Fama X Vida – “De Canção em Canção”
A estrada para os sonhos realizados é cheia de altos e baixos, quando envolve fama e ego as coisas podem ganhar proporções ainda piores.
É essa estrada tortuosa para a fama que mostra o filme “De Canção em Canção” (“Song to Song” – 2017). A trama é bem típica desse tipo de filme, um triangulo amoroso entre um excêntrico produtor musical, uma jovem e promissora cantora (que era a secretária do produtor) e um aspirante a artista, que também pensava em se tornar produtor.
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Faye, que sonhava em ser cantora e viver da música, se envolveu com Cook, um grande produtor musical, ela era jovem e deslumbrada, deixando-se levar pela lábia do chefe. Nessa relação no mínimo estranha entra BV, ele tinha Cook como um mentor, mas acabou se apaixonando por Faye também.
Eles vivem essa relação praticamente a três, sempre colocando a música, a fama e aquele estilo de vida a frente de tudo. Exceto BV, ele queria realmente uma vida com Faye, tanto quanto queria fazer sucesso na carreira.
Nesse meio tempo Cook encontra uma outra jovem para iludir, Rhonda, uma garçonete que queria ser professora, mas encheu os olhos com a vida glamourosa e com as promessas do novo amor.
Apesar desse filme ser completamente estadunidense, a forma como a história é contada lembra um pouco os filmes europeus, daqueles que se importam pouco com a linha do tempo e mais com a mensagem que é passada.
Por causa dessa linha do tempo “bagunçada”, não recomendo para quem não consegue se concentrar, é fácil se distrair no meio do filme e ficar perdido depois.
A falando em mensagem, a desse filme é tão simples quanto é típica, coisas ruins podem acontecer quando você não escolhe direito suas prioridades. Uma vida de fama e que aparenta ser a realização dos seus sonhos pode não ser exatamente o que se espera.
O elenco tem a excentricidade que a trama pede.
Cook é vivido por Michael Fassbender, um alemão que sabe entrar de cabeça em seus personagem. Ele é famoso por filmes como “X-Men – First Class” (2011), onde foi o passado do Magneto, “Prometheus” (2012), “12 Anos de Escravidão” (2013) e “Steve Jobs”, dando vida ao próprio Steve.
BV é interpretado por Ryan Gosling, quem consegue dar a doçura que o personagem merece, apesar dos pesares. Gosling já é conhecido por personagens ambiciosos, mas com esse toque “doce”, como o apaixonado Noah, de “Diários de uma Paixão” (2004), e o talentoso Sebastian, “La La Land” (2016).
Faye ganhou uma interprete peculiar como ela, é a atriz Rooney Mara. Ela já está acostumada filmes não muito comerciais, já tendo participado de filmes indicados ao Oscar, como “The Girl with Dragon Tattoo” (com a tradução horrorosa “Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres”).
Rhonda é a maravilhosa Natalie Portman. Nem é preciso dizer muito dela, ela simplesmente fez “Closer – Perto Demais”, que tem o mesmo estilo, apesar da história ser diferente. Além disso ela fez uma bailarina obcecada em “Cisne Negro” (2010) e Jackie Kennedy em “Jackie” (2016).
Outra mulher entra na história, alguém que tenta tirar Faye da cabeça de BV, e se tinha como fazer isso ela seria a única capaz, afinal é vivida por Cate Blanchett.
Não sei se eu teria paciência para assistir o filme novamente, mas valeu a pena pelo elenco!
Beijinhos e até a próxima.