Os Incríveis 2 – Família Unida contra Vilania

Super-heróis com seus superpoderes combatendo super-vilões não é uma novidade na indústria do entretenimento adicionando relacionamentos familiares, crise conjugais e discussões sobre eventos cotidianos banais parece ser uma novidade em filme voltados para a família, agora adiciona lutas corporais, tentativas de assassinato, explosões com sobreviventes e dilemas morais então tem o sexto filme da Pixar. Após quatorze anos, a sequência dele dirigida e escrita também por Brad Bird nos mostra o depois do final.

Após deterem o Escavador (Garcia Júnior) de destruir a Prefeitura, a família Pêra foi presa por violar a lei anti-herói. Para completar, Roberto (Luiz Feier Motta) continua desempregado da sua firma de seguros e continuam sem casa após a batalha com Síndrome (Alexandre Moreno). Porém, uma chance de ouro aparece quando Winston Deavor (Otaviano Costa), dono de uma empresa de telecomunicações e garoto-propaganda, junto com sua irmã Evelyn (Flávia Alessandra), gênio da engenheira, resolvem influenciar a opinião pública a favor dos heróis apesar do passado trágico de seus pais. Para isso, resolvem recrutar a Mulher-Elástica (Márcia Coutinho) para combater o crime.
Com isso, O Sr Incrivel precisa tomar conta dos filhos e manter a ordem da casa Seus desafios envolvem a frustrada vida amorosa da Violeta (Lina Mendes), ensinar matemática ao Flecha (Matheus Périssé) conforme a escola ensinou e controlar os novos poderes do Zezé. Enquanto sua esposa garante o sustento e vai atrás do vilão da vez: O Hipnotizador.

Os quadrinhos sobre heróis dos anos 60 junto com os filmes de espionagem continuam sendo os referenciais. Todo o cenário relembra casas futurísticas no estilo da época tal qual os figurinos. A trilha sonora composta por Michael Giacchino do primeiro filme preservou o jazz e a atmosfera de ação e tensão em meio ao refinamento clássico das notas. As limitações do primeiro filme foram parcialmente solucionadas. Há mais cenas de interação de fluidos com corpos e cabelos humanos. Melhor renderização e definição da computação gráfica. Porém, boa parte da cenografia do longa de animação em três dimensões de maior duração foi reaproveitada numa história complementar.

Na dublagem brasileira, foram mantidos o pessoal da redublagem bem como os não substituídos da primeira dublagem. Nessa nova versão, foram chamados os astros da tv para os novos personagens. Os irmãos Deavor ganharam vozes do apresentador Otaviano Costa e da atriz Flavia Alessandra. O telejornalista Evaristo Costa faz a ponta como o apresentador de telejornal Chad enquanto que o Raul Gil faz a voz de um herói em idade avançada. Logo, não vai faltar piadas brasileiras sendo ditas por personagens americanos.

O filme é uma nostalgia total para os fãs. Situações como as lutas contra os bandidos em meio a disputa de quem vigia o caçula da família e como o chefe da família não tem voz de comando quando a patroa toma uma decisão. Personagens como a estilista de heróis Edna Moda, o criogênico amigo da família Gelado e suas discussões com a esposa, a paixão do colégio da Violeta Toninho Rodrigues e é claro, o bebê com superpoderes em desenvolvimento, o principal alivio cômico do filme assim como o foco principal do roteiro junto com o feminismo ativo de sua mãe.
Sendo o filme é totalmente direcionado aos amantes das frases: “Fica frio aí”, “Nada de capas” e “Ela comeria se tivesse Toninho a Bolonhesa” além das situações cômicas sobre família, heroísmo e luta contra o mal para divertir as crianças com uma dose de realismo para os adultos suportar o filme até o final. Familia unida luta contra a injustiça.

BAO – Antes de matar a saudade da Família Pêra, aproveite um curta da Pixar sobre maternidade e maturação. Trata-se da história de uma mãe chinesa cuja ausência do filho saído de casa pra viver a própria vida a deixou em depressão. Um dia, na hora do almoço, um bao cria vida, sentimentos, tronco e membros. Assim, renasce seu instinto materno e sua vida é dedicada a cuidar do pão chinês a vapor recheado de carne.

Feito pela diretora sino-canadense Domee Shi, trata-se do primeiro curta da empresa feito pro uma mulher com amplo portifólio como artista de storyboard. O enredo é uma versão chinesa e atualizada do famoso conto da língua inglesa “The Gingerbread Man”.
Mais do que uma homenagem a imigração chinesa no Canadá, tendo sua mãe como consultora do filme, é uma história cômica e lírica sobre mães-corujas e filhos em busca da sua liberdade. É uma montanha-russa sentimental para todos os membros da família cuja relação é baseada em amor, cuidado e desentendimento.

TRAILER

Diretor: Brad Bird

Roteirista: Brad Bird

Elenco: Luiz Feier Motta, Márcia Coutinho, Lina Mendes, Matheus Périssé, Márcio Simões, Nádia Carvalho, Otaviano Costa, Flavia Alessandra, Evaristo Costa e Raul Gil.

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