Crítica: A Cura (2017) | Um dos suspenses mais aguardados do ano

 

Mr. Lockhart (Dane Dehaan) é um sucedido executivo de uma empresa da Wall Street em Nova Iorque. Ele é enviado à Suíça para trazer o dono da empresa de volta, que está em uma clinica de reabilitação aonde os pacientes vão para fazer um tratamento a base de água. Água que fornece uma espécie de purificação, trazendo melhorias e benefícios aqueles que a bebem e utilizam. Mas, o que Lockhart não esperava eram as surpresas que teria nesse lugar.

Gori Verbinski, diretor da saga de filmes Piratas do Caribe, nos apresenta um filme grandioso, seja na premissa inicial, seja nos seus ângulos sempre muito abertos ou no seu tempo de duração, diga-se de passagem, muito longo. De cara, o espectador se depara com um suspense, um mistério por trás do sanatório, dos pacientes e de Pembroke (Harry Groener), o CEO que Lockhart foi buscar, mas de inicio já encontra dificuldade em achar ou ter acesso ao magnata. Pois, o hospital tem um horário de visitas e ele chega após esse horário, diante dessa circunstância se vê obrigado a permanecer na cidade e voltar no dia seguinte. Mas, ele sofre um acidente de carro e acaba ficando por ali mais tempo do que esperava.

Instantes antes do acidente sofrido por Lockhart, ele avista de longe uma menina misteriosa, que mais tarde ele conhecerá. Trata-se de Hannah (Mia Goth) uma jovem paciente do sanatório, que é tratada como um caso especial pelo médico e diretor do hospital Dr. Volmer (Jason Isaacs) e é um elemento importante por trás de todo esse suspense.

O Elenco dispõe de grandes atores, que juntos vão incrementando a história e somando dados para o desfecho do mistério, no qual Lockhart está inserido e o espectador fica inspirado a descobrir também. Como, por exemplo, a paciente Mrs. Watkins (Celia Imrie), uma senhora que conhece a história do lugar e vai desvendando outras coisas através do seu jogo de palavras cruzadas.

Ela conta a história do suicídio de um padre em um local estranho e suspeito localizado no hospital, mais tarde fala sobre camponeses que foram encontrados mortos de tal maneira que nunca se teve explicação. Antes disso, Lockhart também toma conhecimento de que antes do local ser um sanatório, foi residência de uma família real, na qual irmãos se casaram e essa fama da água que cura surgiu a partir deles. Isso tudo é a base do filme e o desfecho pro seu grande mistério em torno do hospital, da tal cura e do médico misterioso.

O Roteiro do filme foi o que detonou tudo. Pois, o longa-metragem é muito lindo no sentido de fotografia, efeitos gráficos e sonoros, ambientação, tem um elenco que valoriza o filme e a história, uma trilha sonora que embala os momentos de horror, tensão e suspense,  mas tudo isso não foi o suficiente para torná-lo ótimo, ou ao menos tudo o que os espectadores estão esperando e que ele propõe. O seu desenrolar a partir de certo ponto, fica lento e cansativo. Há dois momentos que você acha que vai acabar, mas há uma reviravolta e acontecem outras coisas, surgem novas informações e muita “água” ainda rola até chegar ao final fatídico, isso tudo após cerca de duas horas e meia.

De modo geral, o filme é bom, tem uma história interessante e um caso curioso, que nos mantém interessados, mas que nos deixa exaustos ao longo das suas horas de duração. Seu destaque com certeza são as atuações brilhantes, a fotografia impecável e também aos momentos de horror, que por mais que não sejam muitos, são bons.

https://www.youtube.com/watch?v=zSD4rbKmCpE

Titulo Original: A Cure for Wellness

Direção: Gore Verbinski

Elenco: Dane DeHaan, Jason Isaacs, Mia Goth, Celia Imrie, Harry Groener, Lisa Banes, Adrian Schiller e Carl Lumbly.

Duração: 147 minutos 

Classificação: 3,5/5

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1 Comment

  • Curiosíssimo pra conferir amanhã no cine!…heheh
    Por sinal, Ana, ótima crítica!

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