Premonição: Final Destination – Curiosidades sobre a Franquia (2000 – 2011)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos das curiosidades, bilheterias e sobre um vilão incomum de uma das melhores franquias de sucesso e terror do cinema moderno, com a Morte como seu serial killer.

Final Destination: Premonição A Franquia.

Com um orçamento total de cinco filme em US$ 154,000,000 e uma belíssima receita de US$ 654,426,319, Final Destination (Premonição) é uma série de filmes de terror norte-americana mais bem sucedidas comercialmente, ficando em quarto lugar nas franquias de terror mais lucrativas, perdendo para Saw, Jaws e Paranormal Activity. Com uma formidável quantidade de detalhes em cenas de acidentes e mortes, a série de filmes, ao contrário da grande maioria dos filmes do gênero terror que utilizam assassinos, monstros ou fantasmas como inimigos, tem a própria Morte como principal antagonista dos filmes. E também a série que contradiz as outras quando algumas das personagens principais não sobrevivem depois da “aventura”.

Os filmes são diferentes em si, mas todos possuem a mesma temática e estrutura. Os filmes começam, tradicionalmente, com os créditos iniciais e após isso, o personagem principal está em um devido lugar suscetível a acidentes (como um aeroporto, uma rodovia, um parque de diversões, um autódromo, uma ponte suspensa etc.) e começa a perceber que algo estranho está acontecendo. São sinais irônicos como placas, números, músicas, pessoas, fala de personagens ou lugares em más condições de conservação. Tudo isso faz referência a morte ou acidentes. Logo após, o personagem principal diz que está com uma sensação estranha ou se sente assim, e então, um acidente começa fazendo várias vítimas fatais.

O personagem principal se envolve e quando percebe que irá morrer, conclui que teve um sonho ou uma premonição: a visão termina alguns momentos antes do acidente acontecer e o personagem principal conclui que era verdade, pois algumas coisas que ele viu na premonição realmente acontecem. Essa é a hora de tentar impedir. Uma confusão sempre acontece, fazendo que alguns que morreriam no acidente sobrevivam. Mas algumas pessoas (podendo ser amigos, colegas ou mesmo desconhecidos) acabam morrendo no acidente. Um memorial acontece e o personagem principal percebe que algo ainda está errado. Depois de alguns sobreviventes morrerem, o personagem principal busca uma explicação e percebe que a morte está buscando um a um, e na mesma ordem em que deveriam ter morrido no acidente.

O personagem começa a ter visões premonitórias, que dizem respeito as próximas mortes. Nesse momento, alguns personagens se unem para evitar a morte, outros discordam, achando que é loucura, e acabam morrendo. Geralmente, os personagens principais sobrevivem até o final (após se salvarem), mas o filme acaba quando os personagens principais acham que derrotaram a Morte, ela estava simplesmente aguardando o momento certo para atacar novamente. O personagem principal reconhece algumas referências as mortes que ocorreram durante o filme, como um sinal.

A Premonição: O protagonista do filme é sempre o personagem que tem a premonição. Ela acontece nas primeiras cenas dos filmes e ela é uma visão que realmente parece ser real. Várias mortes acontecem e quando o personagem está prestes a morrer ele percebe que só passa de uma premonição, que no fim, acaba provando-se ser verdadeira: os “acidentes” realmente acontecem, mas a premonição acaba em um momento que o personagem possa agir. Em alguns filmes, há duas premonições: uma no começo e no final do filme, como acontece em Premonição 2, Premonição 3 e Premonição 4. A premonição do final possui a morte dos sobreviventes que ainda não morreram.

Os Sinais: Sinais estão sempre presentes ao longo do filme, sendo que alguns apenas são percebidos pelo protagonista e outros possam a ser percebidos por outros personagens. Os sinais são premonitórios e devem ser decifrados para serem entendidos. Eles podem ser falas, visões, placas, fotos, faixas, músicas, números e etc. As visões estão presentes de formas detalhadas no primeiro, segundo e quarto filme. Não são realmente como a premonição, mas geralmente mostram como o próximo personagem irá morrer. Eles devem decifrar qual o personagem e como ele irá morrer, o que nem sempre está claro. O mesmo acontece no terceiro filme, porém, ao contrário de visões, o personagem possui fotos. No 5º filme são as próprias vítimas que reconhecem os sinais (dedo cortado ou retrato quebrado, por exemplo).

