Angry Birds 2 – o Filme

Alguns dizem que Papai Noel mora na Finlândia, mais precisamente em Rovaniemi, norte do gélido país. Apesar de ser um dos maiores pontos turísticos do escandinavo país, a Finlândia é mais que apenas o lar do bom velhinho. País de cinco milhões e meio de habitantes, renda per capita e IDH altíssimos. Terra do sol da meia noite, fenômeno que transforma as noites de verão em intermináveis dias e dias de inverno em gélidas noites tomadas de sol e auroras boreais que colorem o céu. A Finlândia também se orgulha de seu maior craque no futebol, Jared Litmanen, ídolo do Ajax dos anos 90. Mas é na Fórmula Um que tem seus grandes ídolos: Keke Rosberg, Mika Hakkinen, Kimi Raikkonen, Heikki Kovaleinen e Valtteri Botas. E lá é a terra natal da Rovio Entertainment empresa desenvolvedora e distribuidora de jogos de games, mais precisamente a criadora em 2009 do jogo Angry Birds que se transformou em uma febre em celulares do mundo todo na década seguinte, provocando uma epidemia mundial jogar o game dos pássaros sem asa. E os Angry Birds cresceram em todos os sentidos, o orgulho finlandês virou filme em 2016 e ganha uma continuação em 2019: Angry Birds 2 – o Filme.

A história segue os fatos do fim do primeiro filme. Após a guerra entre a ilha dos pássaros que não voam contra os porquinhos verdes avançados, a rivalidade deles parece dar uma trégua. Uma grande ameaça vinda de uma terceira ilha que começa a bombardear as ilhas de ambos com bolas de gelo fazem os pássaros e os porcos unirem-se em uma frente para combater o misterioso inimigo. Red, Chuck, Bomba e Mega Águia se juntam à engenheira irmã de Chuck, Silver. Suas forças se unem aos porcos verdes: o líder Leonard Barba de Barro, sua ajudante Courtney e o inventor Garry. Só com a cooperação dos dois grupos terão força suficiente enfrentar esse perigo de destruição iminente que assombra seus povos.

Segundo filme da franquia Angry Birds, repete algumas fórmulas que fizeram sucesso no primeiro, como a liderança de Red, que tem coragem, mas não confia em ninguém e nesse filme tem a sombra de Silver, líder nata, que sempre dá as coordenadas mais precisas provocando ao mesmo tempo o ódio e a admiração do invocado Red. Chuck continua com seu frenetismo desenfreado, o Mega Águia, de falsa valentia, vive dos louros de sua experiência e asas. Os porquinhos verdes também roubam a cena e Leonardo, Rei Barba de Barro continua na sua empáfia sempre atrapalhado.

Segue também uma fórmula básica de animação quando dois grupos inimigos se juntam para uma causa maior. O filme, mais puxado para a aventura, é repleto de citações a filmes de franquias como Star Wars, Missão Impossível e James Bond, mas perde um pouco do ineditismo e criatividade do primeiro. Contudo, se perde em inovação, mantém as características de cartoon do filme, uma animação leve, longe de superproduções do gênero e que mantém o charme, a simplicidade e as risadas. Aliás, piadas em profusão e humor non sense ajudam a dar boas gargalhadas com o filme. Os filhotes, crias dos ovos salvos no primeiro filme também tem uma história a parte com uma aventura tão interessante quanto a da trama central, além de que certamente irão conquistar a criançada com sua doce fofura. Ponto positivo também é a trilha sonora repleta de clássicos pontuando as cenas, artificio já usado no primeiro filme, mas que funciona até melhor no segundo.

Angry Birds 2 – o Filme é uma divertida continuação, que mesmo não sendo tão criativa quanto no primeiro filme, é mote para a franquia crescer. A saga dos pássaros sem asas que não voam, produto exportação finlandês, ainda tem muito a decolar nos cinemas nos próximos anos.

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