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Mamonas Assassinas: O filme?

Mamonas Assassinas: O filme?
  • Publishedmarço 2, 2016

Salve Nosetmaníacos:

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Mamonas Assassinas:

Mamonas Assassinas foi uma banda brasileira de rock formada em Guarulhos em 1990, inicialmente tinha o nome de Utopia. O som era uma mistura de punk rock com influências de gêneros populares, tais como Forró (Jumento Celestino), brega (Bois Don’t Cry), heavy metal (Débil Metal), pagode (Lá Vem o Alemão), música mexicana (Pelados em Santos), reggae (Onon Onon), vira (Vira-Vira) e Sertanejo (Uma Arlinda Mulher). A carreira da banda, com o nome de Mamonas Assassinas, durou de 23 junho de 1995 até 2 de março de 1996 (pouco mais de 7 meses). Tiveram um sucesso meteórico. Com um único álbum de estúdio, Mamonas Assassinas, lançado em junho de 1995, o grupo vendeu mais de 3 milhões de cópias no Brasil, sendo certificado com disco de diamante comprovado pela ABPD além do disco de diamante num acervo particular do grupo possui discos de ouro, platina, dupla platina com o sucesso de venda do único álbum da banda. Com letras bem-humoradas, o álbum lançou os “Mamonas” ao estrelato nacional. Porém, em março de 1996, no auge da carreira, a banda foi vítima de um acidente aéreo fatal sobre a Serra da Cantareira, o que ocasionou a morte de todos os seus integrantes. Em 2015, para comemorar os 20 anos do surgimento do grupo, uma gravadora independente Iançou um álbum inédito, chamado de “Mamonas: 20 Anos de Fenômeno”, retirado de um show do grupo, diferente do lançado em 2006.

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Utopia:

Em março de 1989, Sérgio Reoli, ao trabalhar na Olivetti, conhece Maurício Hinoto, irmão de Bento. Ao saber que Sérgio é baterista, Maurício decide apresentar o irmão, que toca guitarra. A partir daí, Sérgio conhece Bento e decidem criar uma banda. Na época, Samuel Reoli, irmão de Sérgio, não se interessava em música, preferindo desenhar aviões. Contudo, ao ver Sérgio e Bento ensaiarem em sua casa, Samuel se interessou pela música e passou a tocar baixo elétrico. Estava formada, assim, a “cozinha”, com baixo, guitarra e bateria. A Fórmula do Fenômeno foi o único disco de quando eles eram banda Utopia. Das 1000 cópias produzidas, apenas 100 foram vendidas. Os três formaram o grupo Utopia, especializado em “covers” de grupos como Ultraje a Rigor, Legião Urbana, Titãs, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho e Rush, entre outras. Em um show, em julho de 1990, o público pediu para tocarem uma música dos Guns N’ Roses e como não sabiam a letra, pediram a um espectador para ajudá-los. Alecsander Alves, conhecido como Dinho, voluntariou-se para cantar e provocou grandes risadas da plateia, com sua performance escrachada, garantindo o posto de vocalista da banda. Por meio de Dinho, entrou o quinto integrante da banda, o tecladista Júlio Rasec. O Utopia passou a apresentar-se na periferia de São Paulo e lançou um disco que vendeu menos de cem cópias: A Fórmula do Fenômeno. Aos poucos, os integrantes começaram a perceber que as palhaçadas e músicas de paródia que faziam nos ensaios para se divertirem eram mais bem recebidas pelo público do que “covers” e músicas sérias. Gradualmente, foram apresentando nos shows algumas paródias musicais, com receio da aceitação do público. O público, porém, aceitava muito bem as músicas escrachadas. O Utopia percebeu a chave para o sucesso da banda. Por meio de um show em um bar em Guarulhos, conheceram o produtor Rick Bonadio, o mesmo empresário da banda de Santos Charlie Brown Jr.. Gravaram duas músicas, Pelados em Santos e Robocop Gay, e decidiram mudar o perfil da banda, a começar pelo nome: eles tinham como sugestões Um Rapá da Zé, Tangas Vermelhas, Coraçõezinhos Apertados e Os Cangaceiros de teu Pai. E então Samuel Reoli sugeriu Mamonas Assassinas do Espaço, que foi reduzido para Mamonas Assassinas.