Algumas músicas também estão presentes nos filmes, como “Rocky Mountain High”, de John Denver (falecido em um acidente de avião), que toca em Premonição, “Highway to Hell” da banda AC/DC em Premonição 2, “Turn Around, Look At Me” da banda The Lettermen em Premonição 3 e “Dust In The Wind” da banda Kansas em Premonição 5. O número 180 (número do voo do 1º filme) é um número importante na franquia. É possível perceber que ele aparece em todos os filmes, fazendo a referência a Morte.

O número 180: O número 180 no universo de Final Destination é um número importante e sempre indica que algo irá acontecer: É o número do voo que explode no quinto e primeiro filme. No relógio digital de Alex, uma noite antes de ir ao aeroporto (primeiro filme). Na placa a qual Carter foi atingido (primeiro filme). No celular de Kimberly na ligação de seu pai (segundo filme). Na placa de sinalização da rodovia (segundo filme). Lugar que ocorre o acidente com o grupo de sobreviventes da rodovia (km. 180), a caminho do hospital (segundo filme). Referências ao voo 180 no segundo filme (rádio e televisão). Antes da morte de Erin aparece 081 no crachá da chave da empilhadeira. No metrô, no terceiro filme, antes de ocorrer o acidente. A numeração pode ser vista no pilar de uma das arquibancadas no autódromo, antes do acidente (quarto filme). No carro que atropela os protagonistas do quarto filme. Subliminarmente no nome do restaurante MIRO 081 (de trás para frente). Possíveis referências ao voo 180 e sua maldição, em todos os filmes. No terceiro filme, aparece 081 no carro usado no transporte de materiais de construção onde salvam o rapaz gótico, mas morre sua namorada com os pregos na cabeça. No quinto filme, é possível ver o número no televisor dentro do ônibus. Após o episódio do shopping, passam duas semanas, e o 180 aparece em cima do ônibus (quarto filme).

A Morte: A morte é representada no filme como uma presença maligna que segue junto ao personagem principal. Não há uma representação da Morte nos filmes, mas em Premonição é possível perceber um vulto negro sempre que está presente. Já em Premonição 5, a vítima percebe que há uma presença (que faz as luzes piscarem, por exemplo). Não há respostas de como o personagem principal consegue ter a premonição, mas segundo William Bludworth (presente nos filmes): “Para a morte, não existem acidentes, nem coincidências, nem escapatória”. Sabe-se que a morte possui um esquema para cada uma das pessoas vivas e que cada ação das pessoas pode ocasionar na maneira como irá morrer.

A maneira como a morte age nos filmes faz com que essa informação seja verdadeira. Cada objeto ou ação do personagem pode ajudar na ocorrência da morte. Um exemplo disso é a primeira morte de Premonição 2, onde Evan Lewis joga o macarrão para fora de seu apartamento, logo no início do filme, e acaba resvalando e resultando em sua morte quando tem seu olho empalado pela escada. A morte às vezes age de maneira sobrenatural (com objetos se movendo misteriosamente) ou natural, como problemas em motores, vento derrubando a gasolina, explosões e desabamentos.

O Plano da Morte nos filmes é sempre mostrado como a maneira que deveriam morrer na Premonição. Os sobreviventes acabam morrendo na mesma ordem que deveriam ter morrido no acidente inicial e na ordem contrária em Premonição 2. Alguns filmes não mostram totalmente a lista da Morte que deve, logicamente, ser descoberta pelos personagens (como em Premonição 3 e Premonição 4). Para isso, esses sobreviventes não tem a Morte mostrada na premonição nem se reúnem aos personagens sobreviventes antes do acidente verdadeiro ocorrer. A maneira de quebrar a lista se dá quando o próximo a morrer é salvo, e então, a morte passa para o seguinte. Nesse meio-tempo, como é visto nos filmes, não é possível morrer antes que seja a sua vez. Quando a lista termina, a morte recomeça o seu ciclo. É possível perceber que o protagonista é sempre o último da lista (mesmo em Premonição 2, onde Kimberly seria a primeira da lista e depois de ser salva, se torna a última).

