Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje nos despedimos de Prince.
Prince Rogers Nelson:
Nascido em Minneapolis, 7 de junho de 1958 e falecido em Minneapolis, 21 de abril de 2016, foi um músico multi-instrumentista e dançarino norte-americano, considerado por muitos um dos maiores ícones pop de todos os tempos. De difícil a perfeccionista, Prince não tinha bons relacionamentos com gravadoras, músicos, amigos e família. Chegou a ficar sem nome, apenas conhecido por um símbolo que mistura o masculino e feminino, por anos, para não ter que pagar direitos autorais a gravadora. Prince produzia mais do que podia apresentar, viciado em trabalho, vendeu mais de 100 milhões de álbuns e 60 milhões de singles, especialmente os lançados nos anos 80 estavam quase sempre entre as cinco primeiras posições de todas as listas de melhores músicas ou discos de todos os tempos, com destaque para o álbum Purple Rain (1984). Sua música mistura diversos gêneros musicais como funk, R&B, soul, new wave, jazz, rock, pop e hip hop. Foi considerado o 33.º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone. Prince tinha a habilidade de juntar elementos de todos estes estilos musicais fazendo uso de sintetizadores e bateria eletrônica desde o início da sua carreira no fim dos anos 70. Prince escrevia, compunha e produzia todas as suas músicas. Suas maiores influências foram James Brown, Jimi Hendrix, Earth, Wind & Fire e Sly and Family Stone. A sua ostentação de se expressar sexualmente no palco e nas letras de suas músicas fizeram o público questionar sua orientação sexual. Isto lhe trouxe problemas como na ocasião em que abriu os shows dos Rolling Stones em Los Angeles no Los Angeles Coliseum (1981). A plateia atirou lixo nele quando vestia um casaco e cueca, sendo vaiado até sair do palco. No Brasil em 1991, fez duas apresentações no Rock in Rio em janeiro. No primeiro dia, o show teve mais de uma hora de atraso, o que deixou o público furioso e resultou em vaias. Porém, Prince compensou o atraso com um show considerado espetacular por esse mesmo público e pela crítica. Prince iria fazer sua terceira apresentação no Brasil no Festival Back2Black, em Agosto de 2011, mas acabou sendo cancelada por Prince, sem explicações. Prince faleceu, em casa, a 21 de abril de 2016, uma semana após ser hospitalizado com sintomas de gripe.
Prince no Cinema: Em 1984, o Disco Purple Rain é lançado junto com o filme de mesmo nome. O disco vendeu mais de 20 milhões de cópias e ficou 24 semanas consecutivas na parada do Bilboard 200. O filme foi definido pelo crítico Joe Queena como “sexista, juvenil e mentecapto”, arrecadou somente nos EUA, 80 milhões de dólares nas bilheterias. Purple Rain provou que Prince era um sucesso, um superstar. Duas faixas de Purple Rain, “When Doves Cry” e “Let´s Go Crazy” chegaram ambas no topo dos singles dos EUA e viraram hits internacionais, enquanto a faixa título chegaria ao número 2 do Bilboard Hot 100. Simultaneamente, Prince aparecia como estrela do filme, single e álbum número 1 dos EUA. Prince ganha ainda o prêmio de melhor canção original da Academia por Purple Rain além de melhor trilha sonora de filme e o álbum foi escolhido pela Rolling Stone como um dos 500 melhores álbuns de todos os tempos. Mas nem tudo era sucesso e em 1986 Prince lança seu segundo filme, Under The Cherry Moon, que foi um retumbante fracasso e lhe deu o premio “Framboesa de Ouro”, prêmio dado ao pior ator daquele ano. A trilha sonora, denominada Parade, atingiu os 12 milhões de cópias vendidas, sendo a faixa “Kiss” número 1 da parada norte-americana. Em 1989 Prince volta ao número 1 com o hit “Batdance”, trilha sonora do filme Batman de Tim Burton. No mesmo ano, Prince gravaria Like a Prayer com Madonna, sendo coautor (mas não creditado) das músicas “Like a Prayer”, “Keep It Together”, “Act of Contrition” e “Love Song”, sendo este último com sua participação nos vocais.
Prince O Artista: A tristeza e um adeus é pouco para um ano que já perdemos Bowie, o camaleão do Rock. Envelhecemos e criamos um cemitério de lembranças em nossas mentes, onde uma nova geração talvez não conheça o mito e a importância que foi Prince para minha geração que não conhecia funk, R&B, soul, new wave, jazz, rock, pop e hip hop em um pais como o Brasil onde não se tinha TV a cabo, MTV, Internet, Shows famosos e tudo tinha que ser muito peneirado. Mais um ícone do Rock se vai e nós do Noset só podemos agradecer a Prince Rogers Nelson por ter sido uma inspiração a tudo que foi bom na música mundial e que os deuses do Rock o recebam com muita festa e rock. James Brow e Michael Jackson agora são com vocês no céu.
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