Review: My Hero One Justice 2

My Hero Academia (ou como preferir, Boku no Hero) é um sucesso absoluto no Japão e Mundo, esta que é uma série de mangá escrita e ilustrada por Kohei Horikoshi. Os capítulos mensais do mangá são publicados desde 2014 pela revista Weekley Shonen Jump, responsável por publicar as famosas series Yu Yu Hakusho, Dragon Ball e Dragon Ball Z, Naruto, One Piece e uma vasta galeria de diversos títulos importantes que são sucessos que marcaram época ou que estão em hiato em função do atual momento com a crise covid-19.

Há exatos 2 anos a BANDAI NAMCO lançava o inédito My Hero One Justice, jogo de luta inspirado no anime de sucesso My Hero Academia, que reúne importante leva de personagens em um combate corpo-a-corpo dentro de arenas ambientadas em vários cenários popularmente conhecidos no anime. Além disso, o modo história adapta os arcos de histórias das primeiras temporadas, contendo a tão guardada luta final entre All Might e One For All no incidente de kamino.

Modo história: Entre acertos e erros, o primeiro jogo foi bem aceito pelo público e isso levou a uma continuação que traz dois arcos importantes que acontecem entre a terceira e quarta temporada, são eles: Licença de Herói Provisória e Shie Hassaikai (Uma organização Yakuza). o jogo recebe uma repaginação na tela de menu, a cada uma das opções é atribuído a mudança de cor, contrastando com cada personagem diferente que tem sua fala. o modo história revive a trama que se propôs, mas até esse ponto as mudanças ficam apenas na repaginação e traz o mesmo formato de seu antecessor em recorte e o estilo HQ nos vídeos de exibição, sendo até bem elaborado para contar a história das tramas. Porém, esse formato desperdiça todo o seu potencial que poderia ser melhor explorado através de animação, o que daria mais importância e emoção as cenas, tendo como exemplo a luta entre Izuku Midoriya e Katsuki Bukugo, a luta dos heróis em ação na Batalha contra a máfia – ponto alto da temporada- que guardou grandes momentos de emoção e fez o público (fãs) ir ao delírio com as lutas de IZuku Midoriya e Mirio Togada para salvar a jovem garotinha Erin das garras do vilão Overhaul.  Reviver as aventuras da série na pele dos super heróis de MHA é uma experiencia e tanto, o modo história é separado em duas partes entre Heróis e Vilões, permitindo refazer os passos da história original e ao atender as metas o jogador não apenas avança na história como também ganha Bônus de recompensa. Por outro lado, a diversão se perde na parte dos vilões que conta com pelo menos 14 vídeos de exibição e repetidas lutas em que o jogador enfrentará capangas e membros de gangue para suprir o vazio e dar continuidade ao explorar a história na perspectiva dos vilões, o que não acrescenta em nada por tornar massivo e repetitivo tanto a história em outro ponto de vista quanto as lutas contra personagens genéricos.

Modo missões: Este modo está presente no título original e basicamente apresenta o mesmo conceito, com a mudança da repaginação e o aproveitamento do material fonte adaptando a agencia de estrelas, que permite formar sua equipe de heróis para treinamentos, patrulhas e investigações que tem o foco em lutas.  O modo trás polígonos com desafios e também adições de itens que fornece aumento de Defesa, ataque e HP, é importante que o jogador evite ao máximo a perca de HP que vai diminuindo a cada combate e no final não falhe na missão e perca pontos, atingindo diretamente os heróis recrutados no grupo que perdem níveis de assistência, correndo o risco de sair da sua agencia caso atinjam à estaca zero e com isso o jogador tenha que gastar moedas para repatria-los de volta.

Outros modos: Seguindo a cartilha do que já foi visto no título original os modos não tiveram mudanças além do seu formato em comparação com o jogo original, mas cumprem com a obrigação de divertir ao máximo. Batalhas livres, realizar lutas offline contra a CPU e também contra outro jogador no velho x1 no multiplayer. Sabendo configurar é possível mexer no formato da luta e no tempo de jogo, podendo variar entre lutas sem suporte e até mesmo com 3 amigos na mesma equipe ou até 3 contra 3 que faz a luta ter uma proporção ainda maior virando campo de guerra de individualidades.

Rede, o modo online em que o jogador poderá se conectar com pessoas pelo mundo, não teve muitas grandes alterações além do formato repaginado que o torna diferente em relação do anterior, mas ainda consegue ser uma boa opção para competidores que disputam partidas ranqueadas e casuais.

Arcade, permite que o jogador lute com oponentes do CPU com o objetivo claro de derrotar todos pelo caminho. Vemos aqui uma mudança que merece destaque com a existência de três rotas em formato de cartas de níveis: Alfa, Beta e Gama, não existe uma ordem certa, o jogador pode começar por onde quiser e ao entrar dentro de uma dessas três rotas terá outras seis cartas que são o desafio. A dificuldade que segue as lutas se mostra satisfatória por ser desafiadora, servindo como um treino para partidas online e também para que o jogador possa ficar preparado para encarar o modo missões.

