Tesseract e Carol Danvers – “Capitã Marvel”

O girl power foi atualizado para o time dos Vingadores, justamente na semana do Dia Internacional da Mulher, com ela, Carol Danvers, a “Capitã Marvel”!

Carol Danvers é uma aviadora das forças aéreas estadunidense e, em 1989, ela é dada como morta quando tentar levar a Dra. Lawson até seu laboratório. Ela não morre, mas perde a memória e ganha super poderes, por isso é “resgatada” pelo povo de Kree.

Sem memória, ela passa a ser chamada de Vers e treinada por Yon-Rogg, cujo objetivo é ensinar a controlar o poder dela, bem como suas habilidades de luta, afastando-a de sentimentos que façam esse poder se tornar uma problema. Para ela nada faz muito sentido, sofre com pesadelos do acidente (que nunca entende o que é), nunca pode lutar de fato e nem sabe quem a guia de verdade.

Kree é um planeta conhecido por seus “nobres” guerreiros espaciais, há anos em guerra com os Skulls, seres que têm a habilidade de assumir a forma de qualquer pessoa. Eles são guiados pela Suprema Inteligência, que aparece para cada um com formas diferentes, de quem a pessoa que procura mais admira.

Finalmente Vers é designada para uma missão, resgatar um companheiro Kree em um planeta devastado dos Skulls. Ela falha e é capturada por estes seres, que tentam encontrar as memórias dela por meio de uma engenhosa máquina, ao tentar fugir acaba caindo na Terra (que ela conhece atualmente só por meio de um código).

Chegando por esse nosso planeta ela vai para onde? EUA, lógico! Por lá encontra um incrédulo Nick Fury (ainda com os dois olhos) e um Coulson ainda em seus primeiros passos na SHIELD. Ela chega falando de invasão, alienígenas, guerra espacial e busca por respostas naquele planeta estranho.

Ao conseguir o apoio de Fury, Carol encontra os arquivos da pesquisa de Lawson, que agora ela sabe quem era e a razão de ela a admirar tanto na época. Ela entende que precisa encontrar o laboratório para que pudesse chegar na história real e saber quem são seus inimigos e seus aliados.

Para sua surpresa, Lawson não era terráquea, ela era de Kree, mas era contra da guerra e por isso estava trabalhando em algo que pudesse trazer a paz, algo poderoso demais para ficar a vista de todos. Ah, seu nome era Mar-Vel.

Nesse meio tempo Carol reecontra Maria, amiga e colega aviadora, mas é perseguida pelos Skulls, liderado por Talos. Apesar do susto e da eterna desconfiança, Carol, Fury e Maria deixam Talos contar sua versão da história, por isso percebem que estão lutando do lado errado, os verdadeiros vilões são os Kree, encabeçado por Yon-Rogg.

A essa altura Yon-Rogg e sua equipe já estão a caminho da Terra, porque havia recebido as coordenadas de Carol (quando ela ainda nutria a lealdade por ele). Os Skulls conseguem os despistar enquanto Carol e Maria pilotavam rumo ao laboratório, junto com Fury e Talos. Eles encontram a família de Talos e outros Skulls refugiados no laboratório, mas são alcançados por Yon-Rogg.

Quando é posta frente a frente com a Suprema Inteligência (ainda sob a forma de Mar-Vel/Lawson) Carol percebe que as ameaças que sempre recebe de ficar sem poderes é vazia, o dispositivo que tem em sua nuca não os deu os poderes, ele controla os poderes. Seus poderes são oriundos do Tesserat dentro do motor que Mar-Vel havia construído e Carol tentou destruir para a proteger.

Ah, tudo isso seguido por Goose, para Fury era um gatinho, por isso ele deu todo seu carinho para o bichano, mas para Talos e demais alienígenas ele era um flerkin, ser maligno da galáxia. Depois dá para perceber que ele não é um simples gato, Fury até fica desconfiado, mas continua dando carinho, mas acaba perdendo o olho.

ACEITEM, Fury não perdeu o olho com uma batalha épica, mas sim por ter se descuidado com algo que ele achava ser um gato!!!

No geral é um filme bom, porém no quesito de filme da Marvel, esse não é o melhor que temos a disposição, faltou um pouco para ter todo o impacto esperado, e cada um tem sua razão para isso, seja por causa desse história do olho ou pela escolha da atriz principal. Eu digo que precisamos abrir nossa mente para alguns pontos e, talvez o olhar sobre esse filme mude.

Brie Larson foi a escolha correta, ponto final! Houve muita crítica com essa escolha, especialmente ao dizerem que ela não tinha nenhuma expressão facial. Ao meu ver ela foi estigmatizada por ser proprietária de um Oscar de Melhor Atriz (“O Quarto de Jack’), logo ela se tornou aquela que faz filme destinado ao Oscar, não alguém que poderia ser uma heroína.

Ela tem todas as expressões necessárias, os flashbacks não mentem, porém a vida de Vers é diferente da vida de Carol, ela é literalmente alguém perdida. Ela não lembra de onde veio (apenas supõe), não sabe a razão de seus pesadelos, para ela a Terra era desconhecida, não entende nada do que está acontecendo ali… Eu não seria a pessoa mais sorridente ou faria piadinhas ácidas nessa situação!

Houve também comparações, especialmente com o Capitão América. Ela não é ele, são histórias completamente diferentes cuja semelhanças são o fato de elas amarem o trabalho que exercia e que pretendem salvar Fury. E tem mais, ela não precisou de apelação de um interesse romântica para segurar a trama (não me entendam mal, amo a relação de Pegg e Roger, mas isso torna-se um ponto principal em Capitão América).