Como mostrado no segundo filme, as mortes estão ligadas uma com as outras (os sobreviventes do voo 180 se envolvem indiretamente com os sobreviventes da rodovia) e assim por diante. Clear Rivers diz no segundo que a morte estava trabalhando ao contrário para reparar as arestas deixadas no primeiro filme e de que ter saído do avião modificou todo o esquema da Morte. Sendo assim, é possível afirmar que as mortes de todos os personagens da saga envolvem a saída dos sobreviventes do voo 180. Se não tivessem saído, todos os personagens dos filmes já estariam mortos. E isso se Sam não tivesse saído da ponte antes do voo 180.

A Morte é a vilã principal dos filmes e os personagens até tentam escapar dela, como Clear Rivers. Mas sempre ela dá um jeito de fisgar suas vítimas, pois ela pode estar presente em todos os lugares imagináveis. A Morte sempre retorna depois de alguns meses para buscar aqueles que acharam ter escapado dela para sempre, pois eles sempre se esquecem de detalhes importantes (como no quarto filme, quando os sobreviventes se esqueceram que no shopping foi criada uma nova lista).

A Morte deixa para o final da história matar a maioria do mocinhos e usa um truque para fisgar suas últimas vítimas da lista. No segundo filme a morte reúne pessoas que não morreram por interferência das mortes do primeiro filme, que acaba falhando novamente por causa de outra premonição, tendo assim que ir atrás de cada um separadamente. O encontro de Wendy, Kevin e Julie no metrô, ocasionando a possível morte dos três ou uma nova lista da morte. O encontro de Nick, Lori e Janet na cafeteria. O encontro/relação de que Sam e Molly entraram por “azar” no voo 180 e de que Roy deveria morrer na mesma hora da explosão, o que ocasionou na morte de Nathan.

Para salvar as próximas vítimas é praticamente impossível, sendo que a maioria das vezes não se consegue. Por isso, existem várias teorias de como derrotar o plano da Morte:

Salvar uma pessoa/quebrar a lista — Os personagens pensam que se quebrarem a lista ou salvarem uma pessoa específica, acabam terminando com o plano da Morte. Como mostrado em todos os filmes, isso não é possível.

Matar o último da lista — Essa teoria ocorreu por Ian, em Premonição 3 de que se o último da lista tomasse a decisão de se matar, a Morte poderia terminar com seu plano. No entanto, não é possível morrer antes de ser a vítima, como mostrado em Premonição 4, porém, em um dos livros da série Final Destination, o visionário se mata para deter a lista da morte.

Nova vida ou nascimento imprevisto pela Morte — Essa teoria levantada em Premonição 2 sustenta que se uma pessoa nascesse de um dos sobreviventes, a morte seria forçada a recomeçar. Não se pode dizer que essa teoria seja impossível, porque no segundo filme, a grávida não morreria no acidente. Outra teoria levantada nesse filme é de que o último da lista pudesse tentar se matar e fosse salvo, assim teria uma Nova Vida.

Matar pessoas fora da lista — Essa teoria ocorreu por William Bludworth em Premonição 5 de que se um sobrevivente matar alguém fora da lista, tomará a vida dela. Essa teoria foi utilizada por Peter, Nathan e Sam, mas o sobrevivente só pode viver até o dia que a pessoa que ele matou devia morrer.

Ressuscitar — Citado em Final Destination 2 e nos livros, depois de voltar a vida por causa de um afogamento, etc… pode arruinar o plano da morte e salva os demais que estavam na lista, e, de fato, funciona, já que nos livros, pessoas que foram ressuscitadas ganharam uma nova vida após se afogar. No segundo filme, Kimberly e Thomas Burke sobrevivem após a vidente se afogar com a van, os retirou da lista, porém, não salvou Brian Gibson, pois ele foi adicionado a uma outra lista.

Salvar todas as vidas seria o único meio de sobreviver por mais um tempo — A verdade é que você nunca sobrevive, a morte sempre volta como talvez seja mostrado nos últimos filmes. Seguindo pela lógica, a teoria que provavelmente (tendo bastante sorte) pode dar algum resultado é a última, pois as demais não se provaram eficazes.

