Under the Dome: O Domo de Stephen King (Série)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais uma série do mestre do terror e suspense disponíveis pela CBS e Amazon Instant Video.

O Domo (2013 a 2015): Criador Brian K. Vaughan, editor Timothy A. Good, distribuição CBS Television Distribution. Elenco Mike Vogel, Rachelle Lefèvre, Dean Norris, Colin Ford, Mackenzie Lintz, Alhttps://www.youtube.com/watch?v=R1W8KchOJ2wexander Koch, Britt Robertson, Natalie Martinez, Nicholas Strong, Aisha Hinds, Jolene Purdy, Eddie Cahill, Karla Crome e Kylie Bunbury. Empresas produtoras Amblin Television, Baer Bones e CBS Television Studios, emissora original CBS.

Under the Dome é uma série de televisão americana de drama, fantasia, ficção científica e mistério desenvolvida por Brian K. Vaughan. A primeira temporada da série, estreou na CBS dia 24 de junho de 2013 às 22 horas. A série têm três temporadas e um total de 39 episódios.

Baseada no romance homônimo de Stephen King, a série no Brasil é exibida em duas emissoras, e em cada uma recebeu um título diferente. Na Rede Globo é exibida com o título Under the Dome – Prisão Invisível, já na TNT o título da série é O Domo.

Vaughan saiu da série antes da estréia da segunda temporada e Baer seguiu como o responsável. No dia 9 de outubro de 2014 a CBS anunciou que a série havia sido renovada para uma terceira temporada cuja exibição se iniciou no dia 25 de junho de 2015 com a exibição de dois episódios em seqüência. No dia 31 de agosto, a CBS cancelou oficialmente a série, que acabou na terceira temporada, com o episódio final sendo exibido no dia 10 de setembro de 2015.

Sinopse: Baseado no livro de mesmo nome, Under the Dome conta a história dos moradores da pequena cidade americana de Chester’s Mill, no Maine, onde uma enorme e transparente cúpula indestrutível de repente os isola do resto do mundo. Sem acesso à internet, telefone e televisão, as pessoas presas dentro da cúpula devem encontrar suas próprias maneiras de sobreviver com a diminuição dos recursos e as crescentes tensões. Enquanto as forças militares, o governo e os meios de comunicação posicionados fora da barreira tentam derruba-lá, um pequeno grupo de pessoas presas lá dentro tenta descobrir o que é, de onde veio, e quando (e se) ela vai embora.

Crítica: O Domo (2013) é uma interessante série do mestre Stephan King (Cemitério Maldito, O Iluminado e IT) em sua primeira temporada, adaptado pelo roteirista de HQs Brian K. Vaughan (que só fica na primeira, abandonando a série após), conta a história de uma cidade que fica isolada do mundo através de um domo e por isso, traz os piores temores de todos os cidadãos, passando por aceitação de situações e decisões extremamente polêmicas, que vão de milícias até execuções.

Mais do que um drama alienígena ou místico, O Domo demonstra a facilidade do ser humano se perder, ou melhor, de perder sua humanidade, em situações caóticas em que joga a decisão para o grupo, esquecendo de sua ética, ou alma.. Não é só uma vez que vemos pessoas tomando decisões por ódio, sem nenhuma base, apenas com instinto de sobrevivência ou vingança, apenas por uma mentira jogada com segundas intenções. É quase uma demonstração de como uma política autoritária é introduzido em um grupo, como uma ditadura é aceita pela maioria, quando se coloca como um interesse maior, democrática ou ideológica. Temos vários momentos em que a população é levada a situações absurdas, mas que aceita lutar vizinho contra vizinho sem nenhum questionamento a não ser, matar por um bem maior.

Achei a primeira temporada O Domo profundo, bem adaptado e com idéias relevantes sobre vida, política e relações, melhor até que sua série co irmã O Nevoeiro (2017), também de King, com uma história e elenco adolescente que lembra muito outra série de sucesso Stranger Things (2017), e mesmo que esses dois exemplos tenham motivações semelhantes e bebem da mesma fonte, O Domo tem uma linguagem própria e um mistério que o torna diferente do que o esperado.

Infelizmente a série cai em alguns erros e loopings comuns a tramas onde aas vezes, para o roteiro funcionar, que mesmo com apenas 13 capítulos, o torna cansativo e lento no seu desenvolvimento. Não vou entrar nas questões em que personagens tomam decisões omissas ou mesmo aceitem certas questões como normais, como a personagem policial  Linda Esquivel (Natalie Martinez), que na série se apresenta como um personagem de uma personalidade forte, mas que com o tempo vai cedendo as loucuras sem sentido de Big Jim Rennie (Dean Norris). Norris é a alma da série, conhecido por participações em Blockbusters como O Exterminador do Futuro, O Vingador do Futuro, A Firma, A Cela e O Passageiro do Futuro, aqui em O Domo dá um show de atuação.

