Todo artista tem uma história – “David Lynch – A vida de um Artista”

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Ao assistir uma série, um filme, uma novela, uma peça ou algo do tipo, poucas vezes pensamos no diretor, no escritor ou em alguém da equipe técnica, focamos naqueles que dão vida aos personagens, aquilo que nossos olhos podem ver.

Quem acompanha “Twin Peaks” talvez tenha um pensamento diferente depois de assistir o documentário “David Lynch: A Vida de um Artista” (“David Lynch – The Art Life” – 2016), mais uma obra que pude assistir graças ao belo projeto do Sofá Digital.

David Lynch é o diretor de “Twin Peaks”, além de tantas outras obras, muitas surrealistas, alguns dizem até que ele criou um estilo próprio. Além de diretor, David é roteirista, músico, artista plástico, pintor e, muito raramente, ator. Tudo isso que grandes mentes conseguem fazer ao mesmo tempo.

O documentário consiste numa narrativa do próprio David sobre sua vida, servindo como uma significativa retrospectiva de tudo que o levou até hoje, todos os pontos positivos e negativos, todas as influências que recebeu, como se transformou de um garoto criativo a um homem das artes.

Ele começa falando de sua infância, dizendo que se mudou algumas vezes, mas lembra do quão feliz foi em uma dessas cidades, num momento em que tinha dois irmãos mais novos, uma mãe que incentivava sua criatividade de todas as formas e um pai tradicional, mas que os amava. Ele conta com um semblante alegre, quase dá um sorriso (muito sério ele).

Depois ele foi morar perto de Nova Iorque, foi quando se viu em meio às más companhias, nenhum interesse na escola, mas que começou a se ver como um artista plástico. Esse momento sombrio foi bem longo, porque ele foi estudar artes na Filadélfia.

Por lá David também não encontrou felicidade, as ruas transpiravam sentimentos pesados demais, a escola era um paradoxo, não incentivava a criatividade que quem deveria ter criatividade. Enfim, de todo jeito aquilo o ajudou a construir seu perfil artístico, por isso suas pinturas têm esse choque áspero.

Aos poucos ele foi migrando para o cinema, com o esse mesmo estilo sombrio, mas que fez tanto sucesso que ele conseguiu fazer seu nome na indústria.

Essa é uma obra interessante, não sou muito fã de documentários, mas a forma como foi feito me fez assistir até o final. Mostram-se cenas dele dentro do seu estúdio, com a participação da filhinha caçula, fofíssima, e outras dele dentro de uma cabine de gravação, onde faz a narração, alternadas com fotos antigas dele e da família e muitas de suas obras.

Havia momentos em que não havia trilha nenhuma, apenas a imagem, ou dele ou de alguma obra, mostrando, acredito eu, o esforço que ele teve que fazer para reviver alguns momentos difíceis de sua vida.

Não sabia quem era David Lynch, nunca assisti “Twin Peaks” (obra mais célebre atualmente), agora sinto admiração por essa mente, digamos assim, brilhante.

O mais interessante é que ele abriu o coração, resgatou lembranças antigas, coisas que provavelmente há tempos não eram lembradas, mas ainda assim ele parece indecifrável para algumas coisas. Falou da vida, dos pais, dos irmãos, da primeira esposa, mas ainda assim não deu para transparecer todo seu sentimento.

Acho que ele é como a mãe, da forma como ele a descreveu, alguém que ama muito a família, mas que não precisa demonstrar, não precisa estar o tempo todo falando e afirmando aquilo, as pessoas só sabem.

Que isso nos faço pensar mais nas mentes por trás das histórias que vemos!!

Até mais, beijinhos.

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