A questão do olho de Fury tem dividido opiniões, mas para mim esse foi um excelente elemento cômico. Pensem comigo, Fury é um dos caras mais poderosos do mundo, ele uniu os maiores heróis que poderia para enfrentar os piores vilões do universo. Avaliem o peso que existe nos ombros dele? A figura dele já está associada a isso!

Nada mais justo do que aliviar a imagem dele com algo cômico desses. Nunca viu-se nenhum momento de real fraqueza desse homem, amei o ver devotado a um gato, mesmo que não fosse realmente um gato e que ele tenho o traído (olha que lição de vida).

Outra coisa que ouvi falar foi a questão do vilão. Pelo o que entendi o vilão é Yon-Rogg, e toda a evolução dele dentro do filme mostra isso. Não é Talos nem Ronan, o primeiro é um guerreiro que busca sua família (e é responsável por boa parte do humor) e o segundo é simplesmente alguém que está acima de Yon-Rogg, ele teve momentos mais específicos em outros filmes deste universo, não tinha lógica nenhuma batalha com ele.

E antes que falam qualquer coisa, teve batalha, mas a Capitã Marvel é a diva sensata, sabe que não precisa matar nem se esgotar para derrotar o oponente, só precisa encontrar o ponto fraco. Envia-lo de volta daquela forma para Kree o torna alvo fácil para Ronan, sendo assim ele terá que pagar por suas ações por lá. Além disso, ela tinha que enviar a mensagem por ele.

E por que não impactou tanto? Posso falar só por mim, porque não conheço as HQ’s e preciso falar por quem só conhece os Vingadores por causa dos filmes. A Capitã Marvel não é uma personagem popular, eu só ouvia falar que existia porque li alguma coisa sobre heroínas há muito tempo (se não me engano foi para procurar uma fantasia para minha Aula da Saudade, mas fui de BatGirl, traí da Marvel com a DC, perdoem). Por isso eu não tinha ligação emocional com ela.

Mas aí posso apontar um defeito do filme, não conseguiu fazer o público se apegar. Não conhecia o Pantera Negra também, mas quase choro quando assisti, me apeguei a esse personagem e a sua história. E por isso digo que a trama é fraca em relação aos demais filmes da empresa, apesar de ser um filme que eu assistiria novamente sem problema algum (talvez agora ele fosse mais sensível).

Eu enfrentei um mal entendido sobre o ano em que o filme se passa e alguém conseguiu me esclarecer isso e apontar outro defeito, a ambientação dos anos 90. Eu tinha entendido que o acidente teria ocorrido em 1969, logo o filme se passava em 1975, isso porque é eu ouvi errado na hora, mas foi corroborado pela falta de elementos dos anos 90. Isso me fez achar Coulson velho demais, depois as coisas fizeram sentido.

Enfim, filme de origem bom, com elementos principais, cenas lindas, bons elementos cômicos (que não distraem do principal) e um elenco que surpreendeu. Além de Brie Larson e dos já conhecidos Samuel L. Jackson (gênio), Clack Gregg e Lee Pace (como Ronan), a trama contou com: 

Ben Mendelsohn dar a vida a Talos, que também assume a forma de Keller, superior de Fury na SHIELD na época. Ele conhecido por “Rougue One” e, pasmem, “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge”. Parece que num é só Talos que mudou de lado, não é mesmo? =D

Lasanha Lynch como Maria Rambeau, a amiga de Carol Danvers que dá apoio na missão. Ela tem uma carreira relativamente nova, conhecida por “Fast Girls”, “Brotherhood” e algumas séries de ação. Gosto que tenham escolhido alguém “desconhecido” do grande público, contrapondo-se aos tão conhecidos nomes na trama, mas destacando-se mesmo assim.

Djimon Hounsou como Korath, guerreiro Kree da equipe de Yon-Rogg. Ele é conhecido por filmes dramáticos, especialmente “Diamante de Sangue”, mas já visitou o universo Marvel, ele foi voz de T’Challa na série animada de “Pantera Negra” de 2010. Ah, outra visita dele foi como o próprio Korath em “Guardiões da Galáxia”. A melhor fala entre os Kree é dele: “Eu rio por dentro” (o que condiz com a feição séria que sempre ostenta).

Jude Law como Yon-Rogg. Para mim é o que mais surpreende, tomei um susto quando ele apareceu na primeira cena, tenho lembrança dele com filmes dramáticos, como “Closer”, e comédias românticas, como “ Amor Não Tira Férias”. Lógico que ele tem experiência com ficção científica, protagonizou “Gattaca” em 1997, mas o ver como um vilão alienígena em filme de super-herói nunca foi algo que pensei em ver.

Detalhe, Jude Law trabalhou com Robert Downey Jr. (nosso adorado playboy, filantropo, gênio e herói Tony Stark) nos filmes de “Sherlock Holmes”, como o Watson do Holmes dele. Perceberam? Ambos Sherlock’s e Watson’s (tv e cinema) estão no universo Marvel!

Robert Downey Jr. sempre se soube, ele iniciou as duas franquias simultaneamente. Depois veio Benedict Cumberbatch, o Sherlock da série da BBC inglesa, que entrou na equipe como o Doutor Estranho. Em “Guerra Civil” conhecemos o agente Ross, que reaparece em “Pantera Negra”, interpretado por Martin Freeman, o Watson de Cumberbatch na série. Agora temos Jude Law, o Watson de Downey Jr. nos  filmes, como vilão de Capitã Marvel. 

Ou seja, não há mistério que não seja desvendado neste universo!

Beijinhos e até mais.

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