente. À medida que o mistério se aprofunda, Colt se envolve em uma trama sinistra que o leva à beira de uma queda mais perigosa do que qualquer uma de suas acrobacias.

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