Outros recursos já conhecidos são Treinamento, Personalizar onde o jogador tem acesso a outras três categorias de sub menu (Personalizar personagem, Personalizar perfil e Loja) permitindo que você compre e personalize seus personagens favoritos com mudanças de uniforme, equipamentos e voz, a novidade fica com o cartão de herói personalizado, que será exibido nas partidas online e mostra o número total de vitorias nas partidas ranqueadas.

O modo galeria traz bastante conteúdo extra que são recompensas e permite  a reprodução de cenas da série (inseridas no jogo), vozes de personagens, gráficos, musicas, basicamente é o resultado das conquistas nos modo história, missões, arcade, rede, em que o jogador desbloqueia atingindo metas de vitória concluindo a história,  vitorias com  50% a 80% de vida ou finalizando com Plus-Ultra.

Jogabilidade: O combate é o foco definitivo, é importante que a sequência se baseei no seu antecessor não apenas pensando em caprichar gráficos e criar novos modos sem que exista um aprimoramento no controle e sistema de combate, para que a franquia siga sempre em constante evolução e melhore cada vez mais a experiencia dos jogadores. Ao iniciar o combate, notasse a mudança na barra de especial que traz o nome “PLUSULTRA” e existe 3 níveis que poderão ser atingidos ao ser carregado. É Importante lembrar que diferente de jogos da saga Dragon Ball onde se usa o Ki e Naruto Shippuden: Ninja Storm que tem o uso do Chakra, em My Hero One Justice 1 e 2 os jogadores só conseguirão encher a barra durante os combates com contato direto o que implica em lutas mais estudadas e dinâmicas, casando muito bem para um jogo tridimensional que leva as lutas para paredes de edifícios e permite criar estratégias de luta com o uso de suportes, os Sidekicks. E falando neles, agora existe a opção do uso do Plus-Ultra com cada um dos Sidekicks tanto individual como em trio fazendo ataques especiais, atingindo o Plus-Ultra no nível 3 o jogador poderá unir técnicas especiais em conjunto ou ao mesmo tempo dependendo do trio escolhido. Algumas possibilidades que faltavam no jogo anterior, foram estabelecidas nesse que reflete exclusivamente nas técnicas especiais sendo usadas para cancelamentos adicionais de Dash-Cancels para permitir sequencias mais longas de ataques para mais pressão e possibilidades. Outra condição possível de gastar a barra de Plus-Ultra é cancelando ataque especial de entrada do Guard-Cancel ao bloquear uma reversão de virada de mesa para ganhar a vantagem.  O medidor de resistência que é usado para bloqueio de ataques – antes sendo racionado para apenas proteger-se dos ataques – agora pode ser compartilhado com uma tática de retrocesso para atrair o oponente a se comprometer demais e dando liberdade de explorar seus pontos falhos. Embora esses recursos adicionais possam ser vistos como pequenos ajustes no combate, eles se tornam táticas importantes necessárias à jogabilidade, a exemplo do gerenciamento do medidor de bloqueio defensivo.

Conclusões finais: My hero One justice 2 traz uma variação de combos e novos personagens, apesar de problemas com o modo história que se mostra cansativo, é incrível poder jogar com All Might, Mirio Togata e Izuku Midoriya Full Crowling 100% e explorar ao máximo seus poderes e de outros personagens novos presentes no jogo em combates de dois ou mais Rounds. Mas até mesmo para essa sequência à pontos negativos a destacar, o controle do jogo é limitado seguindo os mesmos botões para todos personagens, o que basicamente é uma repetição que não teve sequer melhoraria, apenas siga os passos e o repeti a formula com qualquer um dos personagens que vai dar certo. Em algumas partidas nos modos História, Missões, Arcade e Rede houveram sérios problemas de bugs, lags e queda de frames visíveis durante o uso do Plus-Ultra que faz o uso de efeitos especiais. Embora os novos recursos não tragam grandes inovações, até mesmo as mais pequenas são importantes como pequenos ajustes no combate e se tornam importantes meios necessários â jogabilidade, como a responsabilidade do gerenciamento de medidores de Suporte, bloqueio defensivo e o Plus-Ultra. Esse jogo é lindo visualmente e muito divertido, em comparação aos jogos de luta em 2D não é tão refinado quanto, mas a sempre uma restrição ao que está sendo dito e o jogo em 3D -como já dito antes aqui- parece ser mais pensativo e dinâmico com uma serie de rápidas decisões a serem tomadas e maior sensação de colisões inevitáveis com o choque de força. A parte Gráfica e física,  foi um assunto que não entrou em pauta aqui, mas a respeito dos cenários a física me incomoda, pelo fato de o personagem apenas encosta em objetos, paredes solidas, arbustos e destruir, talvez venha a ser corrigido em um próximo jogo ou até mesmo nesse, quem sabe.

Para ser justo, esse jogo segue os maldes do seu antecessor e faz melhorias significativas no combate e proporciona uma experiência e tanto, talvez seja importante se distanciar e trazer mudanças que tornem o modo história mais emocionante e interativo. mesmo com alguns problemas a serem corrigidos. My Hero One Justice, não se preocupa com concorrentes e se dedica a agradar uma pequena e dedicada base de fãs com algumas ideias interessantes e tem a necessidade de acrescentar novas melhorias na jogabilidade e mudanças no controle.

Nota: 3,5/5  My Hero One Justice 2 está disponível para as plataformas Playstation 4,  Xbox One e PC (via Steam).

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