Se a série acabasse em sua primeira temporada, ou não se preocupasse tanto em ganhar mais fôlego do que responder dúvidas, não teria um desastre em sua segunda e terceira temporadas. Senti essa mesma dificuldade na série Dark (2017), onde uma primeira temporada fechadinha se transformou em realidades alternativas e encontro de dimensões, que apesar de me deixar sem fôlego e me questionar quem tinha razão, Vingadores ou De Volta pro Futuro, me obrigou a aceitar certas conveniências temporais para que o roteiro funcionasse. Os roteiristas quiseram contra mais sub tramas desnecessárias, forçar personagens novos para que pudessem contar novas histórias, mas que apenas provou que não tinham mais o que contar, deixando a história desajeitada e sem credibilidade.

Curiosidades: Originalmente anunciada em novembro de 2009, a produção não foi para frente até que, dois anos depois, Vaughan foi contratado para adaptar o romance como uma série e, em seguida, apresentar para o canal a cabo Showtime. O presidente de entretenimento da Showtime, David Nevins, sentiu que a série não era certo para a rede e sugeriu a Nina Tassler, que ela assumisse o projeto. Imediatamente interessada, Tassler pegou a série e anexou ao produtor de televisão veterano Neal Baer. Foi anunciado em novembro de 2012 que a CBS tinha encomendado um piloto e treze episódios de Under the Dome. “Este é um grande romance que vem para a tela da televisão com os auspícios pendentes e os valores de produção na temporada para criar um evento de programação de verão”, comentou Nina Tassler, presidente da CBS.

Um teaser trailer foi criado especialmente para o Super Bowl 2013. Em vez de mostrar imagens, o teaser dirigiu os telespectadores para o site oficial da série, onde eles poderiam colocar seu endereço e código postal para simular fotos de como suas casas e vizinhança ficariam “sob a cúpula”.

As filmagens para a série começaram oficialmente em Southport e Wilmington, na Carolina do Norte, em 28 de fevereiro de 2013. Filmagens adicionais ocorreram em Burgaw. Foi confirmado em 9 de outubro de 2014 que mesmo depois de cortes extensos para os créditos tributários estaduais, as filmagens permaneceriam na área de Wilmington. Vaughan deixou a série em 2014 antes da estreia da segunda temporada. No entanto, ele já havia planejado a temporada com Baer antes de sua saída.

A série esteve disponível na Amazon Instant Video quatro dias após a transmissão na CBS. O acordo com a Amazon ajudou a CBS para mitigar o alto custo de produção de cerca de US$ 3 milhões por episódio. No Canadá, a série estreou em 24 de junho de 2013, na Rede Global Television. Na Austrália, a série estreou em 25 de junho de 2013, na Network Ten – apenas algumas horas depois de ser transmitida nos Estados Unidos, e vai ao ar em repetição na TV H!TS desde 4 de janeiro de 2015. A série estreou no Reino Unido em 19 de agosto de 2013, no Canal 5. Em Portugal a série é transmitida pelo TV Séries, tendo estreado no dia 26 de junho de 2013, e no MOV, desde 12 de dezembro de 2013.

No Brasil, o primeiro episódio da terceira temporada foi exibido no dia 25 de junho, na TNT. Devido à baixa audiência, a CBS decidiu por não renovar a série, cujo episódio derradeiro foi ao ar no dia 10 de setembro de 2015.

Na primeira temporada, o episódio piloto recebeu críticas positivas, em grande parte, e os episódios iniciais foram geralmente bem recebidos. A partir de 25 de junho de 2013, o episódio piloto tem uma classificação de 72 em 100 no Metacritic, indicando “revisões geralmente favoráveis”. No Rotten Tomatoes foram reportados que 82% de 45 críticos deram a primeira temporada um comentário positivo. Consenso do site é, “Under the Dome é um horror/mistério eficaz e cativante com plotagem hermético e grandes efeitos especiais”.

Na segunda temporada foi registrada uma queda na qualidade da série, que alcançou uma pontuação de 52 em 100 no Metacritic, indicando “avaliações mistas”. Do Chicago Sun-Times, Lori Rackl disse que “O que começou no ano passado como uma série de Verão de ficção científica promissora rapidamente transformou-se em uma confusão boba.” Do Washington Post, Hank Stuever achou a história “uma bagunça” e que tem “um conceito mudo”.

A terceira temporada não conseguiu revisões suficientes para avaliação no Metacritic.  No Rotten Tomatoes alcançou um índice 72%. Kevin Yeoman para o Screenrant disse que “existe uma certa alegria que vem de assistir algo tão consistentemente imbecil como Under the Dome.  Agora em sua terceira temporada, a série vai para baixo ao contar a história do rescaldo do Domo, por meio de uma realidade alternativa boba cozinhada por Melanie. A estréia extra longa essencialmente se resume em uma maneira desajeitada de introduzir dois novos personagens na mistura. A partir dessa perspectiva, observando os episódios é como assistir os escritores correndo com a idéia de obter todos para fora (do Domo) antes de perceber que eles estão correndo na direção errada. O resultado é um dos mais desajeitados e mais inanes extensões e voltas na história da televisão recente.”

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