Só aqui refletindo!

Estava eu assistindo “Os Simpsons”, um episódio que Homer é contratado para ser ator e tem que emagrecer e ficar todo trincado (musculoso) em uma semana, tudo resumido em uma montagem com uma música típica de superação, e comecei a refletir sobre isso. Não me abandone agora, parece sem sentido, mas aguenta aí que você vai entender.

Por eu ser tão aficcionada por filmes e séries, por vezes me imaginei vivendo alguns dos momentos que assisto, seja bom ou ruim, o que é bom que te faz refletir sobre as variadas maneiras de se comportar em situações inusitadas. Porém minha vontade mesmo é ter “problemas” ou questões resolvidas como o preparo físico de Homer Simpson, em poucos segundos que representam um longo período.

Vou me expor aqui um pouquinho para poder explicar esta minha reflexão. Tenho dois sonhos possíveis a serem realizados e um “objetivo de backup”. Ser diplomata (o que quer dizer passar no chamado CACD) e ser efetivamente uma boa bailarina de ponta (sapatilha de ponta e tal) são os sonhos. Ser contratada por um escritório de advocacia na capital do meu estado (Natal, no RN), por ser um objetivo mais antigo e necessário no presente momento.

Tudo isso, e outros objetivos mais pessoais, demandam tempo, paciência e muita, mas muita, dedicação na preparação. Por mais que eu goste de ler, de estudar muitas das matérias que caem no CACD, é horrível passar de 06 a 08 horas por dia a frente de um computador ou de um livro. Sem contar que, por enquanto, ainda não tenho renda própria, ou seja, ainda tenho que me “escorar” nos meus pais, o que não é agradável (eles aceitam e apoiam, mas não gosto da sensação de “parasita”).

Não seria maravilhoso ter o poder de concentração, a inteligência e a conhecimento literário de Rory Gilmore (Gilmore Girls) para enfrentar tudo o que tenho que estudar? Melhor ainda: não seria incrível que esse ano e meio, mais outro um ano que vem pela frente, fosse condensado em uma montagem de um minuto e meio ao som de “I Will Suvive” (porque às vezes parece que a gente não vai sobreviver)? Com certeza meu psicológico agradeceria por isso!!!

 Rory Gilmore (Gilmore Girls)

Para me equilibrar em uma sapatilha de ponta é necessário muito preparo físico, força no abdômen e nas pernas, sem esquecer dos braços, que precisam estar perfeitos em qualquer que seja a situação. Qual o problema? Não tenho tanto força, tenho que fazer muito abdominal e muito exercício de perna. Amo praticar balé, cada exercício me faz perceber que realmente quero isso, mas às vezes dá uma canseira, uma dor em um músculo que você nem sabia que tinha, que faz você pensar se dá para continuar.

Quando penso no tanto de tempo que ainda tenho de preparação para o nível de técnica que quero chegar, desejo estar naquele filme, “Barbie in the 12 Dancing Princess” (Barbie em As 12 Princesas Bailarinas – 2006), lembro que uma das pequenas aprendeu a dançar em 5min!!! Ou então “Step Up” (Se Ela Dança Eu Danço – 2006), que o personagem de Channing Tatum não sabia dá uma pirueta, a não ser se fosse de dança de rua, mas no final ganha uma bolsa para a melhor escola de balé da cidade.

Ah, se eu fosse me lembrar de quantos filmes sobre dança eu queria estar dava para fazer um livro, não muito cultural talvez, mas um livro. Provavelmente eu iria querer aprender tango com Antonio Bandeiras em “Take The Lead” (Vem Dançar – 2006), salsa com Jennifer Lopez e Richard Gere em “Shall We Dance” (Dança Comigo? – 2004) e balé com Zoe Saldana e cia em “Center Stage” (Sob a Luz da Fama – 2000). E isso eu nem incluí os musicais!!

Os musicais também seriam uma boa para me representar na procura de emprego. Não é tão visível em lógico quanto os demais, mas tem na minha cabecinha louca. Nos filmes e séries musicais há um fator muito interessante, tudo mundo sempre sabe cantar e dançar do jeito o protagonista quer. Vem alguém cantando e, não mais que de repente, aparece, do nada, outro alguém para acompanhar na música. Essa referência é bem ilustrada e criticada no filme “Enchanted” (Encantada – 2007).

O que tem haver com a procura de emprego? Queria estar de boa, andando nas ruas da cidade que quero trabalhar, e, do nada, chegar o dono de um escritório de advocacia e me oferecer um emprego. Como eu sei que isso é praticamente impossível de acontecer, lá vou eu mandar currículo (e esperar pacientemente por uma entrevista, pelo menos).

Depois de tudo isso preciso perguntar (para mim mesma também): Será que vale a pena passar tão rápido por todos estes processes? Será que o cansaço, a dor, o tédio (por vezes) e a tendência para a impaciência nos fazem ver o valor das nossas conquistas? Mesmo ainda não tendo alcançado completamente meus sonhos, posso responder que sim, porque os resultados que já alcancei me valem ouro, mesmo que para muitos não seja grande coisa!

Você aí, já quis estar em um filme ou série?

Obs.: Impressão minha ou a maioria dos bons filmes sobre dança são do ano de 2006? kkkkk.

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