Cães em filmes não é algo incomum. Aliás, alguns ganharam enorme destaque e se tornaram lendas do cinema como Beethoven, Lassie, Rin-Tin-Tin, Sam (Eu Sou a Lenda), Einstein (De Volta para o Futuro), Marley (Marley e Eu), Milo (O Máskara), além daqueles que foram criados digitalmente como Scooby Doo, Snoopy, Frank, o cão falante (Homens de Preto), os cãezinhos de 101 Dálmatas, entre muitos outros. Atualmente temos uma nova onda de filmes com cães, fato que ocorre em função do apelo emocional desses animais e do sucesso dos livros ; o mais recente deles é o carismático A Caminho de Casa que conta com a cachorrinha Bella. O filme foi lançado pela Sony Pictures do Brasil.
O filme é uma adaptação do romance de W. Bruce Cameron (autor de Quatro Vidas de um Cachorro), também responsável pelo roteiro ao lado de Cathryn Michon. No longa, nós somos apresentados a Lucas (Jonah Hauer-King), um jovem cujo amor pelos animais o leva a tentar salvar gatos e uma cachorrinha de uma casa abandonada. A cachorrinha “adota” Lucas como sua nova família e é a partir daí que realmente começa a trama.
Ao passar a essa nova casa, Bella se adapta bem, mas ela decide sair quando ouve um “comando” igual ao ensinado por Lucas. Esse é o começo da confusão e da aventura.
A cachorrinha passa por tudo aquilo que um cão abandonado pode passar, mas com um certo exagero por parte do roteiro. De avalanches até um resgate de um filhote de puma, tudo caminha para trazer emoção ao público. Na verdade, a emoção é uma ótima ferramenta usada no filme, principalmente por conta do uso do recurso da “voz” de Bella. Há pontos da trama onde a busca por situações de conflito que gerem empatia do público não caem muito bem, porém nada disso tira o mérito do longa que é o de passar a importância da fidelidade em relacionamentos, seja por parte dos humanos ou dos animais.
Porém, repito, isso não tira o brilho de uma produção voltada à família. As lições embutidas em A Caminho de Casa são muito boas, principalmente por mostrar respeito pela vida animal e também por destacar os cuidados que os veteranos de guerra recebem por parte do governo. Acrescentemos outra qualidade muito importante que foi o uso de locações lindas.
Uma das características que mais chamou minha atenção foi o cuidado dos produtores em não mostrar o lado realmente ruim dos seres humanos (apesar da presença do dono da casa abandonada e do guarda que persegue Bella). Tal como em um fábula, o respeito pelas crianças (certamente o público-alvo desta obra) está presente e destaca o zelo em produzir algo na contramão da violência gráfica presente na maioria das produções cinematográficas de hoje. Nem mesmo em situações de conflito entre pessoas há o uso de um linguajar ofensivo… e isso é muito bom de ver.
A dublagem nacional não deixou nada a dever e, novamente, a Sony acertou na escolha dos dubladores. Por se tratar de um filme familiar e com foco nas crianças, claro que a versão dublada era obrigatória.
Assim, caso esteja procurando um filme com boa dose de emoção, fantasia e um conteúdo bom, A Caminho de Casa é a melhor pedida para essa semana de estreias.
Até breve e não deixem de opinar sobre essa análise. Sua opinião é muito importante!