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Mamonas Assassinas:

A banda enviou uma fita demo com as músicas Pelados em Santos, Robocop Gay e Jumento Celestino para três gravadoras, entre elas Sony Music e EMI. Rafael Ramos, baterista da banda Baba Cósmica e filho do diretor artístico da EMI, João Augusto Soares, insistiu na contratação. Após assistir a uma apresentação do grupo em 28 de abril de 1995, João Augusto resolveu assinar contrato com os Mamonas. Porém, antes de gravar o disco, surgiu um problema: A EMI queria pelo menos 10 músicas para o CD, mas só tinham três. E mentiram, ao falar que tinham 7 músicas e que em 1 semana poderiam compor as demais músicas. Então eles tiveram exatamente 1 semana para compor 12 músicas. Em Maio de 1995, a EMI mandou todos os integrantes para Los Angeles, Estados Unidos para gravar o seu único disco. Eram para ser 15 faixas, só que uma delas acabou não sendo inclusa no CD: a música Não Peide Aqui Baby, que é uma paródia da música Twist and Shout dos Beatles, foi censurada devido a grande quantidade de palavrões. Após gravar o disco produzido por Rick Bonadio, apelidado pela banda de Creuzebek, que foi lançado no dia 23 de Junho de 1995, o disco passou desapercebido nas lojas.  Porém, no dia seguinte, quando a 89 FM a Rádio Rock tocou a música Vira-Vira, os Mamonas estouraram de vez. Foi o disco de estreia que mais vendeu no Brasil e também o que mais vendeu cópias em um único dia: 25 mil cópias nas primeiras 12 horas após a canção ter sido executada. Saíram em uma exaustiva turnê, apresentando-se em programas como Jô Soares Onze e Meia, Domingo Legal, Programa Livre, Domingão do Faustão e Xuxa Park. Tocavam cerca de oito a nove vezes por semana, com apresentações em 25 dos 27 estados brasileiros e ocasionais dois a três shows por dia. O cachê dos Mamonas tornou-se um dos mais caros do país, variando entre R$ 40 mil, 50 mil, R$ 70 mil e R$ 100 mil. Consequentemente, a EMI faturou cerca de R$ 80 milhões com a banda. Em certo período, a banda vendia 50 mil cópias por dia e 100 mil cópias a cada dois dias.

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TV:

Por serem tão queridos e admirados pelo público, todas as vezes que apareciam na televisão, a audiência triplicava. Como consequência disso, existia briga entre as emissoras para ter os Mamonas Assassinas nos seus programas. A Rede Globo de Televisão tentou contratá-los por 3 anos exclusivos, mas sem sucesso. Na época que eles fizeram inúmeros shows, eles foram apelidados de Rolo Compressor porque as outras bandas e artistas tinham medo e não queriam tocar na mesma cidade que eles se apresentavam, uma vez que todo mundo queria assistir só os Mamonas, então eles passavam um Rolo Compressor por onde quer que fossem. O logotipo da banda é uma inversão da logomarca da Volkswagen, colocada de cabeça para baixo, formando assim um M e um A de “Mamonas Assassinas”. Dois veículos da empresa alemã são citados nas canções: em “Pelados em Santos”, a Volkswagen Brasília, e em “Lá vem o Alemão”, a Volkswagen Kombi. Os Mamonas preparavam uma carreira internacional, com partida para Portugal preparada para 3 de março de 1996.

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O Adeus:

O Jatinho Learjet 25D, modelo de prefixo PT-LSD era usado para transportar a banda, quando no dia 2 de março de 1996 às 23:56, chocou-se contra a Serra da Cantareira,  enquanto voltavam de um show em Brasília, o jatinho em que viajavam chocou-se contra a Serra, numa tentativa de arremetida, matando todos que estavam no avião. O enterro, no dia 4 de março no cemitério Parque das Primaveras, em Guarulhos-SP, fora acompanhado por mais de 65 mil fãs, em algumas escolas, até mesmo não houve aula por motivo de luto. O enterro também foi transmitido na televisão, com canais interrompendo sua programação norma.

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20 anos após:

Em Abril de 2013, o diretor e produtor Cláudio Kahns, responsável pelo documentário “Mamonas Para Sempre”, negociou com a Fox Channels a venda dos direitos para a realização de um filme sobre a banda. Rodrigo faro faria o papel de Dinho, mas o projeto não foi a frente e foi cancelado no final do ano. Em 2016 completa 20 anos da morte de nossa trupe, será que vamos finalmente ter o filme?

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“Os Mamonas Assassinas foram os maiores heróis de carne e osso que o Brasil já teve. Heróis em cima do palco, onde tocavam sem reclamar até três vezes por noite. Heróis fora do palco, nas nossas casas, onde nos alegravam com suas músicas bacanas e suas piadas debochadas.”

— Ivan Finotti, jornalista

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Att.

Marcelo The Moura

Written By
Marcelo Moura

Moura gosta de Cinema, Tv, Livros, Games, Shows e HQ´s, do moderno ao Cult. Se diverte com o Trash, Clássico e Capitalista. e um pouco de tudo isso você vai encontrar aqui. Muitos dizem que quem escreve é a sua esposa ou mesmo seus três filhos. É ler para crer....

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