MIS: Debate sobre o filme Contágio e sessão especial do curta The Staggering girl são destaques do #MISemCasa desta semana
A programação desta semana do #MISemCasa, campanha online especial do Museu da Imagem e do Som, instituição da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, traz diversas lives em seu canal do YouTube. Serão quatro debates ao vivo sobre Cinema: Matrix (#CineCiência), O homem que virou suco (Bate-papo de cinema Pontos MIS) e Contágio (Ciclo de Cinema e Psicanálise), além da sessão especial do filme The Staggering Girl, realizada em parceria com aMUBI, plataforma de curadoria, streaming e distribuição de filmes, também seguida de bate-papo. Já os amantes da fotografia conhecem os vencedores do Mobile Photo Festival 2020, apresentados ao vivo na sexta-feira.
Completam a programação o depoimento da cineasta Suzana Amaral, diretora de A hora da Estrela, que em 2020 completa 35 anos, e do fotógrafo Bob Gruen, que fala sobre o gosto musical de John Lennon. Encerra a semana, no domingo (17), às 20h, a mostra Cinema de Acervo, com o tema Olhar Brasil, que exibe dois filmes do Acervo MIS.
O #MISemCasa acontece em conjunto com o #Culturaemcasa, desenvolvido pela Secretaria de Cultura, por conta da orientação do Centro de Contingência do Covid-19 – que determinou que os equipamentos culturais do Governo do Estado de São Paulo tenham o seu funcionamento temporariamente suspenso.
O MIS conta com patrocínio máster de Youse, patrocínio de Kapitalo Investimentos, Denso e Cielo, e apoio institucional de TozziniFreire Advogados.
Toda a programação pode ser conferida no canal do YouTube do MIS.
Programação completa |11 a 17 de maio
11.05 | Segunda-feira | 20h | Conversa com Suzana Amaral
Cineasta paulista, nascida em 1932, Suzana Amaral conta neste vídeo sobre sua carreira, entre os assuntos, comenta o sucesso de seu primeiro longa, A hora da Estrela, adaptação da obra de Clarice Lispector – que em 2020 completa 35 anos, fala também sobre o ofício de diretora, como ela trabalha com os atores que integram seus filmes e a sua paixão pelo cinema. O depoimento integra a coleção Memória do cinema do Acervo MIS, que traz entrevistas de importantes diretores como Rogério Sganzerla, Nelson Pereira dos Santos, Tizuka Yamazaki, Cacá Diegues, Jean-Claude Bernardet e Eduardo Coutinho. Parte da coleção está digitalizada e pode ser acessada pelo Acervo Online.
12.05 | Terça-feira | 20h | Ciclo de Cinema e Psicanálise – Contágio
O Ciclo de Cinema e Psicanálise (programa realizado em parceria com a Sociedade Brasileira de Psicanálise e a Folha de S.Paulo), que a cada edição traz um filme seguido de debate com especialistas convidados, ganha mais uma edição ao vivo dentro do #MISemCasa. Esta edição traz uma produção que aborda uma pandemia causada por um vírus e seus desdobramentos, o filme Contágio EUA, 2011, 106 min, 14 anos), de Steven Soderbergh. O longa, será tema de live debatida pela psicanalista Miriam Malzyner e pelo médico infectologista Jean Carlo Gorinchteyn, com mediação de Luciana Saddi – Diretora de Cultura e Comunidade da SBPSP.
Contágio apresenta o momento inicial de uma contaminação em larga escala por conta da ação de um vírus, e como a sociedade reage à situação. Crises políticas, desafios científicos e a ação da mídia em um momento de crise sanitária de alcance global. O filme de Steven Soderbergh pode ser considerado bastante verossímil quando o assunto é pandemia. Foi inspirado em surtos como o da Sars – que ocorreu no início dos anos 2000. O vírus é o personagem principal da trama, que conta com grande elenco de estrelas do cinema, como Matt Damon, Jude Law, Gwyneth Paltrow, Laurence Fishburne e Marion Cotillard. O filme não será exibido mas pode ser assistido nas plataformas HBO GO, Apple TV, Google Play e Looke.