Servo da Morte — Essa teoria se divide em dois tipos, o primeiro é quando um sobrevivente se mata e volta a vida por intermédio de alguém, mas sendo um servo da morte, a morte usa a pessoa para causar a morte dos outros sobreviventes, sem que a serva perceba. No entanto, a serva do livro Final Destination: End of the line ao saber que causou a morte de todos do livro, a personagem resolveu se matar para não causar a morte do namorado, entretanto, a irmã do namorado dela também teria sido revivida em outra cena, ela causa o acidente do irmão, não se sabe o que aconteceu com ela, aparentemente ela conseguiu se livrar da morte. O segundo é o sobrevivente fazendo um pacto com a morte, para matar os outros sobreviventes, em troca a morte dar-lhe uma nova vida, como mostrado no livro Final Destination: Looks Could Kill. No entanto, a personagem principal abdica da última alma, a da amiga grávida, que estava dando à luz, e a morte a mata, a amiga dela sobrevive pois, tem um bebê. Nessa teoria portanto confirma a outra, uma nova vida ou nascimento imprevisto pela morte.

William Bludworth: William é um personagem destaque na saga assim como a própria Morte. Sabe-se que ele prepara os mortos para enterrá-los ou cremá-los e ele conhece a Morte e seus planos. Assim como a Morte, é um personagem misterioso e sinistro, conhece o nome das pessoas e quem teve a premonição. Ele está presente no primeiro, segundo, terceiro (somente sua voz foi usada) e no quinto filme.

Os Livros: Ao longo de 2005, a editora Black Flame lançou uma série de livros Final Destination que seguem fielmente a premissa dos filmes, com cada uma envolvendo um grupo de pessoas que se encontram um alvo de morte depois de sobreviver a uma catástrofe, devido a uma personagem ter uma visão premonitória.

O primeiro romance, intitulado Final Destination: Dead Reckoning tem a punk Jessica Golden tentando salvar a si mesma e vários outros do colapso do Clube Kitty em Los Angeles, ganhando a ira da morte.

Final Destination: Destino Zero, também em Los Angeles, tem a jornalista de revista Patricia Fuller e pouco após sobreviver a um bombardeio de trem, e depois, ao ser perseguido pela Morte, Patti aprende esta não é a primeira vez que sua família tem sido caçada pela entidade.

Em Final Destination: End of the Line, um grupo de amigos que estavam em Nova York sobrevivem a um acidente de metrô, liderado pelos gêmeos Danny & Louise King, tentando escapar da morte, que usa um servo sem saber para acelerar a aquisição dos sobreviventes.

Em Final Destination: Dead Man’s Hand, um grupo de amigos destinado a morrer em um acidente em Las Vegas num elevador de vidro são perseguidos por ambos a morte e o FBI, este último acreditando que o salvador do grupo: Allie Goodwin-Gaines, foi o responsável pelo acidente de elevador.

Final Destination: Looks Could Kills tem a bela modelo de Nova York, Stephanie “Sherry” Pulaski e seus amigos ao embarcar em um iate quando ela tem uma visão dele explodindo, mas é deixada terrivelmente desfigurada e em estado de coma por voar detritos momentos depois do acidente, quando sua visão se torna realidade; eventualmente despertando Stephanie uma amargura, ela faz um acordo com a Morte, auxiliando-o em reivindicar seus amigos em troca de ter sua beleza restaurada.

Após a corrida da série original de livros Black Flame lançado adaptações literárias dos três primeiros filmes, em janeiro de 2006. O último romance de Destino Final de Black Flame foi Final Destination: Death of the Senses lançado em meados de 2006. Tendo lugar em Nova Iorque, o livro tem um mendigo chamado Jack Curtis tenta salvar a policial Amy Tom de um maníaco, depois de ter uma visão da morte de Amy; o Atacante de Amy que mais tarde revelou ser um serial killer que estava destinado a matar outras seis pessoas (representando os primeiros cinco sentidos e um sexto), que começa a morrer. Jack e Amy correm para encontrar e avisar as vítimas. E, foi, devido a um erro de impressão, apenas disponível para um período curto de tempo antes de ser retirado de circulação, deixando apenas uma poucas cópias em circulação.

Um décimo romance, com o subtítulo Final Destination: Wipeout e escrito por Alex Johnson, foi planejada, mas cancelada; o livro teria apresentado um par de surfistas e vários outros, depois de sobreviver a um acidente de avião, em uma praia no Havaí, sendo caçados pela Morte e um sobrevivente de um desastre, um soldado instável que tinha quase morrido em uma emboscada no Afeganistão.

