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CRÍTICAS

La La Land (2016) – Crítica sem Spoilers!

La La Land (2016) – Crítica sem Spoilers!
  • Publicado em: janeiro 23, 2017

Sabe aquele filme que você tem medo de falar de tão bom que ele é? Então com todo cuidado, vamos falar sobre La La Land, me recuso a citar o título nacional, não que título não tenha ligação, mas não precisava.

La La Land é o segundo filme do jovem diretor Damien Chazelle, este longa sempre foi a primeira opção de Chazelle para se apresentar ao mundo, é um projeto de 6 anos atrás que foi desenvolvido quando ela estava na faculdade. Quando ele se formou foi viver o sonho americano (American Dream) se mudou para LA, bateu de porta em porta dos estúdios querendo gravar um musical da forma antiga. Ele mesmo falou que Hollywood não queria saber mais de musicais, e ainda mais pegar um projeto de um pirralhão recém-formado. Com vários “NÃO”, e muita frustração, resolveu desenvolver outro projeto, Whiplash: Em Busca da Perfeição, que conta a história de um jovem baterista de Jazz, que estuda para ser o melhor, mas ele sofre nas mãos do temido professor Fletcher, que acaba ultrapassando limites. Parte do filme é baseado na experiência do próprio diretor, no ensino médio ele tocava na banda do colégio e sofreu maus tratos do seu instrutor em suas aulas. 

No seu primeiro filme, ele já chama atenção, por ser um projeto desenvolvido em apenas 19 dias, venceu dois dos principais prêmios no festival de Sundance em 2014, concorreu à 5 estatuetas no Oscar, nas categorias de: Melhor Filme, Melhor ator coadjuvante, Melhor Roteiro adaptado, Melhor Montagem e Melhor mixagem de som e levou para casa 3 estatuetas. O filme arrecadou US$ 49 milhões e teve um orçamento de US$ 3,3 milhões. Com este sucesso todo, muito prazer, meu nome é Damien Chazelle. Ele não só conseguiu o financiamento para seu filme, ele consegue adquirir o respeito e atenção de Hollywood.

Uma curiosidade, após a cerimônia do Oscar, o jovem diretor já pensava em seu “primeiro” projeto, tanto que ele já tinha um pré-contrato com os atores: Emma Watson (“Harry Potter”) e Milles Teller que “desistiu” do projeto e Watson foi forçada a abandonar por conta de seus compromissos com a versão live-action de ‘A Bela e a Fera’. Damien Chazelle, aos 31 anos, o cineasta desafia-se como poucos em La La Land, em seu segundo filme com um Orçamento: US$ 30 milhões, opta por um longa completamente diferente do seu primeiro trabalho. Continuamos com bom e velho Jazz, mas desta vez, com sapateado, alegoria, sonhos e canções que contam a história de dois jovens sonhadores. O nome do filme vem desta mistura toda, que envolve a cidade de Los Angeles de uma forma brilhante, com fotografias que seriam belos quadros. Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista de jazz cheio de marra e vaidoso, que precisa dividir seu tempo entre bandas covers de pop dos anos 1980 e com trabalho em um restaurante tocando seu piando. No transito ele tem um desentendimento com Mia (Emma Stone), uma atriz aspirante e sonhadora, trabalha em um café dentro dos estúdios, que facilita conseguir alguns testes, os dois jovens sonhadores se reencontram pela música.

Eu sentir vontade de aplaudir em várias cenas, o filme poderia ser só mais um musical e ter todos os clichês possíveis dos antigos filmes do mesmo gênero, e terminar em música. O filme termina de uma forma brilhante, porem triste. Sebastian consegue realizar seu sonho e Mia também, na última cena é o grande “tapa na cara” que Chazelle da, no flashback cheguei a engolir seco ao me tocar que era tudo um único sonho, sonho que ambos tiveram ao mesmo momento. Sempre vamos torcer pelo casal, para seguir os sonhos de cada um, porem juntos. Aqui eles terminam juntos, mas somente pelo sonho. O maior romance que temos neste filme, são os sonhos realizados!

Em La La Land começa e termina em música como antigos musicais, mas de uma forma incrível e emocionante, a mistura de sentimentos que temos ao assistir La La Land é chocante, é vibrante e emocionante, o filme não desenvolve e nem aprofunda na trama, a preocupação da história é fazer você sentir as emoções e se colocar no lugar de Mia e Sebastian. De inverno a inverno, passando pela primavera, verão e outono vivemos a história com a bela trilha sonora.

A vontade de chorar ao ver lá La Land é de tristeza, talvez por lembrar de frustrações do passado misturando com a história de Mia e Sabastian, mas depois você vai estar chorando e rindo porque está tudo bem, a vida é feita de escolhas, as vezes somos derrotados e ficamos cansados, castigados de tanto perder e de tanto ouvir “NÃO” da vida.

O longa brinca com sentimentos, seu coração vai ficar alegre, vamos sair cantando, dançando e sonhando. É um filme belo, repleto de esperança, doce e cheio de amor e o melhor é a vida, o filme tem vida, você sente pulsar e conversar com você. O roteiro é cuidadoso e inteligente, a direção é cativante e tão cuidadosa para respeitar aqueles que merecem o seu respeito sobre o gênero clássico. Com La La Land, Damien Chazelle chega próximo a perfeição na direção e roteiro.

FICHA TÉCNICA:
Título no Brasil: La La Land – Cantando Estações
Título Original: La La Land
Ano Lançamento: 2016
Gênero: Comédia / Drama / Musical
País de Origem: EUA
Duração: 128 minutos
Direção: Damien Chazelle
Estreia no Brasil: 19/01/2017
Estúdio/Distribuição: Paris Filmes
Elenco: Ryan Gosling, Emma Stone, J.K. Simmons, Callie Hernandez, Jessica Rothe, Sonoya Mizuno, Rosemarie DeWitt, Finn Wittrock e John Legend.

 

Written By
Jackson Souza

Entende quase tudo sobre séries e filmes. Cresceu praticamente dentro de um cinema, gastando toda a sua mesada na sétima arte. Rockeiro de batismo, mantém uma guitarra empoeirada e cheia de histórias na parede do quarto. E, além de um viciado gamer, é um cara com um humor muito peculiar, que só alguém de exatas poderia nos proporcionar.

3 Comments

  • Belíssima crítica, faz jus a este filme. Estamos todos na torcida do Oscar agora.

  • Com certeza!

  • É um filme bonito de se ver: suas, cores, suas cenas, seus figurinos, suas danças e músicas…
    Um romance que toma rumos mais parecidos com a vida real.
    Não sei se mereceria um Oscar de Melhor Filme, mas com certeza é digno de muitas outras estatuetas.

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