Close
CRÍTICAS

Sing Street: Um filme feliz-triste

Sing Street: Um filme feliz-triste
  • Publishedjaneiro 19, 2017

Estamos acostumados, pelo menos eu estou acostumada, a ver que esses filmes indicados ao Golden Globe com grandes astros, aqueles que sempre estão presentes nas premiações sabe? Aí eu estava assistindo o Golden Globe desse ano e vi que um dos filmes indicados a “Melhor Comédia ou Musical” não era conhecido e nem tinha grandes nomes, pelo menos não eram meus conhecidos. Parecia ser o patinho feio da categoria, nem lembro quem apresentou o trailer, mas envolvia música e sotaque irlandês, então me interessou.

Eu sempre demoro para assistir os filmes indicados nessas premiações, mesmo os que me interessam. Ainda não assisti “A Garota Dinamarquesa” nem “O Regresso”, por exemplo, apesar de ter torcido pelos atores nas premiações. Então eu achei que seria do mesmo jeito com “Sing Street”, mas, para a minha surpresa e alegria, já está lá no Netflix! Aproveitei e fui logo conferir.

O filme fala de um garoto de 15 anos, Conor, caçula de três irmãos de uma família, vamos dizer, em ruínas. Os país estão sempre brigando, entre outras coisas, por causa da situação financeira deles, o que causa a mudança de escola de Conor. A irmã dele, Ann, está focada na carreira dela e o irmão, Brendan, largou a faculdade e vive em casa com a família.

A nova escola de Conor é completamente diferente do que ele está acostumado. Por lá ele sofre uma certa rejeição por parecer “muito sofisticado” para aquela escola, mas encontra alguns amigos através da música. Na verdade Conor não tinha muito esse sonho com a música, era algo que o irmão dele gostava e sempre demonstrava, ele entra nessa porque acaba se apaixonando por uma garota que mora em frente a escola, Raphina.

Raphina é linda, sonha em ser modelo em Londres. Quando Conor a viu foi avisado pelo seu único amigo, até então, que ela não falava com ninguém, mas ele foi super desenrolado e foi falar com ela, disse que precisava de uma modelo para fazer o vídeo da sua banda. Só um detalhe, ele não tinha banda nenhuma ainda.

A partir daí ele começa a unir, com ajuda desse amigo dele (ruivinho mais fofo, mas esqueci o nome dele), uma galera daquele bairro para formar uma banda. Com sorte eles conseguiram a ajuda Eamon, o pai dele tem uma banda, logo ele tem instrumentos à disposição, ele sabe tocar vários instrumentos e compor melodias. Eamon se tornou o “Paul MacCartney” de Conor, ou seja, Conor escrevia as letras, com ajuda do irmão, e Eamon incluía a melodia.

Logo eles conseguiram unir cinco meninos que sabiam tocar alguns instrumentos, baixo (o mais fofo de todos, apesar de sempre parecer que está com raiva), bateria e teclado, a guitarra ficou com Eamon e o vocal com Conor, o ruivinho se tornou o empresário e cinegrafista da banda, e pense num baixinho desenrolado!

Eles compuseram uma música, fizeram uma demo e Conor mostrou ao irmão, que odiou, mas aceitou dar conselhos valiosos para o irmãozinho. Quando conseguiram melhorar a música gravaram outra demo, dessa vez Conor mostrou a Raphina, que ainda não tinha se convencido da banda. Ela gostou e acabou topando fazer parte do vídeo.

A partir daí o sentimento de Conor, tanto por Raphina quanto pela música, aumenta. Ele passa a realmente saber escrever música, a querer ter futuro nisso. Isso se torna um cano de escape para a situação dentro de casa, que vem piorando, além de ter inspirado o irmão de alguma forma.

É um filme muito fofo, que tem muitos momentos de alegria e de risos, quando eles começam a experimentar estilos diferentes para a banda e causam uma revolução dentro da escola, mas alguns momentos tristes que mostram essa dualidade que o filme quer passar, que a vida é feliz-triste!

O elenco é relativamente desconhecido, tem um ator de “Game of Trones”, Aiden Gillen, mas os demais estão no começo de carreira ou sempre fizeram personagens mais secundários (até onde eu saiba), mas são muito bons. Como a produção é divida entre EUA, Reino Unido e Irlanda, o elenco também é divida.

Só para que a gente fique de olho nesses talentos, vou dizer alguns nomes aqui. Conor é vivido por Ferdia Walsh-Peelo, ele é irlandês e está no começo de carreira, além de “Sing Street” ele está no elenco da série “Vinkings”. Brendan é interpretado por Jack Reynor, ele é dos EUA, mas conseguiu aprender o sotaque irlandês.

Lucy Boynton é quem faz Raphina, também é dos EUA e soube interpretar uma irlandesa. Ela já fez alguns muitos trabalhos, incluindo um filme sobre ballet com Emma Watson, “Ballet Shoes” de 2007. Já sabem qual a minha próxima busca, não é? Filme de ballet é para mim mesma!

Indico demais “Sing Street” para quem gosta de filmes que te fazem pensar, mas que também divertem. As músicas são realmente bonitas e dá para tirar boas lições para a vida.

Beijinhos e até a próxima!

Written By
Nivia Xaxa

Advogada, focada no Direito da Moda (Fashion Law), bailarina amadora (clássico e jazz) e apaixonada por cultura pop. Amo escrever, ainda mais quando se trata de livros, filmes e séries.

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *