Sobre coelhos travessos – “As Aventuras de Pedro Coelho”

Você já ouviu histórias sobre coelhos travessos?!

Estranho usar essa palavra, “travesso”… Mas, de fato, não havia muitas histórias sobre coelhos travessos até 1982, quando o mundo conheceu Pedro Coelho.

A autora Beatrix Potter publicou no Reino Unido seu clássico “AS Aventuras de Pedro Coelho” há quase quatro décadas, mas em 2018 ele recebeu nova atenção por ter conquistado as grandes telas o longa “Pedro Coelho”.

Sabem o que mais?! O livro “As Aventuras de Pedro Coelho” não fala só de Pedro, mas também de seu primo, o saltador Benjamin, e de figuras um tanto quanto assustadoras, o Tomé T. Xugo (que é um texugo) e o Sr. Raposão.

A obra é divida em quatro capítulos, “A História de Pedro Coelho”, “A História do Coelhinho Benjamin”, “A História dos Coelhinhos Felpudos” e “A História do Sr. Raposão”.

A história de Pedro é a seguinte, ele é o quarto irmão de coelhinhas, Flocos, Flux e Rabo de Algodão, todas comportadas, diferente dele. Perto da figueira onde a mãe deles construiu a toca tinha uma horta, ela era do Sr. Severino, o pai dos coelhinhos havia morrido por ali, a Sra. Severino o fez de torta e serviu na janta. Por isso os quatro foram orientados pela mãe a nunca ir lá.

Pedro não contou conversa, foi se aventurar na horta do Sr. Severino, acabou quase sendo pego, perdeu seus sapatinhos e sua jaqueta, que foram usados para adornar um espantalho. Voltou para casa assustado e quase não dormia.

A história de Benjamin é uma continuação. Ele é primo de Pedro, mas acostumado a ir naquela horta, ele e o pai colhiam alfaces para o jantar ali. Benjamin viu o primo triste, assustado e sem suas roupas, perguntou o que havia acontecido, ele falou e os dois, sabendo que o Sr. e a Sra. Severino estavam fora, decidiram voltar lá e pegar as roupas.

Eles até conseguiram pegar as roupas, mas ficaram presos debaixo de uma cesta enquanto tentavam fugir de um gato (que se deitou em cima da cesta). O pai de Benjamin deu por falta dos meninos e foi atrás, encontrou-os e os castigou pela travessura, mas voltaram para casa salvos.

Os Coelhinhos Felpudos é a família que Benjamin construiu ao lado da irmã de Pedro, Flocos. Eles tiveram sete coelhinhos. Certa vez o pai levou os filhotes para procurar alface no lixo da horta do Sr. Severino, encontraram e se esbaldaram, ficaram até com moleza e pegaram no sono.

O Sr. Severino foi jogar mais grama cortada e viu os filhotinhos, pegou-os e colocou dentro de um saco. Flocos chegou por lá para saber da demora de voltar para casa, desesperou-se ao saber da notícia. Logo encontraram o saco e libertaram os filhotes, trocando-os por abóboras podres e fazendo raiva ao Sr. Severino.

O Sr. Raposão é temido pelas redondezas, possui várias casas, muda de casa quando está de mal humor. Tomé T. Xugo (vou rir sempre com esse trocadilho) se aproveitava sempre, ele se encostava nas casas vazias do Sr. Raposão, apesar de ser temido ele tinha amizade com o Sr. Benjamin (o saltador, pai do outro Benjamin).

Certo dia o Sr. Benjamin estava cuidando dos netinhos, os sete filhotes de Benjamin e Flocos, ainda bem pequenos. Avistou Tomé T. Xugo e o convidou para entrar. Entre um fumo e outro o Sr. Benjamin adormeceu, Tomé T. Xugo aproveitou e pegou os filhotes para a sua janta. O pai dos meninos foi a procura e teve ajuda de Pedro. Eles conseguiram resgatar os filhotes depois de uma noite cheia de aventuras.

Um livro desses, assim como deve ser o filme, é um sopro de leveza em um dia a dia tão pesado quanto vivemos hoje, mas não foge de questões difíceis, do jeitinho certo a autora fala diretamente com as crianças sobre o respeito aos pais, a responsabilidade em aspecto geral, os vilões que encontramos na vida (e achamos que são nossos amigos) e até da morte.

Algo que chama atenção na história de Benjamin, o segundo capítulo, é o desfecho final, quando o pai dele o encontra e salva do gato, mas ainda assim aplica um castigo físico no filho e no sobrinho. Neste momentos o autora demonstra a preocupação do pai com os filhos (e sobrinhos, no caso), mas a autoridade que é imposta, lembrando do respeito e de saber os ouvir.

Logicamente a questão do castigo físico é algo polêmico hoje em dia (talvez em 1982 não fosse tanto). Há quem defenda e há quem recrimine, fazendo da leitura do livro leve essa reflexão aos pequenos e aos seus pais. Será que é necessário chegar a esse ponto para mostrar a autoridade paterna?!

De toda forma, é uma excelente leitura para se ter com os filhos e sobrinhos (li sozinha, mas vou tentar reler com meus sobrinhos)!

Ah, gostoso falar “travessura”, né?! Remete mesmo a esse estilo literário.

Aqui temos a crítica sobre o filme, vale conferir!

Pedro Coelho – Fofo, rebelde e repaginado

Beijinhos e até mais.

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