Gilmore Girls: Um Ano para Recordar (Quando um revival precisa de outro revival!)

Antes de mais nada, aviso que tem spoilers, porque é impossível falar sobre isso sem escapar nada do que acontece. Mas também aviso que, mesmo transcrevendo todos os quatro episódios, não dá para transmitir o quão genial e emocionante foi essa “visita” das Gilmore Girls.

Quando saiu a notícia de que teria o revival de Gilmore Girls eu já fiquei emocionada, mesmo não tendo assistido a série completa ainda. Antes eu assistia só e canal aberto, tipo SBT, depois evolui para os à cabo, como Warner, Boomerang e MTV. Mas em nenhum desses eu consegui acompanhar direitinho.

Ainda bem que o Netflix liberou todas as temporadas em julho, assim eu consegui assistir tudo em, pasmem, dois meses!

Nessa época eu estava (estou, na verdade) um pouco triste com minha situação profissional, assistir Gilmore Girls me alegrava, mas também me ensinou algumas coisas. Acho que ver uma personagem guerreira como Lorelai te dar forças para quer buscar seus objetivos, assim como ver uma personagem estudiosa como Rory te dá entusiasmo de se apegar aos estudos.

Eu pensava que eles iriam mostrar no revival que Rory tinha conquistado a carreira dos sonhos, que ela estava vivem feliz e alegra a vida de jornalista. Mas não é bem assim, mostra o mundo real, mostra que, apesar de todas as suas qualificações, ela ainda tem problemas para se encontrar.

Quem se identificou com isso? Isso mesmo, esta colunista que vos fala. Eu me vi no lugar de Rory (apear de ser oito anos mais nova do que ela no revival), alguém com boas indicações, que sempre recebeu elogios sobre sua inteligência, mas ainda não alcançou a sua realização profissional.

Mas eu queria estar na pele dela, viajando entre EUA e Inglaterra.

E o resto? Ah, foi exatamente como eu esperava! Uma Stars Hollow que não muda seu pensamento, seu jeito estranho. Um prefeito insano (Taylor), uma mecânica esperta (Gipsy), uma vizinha xereta que tem uma voz aguda de mais (Babete), um estranho que tem milhões de empregos e bicos (Kirk), um gazebo lindo e um ar de alegria insuperável. Foi como se eles nunca tivessem saído do ar.

As relações também pareciam as mesmas. Rory e Lorelai ainda parceiras, Lorelai e Emily ainda brigando por tudo, Lorelai e Luke ainda na sinergia, Rory e (pasmem) Logan sendo Rory e Logan.

O primeiro episódio já começa quase que forçando as lágrimas! Porque? Eles colocaram os áudios de diálogos nos créditos, ou seja, faz os fãs lembrarem de tudo que se passou. É como se as sete temporadas passassem pela cabeça em um segundo. Logicamente senti falta da música, mas valeu a pena.

Os três primeiros episódios foram incríveis, mas a cereja no bolo foi o último. Não tenho como não falar desse episódio.

Agora vem o alerta em vermelho neon: TEM SPOILER!!!!!!!!!

Rory acaba discutindo com Lorerai sobre um babado aí (não vou entregar tudo, não é). Ela ainda tem Logan como um porto seguro, alguém para desabafar (só vendo para saber a razão), então ela liga para ele, sem querer. Mas eles acabam terminando o “relacionamento”.

Aí, do nada, aparece uma cena de Rory indo para Stars Hollow Gazette à noite. A cidade está misteriosamente sinistra. Aparece, do nada (desculpa a repetição kkkk), um corvo (quem lembra do episódio que tinha um festival em homenagem a um certo poeta de horror?) na árvore. Ela entra no Gazette e a sua “ajudante” fala as palavrinhas mágicas “In Omnia Parantus”! Rory olha pela janela e tem três moços com máscara de macaco. Logicamente era Finn, Colin e o outro (que esqueci o nome).

Daí Logan aparece e eles começam uma “Brigada de vida e morte” (Life & Death Brigade) ao som de “With a Little Help from my Friends” (The Beatles). E não parou aí. Toda a sequência foi baseada (eu acho) na sequência de “Across The Universe”…….. dá para ser mais perfeito? Seria esse meu sonho?

Depois disso ainda há o desfecho dos personagens. Para mim o melhor final foi o de Emily Gilmore! Mas o final deixa você de boca aberta até uma horas, ainda não sei reagir àquilo!

Senti falta de alguns personagens. Achei que Lane poderia ter tido um pouco mais de espaço, assim como a banda dela, e senti falta de algumas possíveis intervenções de Miss Pat. Sookie também foi uma lacuna, apesar de saber que Melissa McCarthy teve um ano cheio, queria um pouco mais de Sookie.

Jess e Dean (especialmente Jess) poderiam ter aparecido um pouco mais, mas suas aparições foram incríveis. Incrivelmente a presença de Richard estava ali, eles homenagearam lindamente a lembrança dele.

Também gostei de um outro detalhe. E aí é detalhe para pessoas estranhas como eu. Taylor inventou de organizar um musical em homenagem à cidade, então abre vagas para uma audição. Quem ganha a vaga é Violet, interpretada por Sutton Foster.

Vocês sabem quem é Sutton Foster? Ela não é muito conhecida, mas era a protagonista de “Bunheads”, série que foi ao ar entre 2012 e 2013 sobre ballet (já me ganha daí). Quem criou “Bunheads”? Amy Sherman-Palladino, a mesma criadora de “Gilmore Girls”. Quem era a sogra da personagem de Sutton, que infernizava a vida dela? Kelly Bishop, ou seja, Emily Gilmore em carne, osso e autoridade!

Nunca terminei de assisti “Bunheads” (farei isso e, assim que puder, falo para fossem da série), mas assisti alguns episódios e adorava. Por ser de ballet já é um motivo. Mas havia mais dois; 1- tinha Kelly Bishop, sempre gostei dela e me fazia lembrar das Gilmore; 2- Sutton Foster sempre me lembrou um pouco Lauren Graham, o que aumentava minhas lembranças das Gilmore!

Além dela tem mais duas meninas que eram bailarinas de “Bunheads”, tem a presença de Peter Krause (companheiro de Lauren em “Parenthood” e na vida, reza a lenda) em uma cena com Lorelai e muitos outros detalhes que são prato cheio para pessoas estranhas kkkk!

Enfim, é lindo, ri horrores, chorei também (o que não é muito fácil), quis ser, mais uma vez, uma Gilmore. Aí lembrei que sou uma Xaxá, também senti orgulho por isso, afinal aprendi a ter orgulho de quem eu sou!

Vou ali me recuperar desse revival e próxima semana volto com mais entretenimento para vocês.

Beijinhos e até a próxima!

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