Ele quer entender – “Criminosos de Novembro”

A adolescência é uma fase bem complicada, a vida está mudando rápido, logo crianças se tornarão adultos, com responsabilidades que eles só imaginavam que existiam, há inúmeras decisões a serem tomadas.

Para Phoebe e Addison, do longa “Criminosos de Novembro” não é diferente, eles nem sabem exatamente o que sentem um pelo outro. Porém há mais complicadores para eles.

A mãe de Addison morreu poucos meses antes de ele começar a escolher faculdades. Nesse processo de “cura”, ele se aproxima ainda mais da amiga de infância Phoebe e faz amizade com um outro rapaz, com quem ele faz uma aula de filosofia (algo neste estilo).

Este rapaz com quem Addison fez amizade aparentava ser uma pessoa boa, trabalhava em um café no bairro que moravam. Certa manhã, justo no dia que Addison manda o formulário de inscrição para uma faculdade e fica ainda mais íntimo de Phoebe (ou seja, era para ser um dia de celebração), há um tiroteio dentro do tal café e o amigo dele é a única vítima fatal.

Detalhe: a polícia suspeita que o moço é envolvido com gangues de tráfico de drogas.

Addison, convencido de que aquilo tudo estava errado e que não estavam dando a devida atenção àquilo, decide fazer uma investigação particular, envolvendo Phoebe. Ele passa ser mais rebelde dentro da escola, passa dias quase como um zumbi, não ouve mais o pai e até a mãe de Phoebe entra na história, proibindo a filha de se aproximar dele.

A investigação dele ajuda a polícia sim, mas põe a vida dele em risco e não tem o efeito que ele imaginava que teria: preencher um vazio.

Na verdade, ele estava tentando dar significado a morte do amigo, já que na cabeça dele a morte de sua mãe não teria tido. Ela morreu rapidamente, pela manhã estava bem e à tarde tinha sido dada como morta e Addison ainda não tinha assimilado tudo aquilo, apenas se enganou para poder continuar vivendo.

A trama é bem interessante, coloca conflitos internos em jogo e tenta tratar com outra perspectiva. Isto se evidencia por ter um elenco pequeno, deixando Addison como centro de tudo.

Ele é vivido por Ansel Elgort, de “A Culpa é das Estralas” (Okay? Okay). Honestamente, não esperava muito dele, até então achava a interpretação dele um pouco superficial, mas em “Assassinos de Outubro” ele deixou de lado o aspecto adolescente e assumiu o conflito psicológico muito bem, não perdendo seu característico bom humor em algumas cenas cômicas.

Phoebe, que teve a grande responsabilidade de trazer o equilíbrio para Addison, é interpretada por Chloe Grace Moretz, de “Carrie – A Estranha” (2013), “A Invenção de Hugo Cabret” (“Hugo” – 2011 – tem resenha aqui) e outras obras que já citei em outras resenhas e deixei clara minha admiração por ela. Tenho nem mais palavras para falar dela, só que neste longa ela foi o ponto de seriedade e ela sabe fazer isso sem ser dramática, deixando a atuação sóbria e não levando ao exagero.

Beijinhos e até mais.

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