Hidden Figures (Oscar 2017):

Salve Nosetmaníacos. Moura assistiu ao filme e indica.

Estrelas Além do Tempo (2016): Direção Theodore Melfi, produção Donna Gigliotti, Peter Chernin, Jenno Topping, Pharrell Williams e Theodore Melfi, roteiro Allison Schroeder e Theodore Melfi, história Hidden Figures de Margot Lee Shetterly. Elenco Taraji P. Henson, Octavia Spencer, Janelle Monáe, Kevin Costner, Kirsten Dunst e Jim Parsons, Hidden Figures é um filme de drama biográfico americano baseado no livro homônimo de Margot Lee Shetterly.

Sinopse: 1961. Em plena Guerra Fria, Estados Unidos e União Soviética disputam a supremacia na corrida espacial ao mesmo tempo em que a sociedade norte-americana lida com uma profunda cisão racial, entre brancos e negros. Tal situação é refletida também na NASA, onde um grupo de funcionárias negras é obrigada a trabalhar a parte. É lá que estão Katherine Johnson (Taraji P. Henson), Dorothy Vaughn (Octavia Spencer) e Mary Jackson (Janelle Monáe), grandes amigas que, além de provar sua competência dia após dia, precisam lidar com o preconceito arraigado para que consigam ascender na hierarquia da NASA.

Crítica: Existem filmes em que o roteiro e a história por si só é tão bonita e delicada, que não deixa simplesmente apenas um ator brilhar, mas todos como um todo. O estreante diretor em Hollywood, Theodore Melfi, faz um belíssimo trabalho com um drama leve e até engraçado em certos momentos, sem cair na pieguice, mas mantendo o alerta em que quando nos dividimos por cor, raça, sexo ou credo, conseguimos apenas metade do que poderíamos produzir, e esta é a principal mensagem do filme, aproveitar todas as oportunidades oferecidas, não aceitar um simples “não” como resposta e lutar pelo seus direitos, semd eixar de ser feliz pelo que é ou o que tem. E pensar que o filme é baseado em fatos reais e que se não fosse por estas maravilhosas mulheres desafiando as “regras”, talvez não tivéssemos avançado tanto culturalmente e tecnologicamente, uma vitória não só de um povo, mas da humanidade como um todo. O filme fala de conquistas quando todos deixam para trás seus  preconceitos e lutam juntos para um futuro melhor, não importa se a”guerra espacial” entre USA e Russia seja o pano de fundo.

Do elenco Taraji P. Henson (Katherine Johnson), Octavia Spencer (Dorothy Vaughan) e Janelle Monáe ( Mary Jackson) são musas no filme e conseguem interpretar de maneira até engraçada através de tópicos tão difíceis e sérios como racismo e segregação.  Kevin Costner (Al Harrison), Kirsten Dunst ( Vivian Jackson) e Jim Parsons (Paul Stafford) fazem papéis coadjuvantes importantíssimos na história e crescem, de acordo com a evolução do filme de maneira inteligente com o pouco tempo que tem.  Cada um com seu momento épico, como Costner marretando a placa do banheiro, Dunst no banheiro com Henson, transmitindo toda a tenção racial que existia na época em um simples lavar de mãos e Parsons entregando o café para Henson, como forma de reconhecimento, afinal não falamos sód e cor, mas de mulheres e homens trabalhando juntos como iguais. Falando em Parson, é muito bom ver o ator fazer algo diferente do seu papel clássico em The Big Bang Theory, mesmo que seja aqui um Nerd da NASA.  Hollywood, que sempre tem filme fortes sobre racismo na época do Oscar para concorrer, como A Cor Púrpura (1985), Amistad (1997), Lincoln (2012). 12 Anos de Escravidão (2013), é bom ver que o assunto pode ter o mesmo peso e ser levado a pensar, mas de maneira mais leve, não desmerecendo o trabalho cinematográfico sério de uma época a onde infelizmente o ser humano valia pela sua cor e sexo, não pelo seu valor. Estrelas Além do Tempo está concorrendo ao Oscar 2017 nas indicações de Melhor Filme e Roteiro Adaptado, agora é torcer.

Att.

Marcelo The Moura

 

 

 

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