Pulse Abarth da Equipe Manzini termina em terceiro lugar nas 1000 Milhas de Interlagos da categoria T2

Na estreia global do Pulse Abarth em competições, a Equipe RMCP (Roberto Manzini Centro Pilotagem) alcançou um resultado impressionante na mais icônica prova de endurance do automobilismo brasileiro: o Grande Prêmio Cidade de São Paulo 1000 Milhas Chevrolet Absoluta. A equipe terminou na 28ª posição geral, entre 70 carros, e conquistou o terceiro lugar na categoria T2 (Turismo até 2.1 Turbo).

A jornada foi marcada por desafios, começando pela largada na última posição, já que o time não conseguiu participar da classificação. Mesmo assim, o carro, cedido pela Stellantis, foi adaptado para a corrida em apenas 18 dias sob a liderança do engenheiro Marcelo Marques. A equipe teve apenas cinco sessões de treino antes da competição, realizada no Autódromo de Interlagos, na madrugada e manhã do dia 26 de janeiro.

O Pulse Abarth #70 foi pilotado por um time diverso e experiente: Roberto Manzini, 69 anos, veterano na 1000 Milhas; Ricardo Dilser, 52 anos, tricampeão brasileiro de endurance e apresentador do programa AutoEsporte; Eduardo Bernasconi, 50 anos, jornalista e fundador da Fullpower; e Victor Manzini, de apenas 17 anos, estreando na competição.

A corrida de 12 horas começou de forma turbulenta, com chuva, acidentes e entradas frequentes do safety car. Ricardo Dilser abriu a corrida, levando o carro à 12ª posição geral e ao segundo lugar na categoria T2 antes de passar o volante para Victor Manzini. O desempenho chamou atenção, considerando que o Pulse Abarth 1000 Milhas era praticamente o mesmo modelo comercializado nas concessionárias, com um kit de repotenciamento que aumentou a potência do motor de 185 cv para 205 cv e o torque de 270 Nm para 310 Nm.

Os pilotos da Equipe RMCP adotaram uma abordagem cautelosa, evitando grandes incidentes durante a corrida. Ricardo Dilser, por exemplo, registrou a volta mais rápida da prova, completando os 4.309 metros do circuito em 2min08s382 na passagem 209. A resistência do Pulse Abarth também foi comprovada: o carro apresentou desempenho consistente, sem problemas mecânicos significativos, realizando apenas trocas programadas de pneus e pastilhas de freio.

A corrida também teve um significado especial para a família Manzini. O carro #70 foi uma homenagem aos 70 anos que Roberto Manzini completará em dezembro e aos 18 anos que seu filho Victor celebrará em julho. A oportunidade de competir lado a lado trouxe um clima de celebração ao box da equipe, liderado por Adriana Manzini, esposa de Roberto e mãe de Victor.

Para Ricardo Dilser, que não competia desde 2014, a experiência foi marcante. Ele destacou a evolução do automobilismo, a velocidade dos carros e o profissionalismo da equipe. Já Eduardo Bernasconi, que participou pela última vez em 2005, elogiou o desempenho do Pulse Abarth e a parceria com a equipe. Victor Manzini, por sua vez, comemorou a chance de competir ao lado do pai em uma das provas mais tradicionais do Brasil, reforçando sua ambição de se tornar piloto do Mundial de Endurance da FIA (WEC).

Roberto Manzini, emocionado, descreveu a experiência como a realização de um sonho, ressaltando a importância de compartilhar esse momento com pessoas queridas. Ele já vislumbra uma nova participação no próximo ano, motivado pelo desempenho da equipe e pela adrenalina da competição.

A equipe contou com o apoio de patrocinadores como DPaschoal, Mopar, Delinte, Motul, BPower, Fiat Sinal, Pro Tune, Fullpower, ENS (Escola de Negócios e Seguros), Roberto Manzini Blindagens e Manzini Driver’s Academy, garantindo que esse marco na história do Pulse Abarth fosse possível.