https://noset.com.br/cinema/contagio-um-filme-nunca-foi-tao-atual-e-assustador-mas-e-possivel-aprender-com-ele/
13.05 | Quarta-feira | 20h | Bob Gruen – John Lennon e a música – A série de conteúdos inéditos sobre a exposição John Lennon em Nova York por Bob Gruen(inaugurada em 13 de março e que retorna assim que os espaços culturais forem reabertos) apresenta pílulas em vídeo com bastidores e curiosidades sobre a mostra. Neste terceiro vídeo, o fotógrafo Bob Gruen fala sobre o gosto musical de Lennon.
14.05 | Quinta-feira | 20h | Sessão exclusiva + debate do filme The Staggering girl – Em parceria com a MUBI, plataforma de curadoria, streaming e distribuição de filmes, o MIS apresenta uma sessão especial e gratuita do filme The staggering girl, curta-metragem de Luca Guadagnino, com exclusividade para o Brasil. A exibição acontece no canal do YouTube do MIS e será seguida de um bate-papo sobre o filme com a participação de Lilian Pacce (jornalista e consultora de moda) e de Sérgio Rizzo (crítico, professor e curador de cinema), com mediação do jornalista e cineasta Duda Leite.
O filme de 37 minutos conta a história de Francesca, uma escritora ítalo-americana (Julianne Moore), que vive em Nova York e deve retornar à Roma para rever sua mãe idosa. Com estreia oficial Na Quinzaine des Réalisateurs Festival de Cannes de 2019, o curta tem um elenco estelar. Ao lado de Julianne Moore (Mapa para as estrelas, Para sempre Alice), aparece Mia Goth (Suspiria), Kiki Layne (Se a Rua Beale falasse), Kyle MacLachlan (Twin Peaks), Marthe Keller (Maratona da morte) e Alba Rohrwacher (Lazzaro Felice).
15.05 | Sexta-feira | 19h | Vencedores do Mobile Photo Festival 2020 – Nesta transmissão ao vivo no canal do YouTube do MIS o público conhece os vencedores doMobile Photo Festival 2020, maior festival latinoamericano de fotografia. Serão apresentados os cinco finalistas de cada categoria Aberta (Arte Digital, Documental, Paisagem, Retrato, Preto e Branco, Street e MobCollege); já na categoria Ensaio serão três finalistas – e por fim, o anúncio do vencedor de cada categoria. Um destaque especial do Prêmio em todas as edições é o júri, formado por um time de profissionais renomados com vivência nas áreas de produção fotográfica, curadoria, reflexão ou ensino de fotografia de vários países, e com a mesma paixão, a fotografia mobile. Em 2020 o júri foi composto por Brendan O Sé, Joanne Carter, Q Sakamaki, Richard Koci Hernandez, Javier Siriani e Marina Sersale. Os vencedores serão anunciados, por Ricardo Rojas (fotógrafo e fundador da Mobgraphia), Cleber Papa (diretor cultural do MIS), Marcelo Greco (fotógrafo e curador) e pelo fotógrafo Luiz Baltar. A exposição, com fotos dos vencedores, está prevista para acontecer no MIS quando as atividades presenciais do museu forem retomadas.
16.05 | Sábado | 16h e 18h | Pontos MIS – Bate-papo de Cinema – O homem que virou suco – A próxima edição do “Pontos MIS – bate-papo de cinema”, programa que traz uma sessão de cinema online seguida por bate-papo ao vivo no canal do MIS no YouTube, apresenta – em parceria com a SPcine Play – O homem que virou suco. O longa de 1980 dirigido por João Batista Andrade, presente na lista dos melhores filmes brasileiros de todos os tempos pela Abraccine,faz uma visão crítica do processo migratório da época. Após a exibição online do filme (que acontece às 16h, mediante inscrição prévia a partir de 14.05 neste link), acontece, às 18h, bate-papo ao vivo com o público no Canal do museu no YouTube – com mediação de Luan Cardoso, cineasta, e participação especial de Bruno Cucio, professor de cinema.