Premonição (2000):

Com um orçamento de apenas US$ 23 milhões e uma belíssima receita de US$ 112,9 milhões, Final Destination (Premonição) é um filme norte-americano de 2000, do gênero terror sobrenatural, dirigido por James Wong e é o primeiro de uma rentosa franquia. O roteiro foi escrito por Wong, Glen Morgan e Jeffrey Reddick, com base em uma história criada por este último. O enredo gira em torno de um adolescente que engana a morte depois de ter uma terrível premonição de que o avião em que está explodirá. Ele e vários outros passageiros saem do avião antes de a explosão ocorrer, mas a Morte posteriormente passa a tirar a vida daqueles que escaparam do catastrófico voo. Devon Sawa, Ali Larter, Kerr Smith e Tony Todd interpretam os papéis principais.

O filme surgiu a partir de um roteiro que Reddick, a fim de fazer carreira na televisão, escreveu para um episódio da série The X-Files. Um colega da New Line Cinema persuadiu Reddick a transformar seu texto em um roteiro de longa-metragem. Mais tarde, Wong e Morgan, roteiristas da referida série, interessaram-se pela história e concordaram em reescrever e dirigir o filme, marcando o primeiro trabalho de Wong como diretor. As filmagens foram realizadas em Nova Iorque e Vancouver, com cenas adicionais registradas em Toronto e São Francisco. O filme foi lançado em 17 de março de 2000 e tornou-se um sucesso financeiro, arrecadando cerca de 10 milhões de dólares em seu fim de semana de estreia. O lançamento do DVD do filme se deu em 26 de setembro de 2000 nos Estados Unidos e no Canadá e o disco contém comentários da produção, cenas excluídas e documentários.

A película recebeu avaliações e comentários mistos da crítica especializada. Críticas positivas elogiaram a atuação de Sawa e o “nível respeitável de suspense” do longa-metragem, o qual chegou a ser descrito como “divertido e com energia o suficiente para prender a atenção do público” e também como “um inesperado suspense de desastre, desespero adolescente e alerta”. Por sua vez, as críticas negativas o consideraram como “dramaticamente raso” e “voltado para a galera adolescente que sai para namorar”. Recebeu dois Prêmios Saturno, o de melhor filme de terror e o de melhor ator jovem em cinema, pela atuação de Sawa. O sucesso do filme originou uma franquia de mídia, que conta com quatros sequências adicionais, além de uma série de romances e HQs.

Sinopse: Em maio de 2000, o estudante de ensino médio Alex Browning embarca com seus colegas de classe no Voo 180, da companhia Volée Airlines, para uma excursão de estudos. Antes da decolagem, o jovem tem uma premonição de que o avião explodirá no ar, matando todos a bordo. Quando os eventos de sua visão começam a se repetir na realidade, ele entra em pânico e começa uma briga com seu rival, Carter Horton. Ambos são retirados do avião, juntamente com outros passageiros, entre eles o melhor amigo de Alex, Todd Waggner; a namorada de Carter, Terry Chaney; a professora Valerie Lewton e os estudantes Billy Hitchcock e Clear Rivers. Ninguém leva a sério a premonição de Alex, exceto Clear, até o avião realmente explodir ao decolar, matando todos que continuaram a bordo. Depois, os sobreviventes são interrogados por dois agentes do FBI, que acreditam que Alex teve algo a ver com a explosão.

Curiosidades: “Uma coisa com a qual todos concordávamos desde o começo é que não queríamos fazer um filme slasher. Não queríamos um cara de capa preta ou algum tipo de monstro perseguindo esses garotos. Isso já foi feito muitas e muitas vezes. Eu fiquei muito animado quando decidimos deixar o mundo todo a serviço da morte, nossa antagonista. Objetos e ocorrências do cotidiano assumem proporções sinistras e o que passa a importar não é se nossos personagens vão ou não morrer, mas sim como eles morrerão e como podem atrasar suas mortes. O valor do entretenimento está no ‘percurso’ e não no resultado e, ao fazer da imprevisibilidade da morte a premissa do filme, nós lançamos uma certa nota filosófica.”.

— James Wong sobre como ele aceitou as prerrogativas de dirigir e roteirizar o longa-metragem.

