Informação ou Agenda Política – “A Indústria de Defesa Brasileira – Turma da Mônica”
Durante anos a Turma da Mônica, assinado por Maurício de Souza, ensina as crianças vários valores, além de sempre divertir. Essa é, por vezes, a primeira fonte de leitura das crianças brasileiras.
Foi a minha primeira fonte de leitura!
Vez por outra existem edições especiais, colaborações com instituições em prol do ensino de um assunto em específico. Entre 2018 e 2018 a Maurício de Souza Editora entrou em colaboração com a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), que cuida das inovações tecnológicas usadas nas Forças Armadas do Brasil.
Essa edição especial tem como título “A Indústria de Defesa Brasileira”. São mais ou menos 90 páginas com o intuito de mostrar as instalações e departamentos da Forças Armadas.
A história começa com Cebolinha, Cascão, Mônica e Magali estranhando o comportamento do amigo Titi. Ao perguntarem a ele o que está acontecendo para ele estar tão pensativo ele responde que quer entrar nas Forças Armadas do Brasil, mas não sabe como. Magali diz que o vizinho serve às Forças Armadas e pode ajudar.
A turma segue para a casa vizinha da de Magali e recebem uma aula sobre o departamento de defesa, sabendo que existe Marinha, Exército e Aeronáutica. Não satisfeitos com a explicação oral, as crianças pedem para conhecer esses departamentos mais de perto. E assim eles fazem!
Eles não só conhecem, como fazem um passeio de submarino, perdem-se na floresta, andam em um blindado, dentre outras aventuras que só eles mesmos conseguiriam.
Ao da história o leitor ainda encontra algumas páginas de passatempos relacionados a ela, como caça-palavras, jogo dos 7 erros, imagem para colorir, etc.
Não há dúvidas que a história é bem contada, contando com dados específicos de cada equipamento apresentado e funções oficiais. Contudo, fica o questionamento: será que o intuito é só informa ou fazer uma agenda política para que a população aceite as Forças Armadas?
É interessante conhecermos tudo o que nosso país é capaz de fazer, incluindo esse meio tecnológico, que ainda sentimos que o Brasil é atrasado (que não é tanto assim). Mas fiquei com um sentimento ruim sobre a edição, senti que usaram os meus personagens da infância para mostrar serviço e não de uma forma positiva.
Posso estar bem enganada e a edição seja mais positiva do que negativa, mas o sentimento ainda prevalece a cada vez que veja a capa dele.
Até mais!