Em O homem que virou suco (Dir. João Batista Andrade, Brasil, 1981, 90min 16 anos) Deraldo (José Dumont), escritor de cordel, paraibano recém-chegado a São Paulo, é confundido com o operário Severino, nordestino, que em um ato de revolta assassina o patrão a facadas. Sem documentos para comprovar sua identidade e perseguido pela polícia, Deraldo é obrigado a fugir do quarto que aluga e, com isso, inicia um percurso de desencontros enquanto sobrevive na metrópole. Forçado a abandonar a venda de seus poemas, passa por diversos lugares, de servente de um coronel paraibano a operário da construção civil. Na condição de migrante é submetido, apesar de fundamental para o desenvolvimento da cidade, a uma série de preconceitos e explorações. Ao término do filme, quase desesperançoso, ele finalmente encontra Severino e, após comprovar sua inocência, retoma a produção artística para escrever um cordel intitulado O Homem que Virou Suco, fazendo de sua carreira um poema de resistência da identidade nordestina.
17.05 | Domingo | 17h| #CineCiência – Matrix – O #CineCiência, tradicional programa mensal do MIS, que apresenta a cada edição um filme em longa-metragem de variados gêneros e promove em seguida um bate-papo com especialistas, ganha mais uma edição online para a programação do #MISemCasa. Desta vez, no dia 17 de maio, o grande sucesso de ficção científica Matrix (Dir. Lana Wachowski e Lilly Wachowski, 1999, EUA, 136 min , 12 anos) é o tema da live, que acontece às 17h no canal do MIS no YouTube. O longa, ganhador de quatro prêmios Oscar, causou um grande impacto há 21 anos, quando foi lançado. A obra descreve um futuro distópico no qual a realidade, como percebida pela maioria dos humanos, é, na verdade, uma realidade simulada chamada “Matrix”. O mundo dominado pelo virtual e pela inteligência artificial são temas prementes em tempos de quarentena, em que acessamos cotidianamente a realidade por meio das redes sociais. Para debater com o público essas e outras questões apresentadas no filme, o Museu convidou os especialistas Eduardo Acquarone e Juliano Spyer, com mediação do curador do programa, José Luiz Goldfarb.
https://noset.com.br/podcast/setcast/setcast-como-manter-a-cabeca-no-lugar-em-quarentena/
17.05 | Domingo | 20h| Mostra Cinema de Acervo – Olhar Brasil – A mostra inédita traz, todo domingo, diretamente do Acervo MIS, uma seleção de filmes brasileiros. As produções selecionadas apresentam um panorama da produção nacional realizadas desde o final da década de 1970 até o final da década de 1990. O cinema como catalisador de temas que permeiam a sociedade sempre é vetor de discussões importantes sobre contextos e comportamentos. Na mostra Olhar Brasil, o Cinema de Acervo apresenta dois documentários que marcam muito bem duas épocas do país: o fim dos anos 1970, com o regime militar e suas diversas formas de censura através do filme No ar, de Jorge Bouquet, uma panorama dos comportamentos da época; e o início dos anos de 1980, com as lutas pela reabertura democrática e o sonho das eleições diretas documentadas por Renato Tapajós no filme Nada será como antes. Duas produções documentais que registraram dois recortes históricos do Brasil.
Sobre os filmes: No ar (Dir. Jorge Bouquet, Brasil, 1977, 23 min, 14 anos)
Documentário que traça um panorama da televisão do Brasil durante a vigência da Lei Falcão, que censurava a propaganda eleitoral pela TV. Trechos de programas gravados em estúdios e em auditórios. Atitudes de telespectadores diante da programação. Cenas de filmes e novelas da época. Depoimento do deputado Alberto Goldman sobre a Lei Falcão e a censura às diversões públicas.
Nada será como antes (Dir. Renato Tapajós, Brasil, 1984, 44 min, 14 anos)
Documentário sobre as eleições de 1982 e os diversos movimentos populares, colocando em discussão a permanência e a validade do sonho político que começou em maio de 1968 na Passeata dos Cem Mil, e o papel e a importância de um cinema político brasileiro (os documentários em 16mm) em relação a esses fatos.