Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um dos melhores filmes de 2014.
Relatos Salvajes – Relatos Selvagens (2014):
Direção Damián Szifron, Produção Pedro Almodóvar, Axel Kuschevatzky, Roteiro Damián Szifron, Elenco Rita Cortese, Ricardo Darín, Nancy Dupláa e Dario Grandinett, Relatos Salvajes é um filme argentino. O filme foi selecionado para o Palma de Ouro o prêmio de maior prestígio do Festival de Cinema de Cannes. Também foi indicado pra o Oscar de melhor filme estrangeiro da edição de 2015.
Sinopse: Diante de uma realidade crua e imprevisível, os personagens deste filme caminham sobre a linha tênue que separa a civilização da barbárie. Uma traição amorosa, o retorno do passado, uma tragédia ou mesmo a violência de um pequeno detalhe cotidiano são capazes de empurrar estes personagens para um lugar fora de controle.
Pedro Almodóvar (O produtor): Nascido em Calzada de Calatrava, 24 de setembro de 1949, Almodovar é um cineasta, ator e argumentista espanhol. Nunca pôde estudar cinema, pois nem ele nem a sua família tinham dinheiro para pagar os seus estudos. Antes de dirigir filmes, foi funcionário da companhia telefônica estatal, trabalhou com HQs, ator de teatro avant-garde e cantor de uma banda de rock, na qual participava travestido. Foi o primeiro espanhol a ser indicado ao Oscar. Publicamente homossexual, os seus filmes trazem a temática da sexualidade abordada de maneira bastante aberta. Seu ano de nascimento é incerto, sendo por vezes divulgado como 1949 e outras vezes como 1951. Um dos mais premiados realizadores da história do cinema, venceu dois Oscar, dois Globo de Ouro, quatro BAFTA, quatro prêmios do Festival de Cannes e seis Goy, a honraria máxima do cinema espanhol.
Crítica: Surpreendente filme drama sobre o cotidiano com um toque de loucura, merecidamente este foi o representante argentino na categoria de melhor filme estrangeiro no Oscar 2015. Nada surpreendente se pensarmos que na produção do filme tem um Almodóvar genial comandando a equipe. Cada curta dentro do filme representa abertamente nossas loucuras em uma sociedade castradora e ditatorial, onde as regras aparecem como sendo um facilitador para a máquina e não ao cidadão, nos tornando cada vez menos humanos e mais zumbis programados.
Do elenco Ricardo Alberto Darín é um ator que eu já tive o prazer de ver seu brilhante trabalho no excelente Tese Sobre um Homicídio (2013), filme também argentino do diretor surpreendente Hernán Goldfrid, e seu personagem bateu demais com minha sensação de uma São Paulo que vive de multar os motoristas como uma máquina de se ganhar dinheiro, mas é na fantástica atuação de Erica Rivas na festa de casamento que o filme fecha com chave de ouro. Perfeita do começo ao fim, um show de atuação, ela simplesmente transmuta através da loucura em vários estágios, drama, volúpia, vingança e amor, de maneira simples e clara para o público que a assiste.
A melhor referência que posso dar ao diretor Damián Szifron, ganhador do prêmio Goya, é que seu trabalho está a altura de um outro clássico sem dever nada, Um dia de Fúria ou Falling Down (1993), dirigido por Joel Schumacher e escrito por Ebbe Roe Smith, estrelado por Michael Douglas. Mas o que realmente gostei tanto no roteiro quanto na direção de cada curta, é o final imprevisível, principalmente no primeiro curta onde o ator principal e motivador do filme não aparece. Toque de gênio.
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