Na tentativa de fazer carreira na televisão, Jeffrey Reddick escreveu um roteiro intitulado Flight 180, pensado para a série The X-Files. Assim surgia a ideia original de Final Destination. “Eu estava voltando de avião para minha casa em Kentucky e li sobre a história de uma mulher que estava tirando férias quando recebeu uma ligação da mãe, que dizia ‘Não pegue o voo amanhã, estou com um mau pressentimento sobre isso’. Ela trocou de voo e o avião no qual ela viajaria caiu,” disse Reddick. “Eu pensei, isso é assustador — e se ela tivesse morrido naquele voo?” A partir dessa ideia, Reddick escreveu o roteiro e conseguiu um agente, mas nunca chegou a enviar seu texto para os produtores de The X-Files, pois um colega da New Line Cinema lhe sugeriu escrever um longa-metragem. Especulou-se que o projeto tivesse sido inspirado no desastre real do Voo TWA 800, ocorrido em 1996. Assim como no filme, o referido acidente envolveu um Boeing 747, que explodiu após a decolagem do Aeroporto Internacional John F. Kennedy em Nova Iorque, com destino a Paris. Além disso, dezesseis alunos de uma escola secundária de Montoursville (Pensilvânia), que faziam parte de um grupo escolar de francês, estavam a bordo do malfadado voo, acompanhados de cinco responsáveis. Apesar das semelhanças, Reddick afirmou que escreveu o roteiro Flight 180 dois anos antes da tragédia.

A New Line Cinema comprou o tratamento de Jeffrey e o contratou para escrever o rascunho original do roteiro, o qual mostrava a Morte como uma força invisível. Depois que o roteiro foi concluído, a companhia o enviou para diversos diretores, entre eles James Wong e Glen Morgan, os quais também faziam uma parceria como roteiristas. Ambos se dispuseram a torná-lo um filme, com a condição de que também pudessem reescrever algumas partes do texto caso julgassem necessário. Wong declarou: “Acredito que, de vez em quando, todos nós experimentamos um senso de precognição. Temos um palpite, uma sensação e então esse palpite se torna realidade. Queremos fazer para aviões e viagens aéreas aquilo que Tubarão fez para tubarões e natação”.

Por sua vez, Morgan comentou: “A principal coisa que eles prezavam sobre a Morte chegando às pessoas é que você nunca a veria na forma de uma figura como Michael Myers. Você nunca veria o assassino. Eles gostaram da ideia e afirmaram ‘Tudo bem. Pode escrever.’ Assim que conseguimos uma história básica, comecei a fazer uma lista das estranhas coincidências da minha própria vida. Por exemplo, eu estava no aeroporto de Vancouver, à espera de um voo, quando começou a tocar John Denver no alto-falante. Lembro que eu disse para mim mesmo: ‘Ei, ele acabou de morrer num desastre de avião – isso é um pouco estranho.’ Incluímos no roteiro a versão dessa experiência”.

Os produtores Craig Perry e Warren Zide, da Zide/Perry Productions, contribuíram com orçamento do filme, pois ambos ficaram fascinados com a ideia de vítimas sendo executadas por uma força invisível. Perry, um fã de The X-Files, afirmou que “respondeu ao trabalho de Wong e Morgan por uma razão específica: pavor”. Os executivos da New Line Cinema aceitaram financiar e distribuir os direitos da película depois que Reddick os visitou pessoalmente.

Vários personagens foram nomeados em homenagem a famosos diretores, atores e produtores do cinema de terror. Billy Hitchcock é nomeado em homenagem a Alfred Hitchcock; os nomes de Alex Browning e Tod Waggner homenageam Tod Browning; Valerie Lewton é uma referência a Val Lewton; agente Schreck a Max Schreck; agente Weine a Robert Wiene (apesar do erro de ortografia); Larry Murnau remete a Friedrich Wilhelm Murnau; Blake Dreyer a Carl Theodor Dreyer; Terry Chaney a Lon Chaney e George Waggner é uma homenagem direta a George Waggner, produtor de filmes de terror clássicos da Universal Studios. Esse tipo de referência tornou-se uma tradição da franquia, ocorrendo também nos outros filmes da série.

O Elenco: “Uma das coisas mais importantes que procurávamos no elenco era a habilidade dos atores de interpretar as sutilezas – as pequenas coisas que um personagem não diz ou faz que criam a situação-limite, as coisas que ficam sob sua pele e te assustam,” afirmou Morgan sobre os testes de elenco.

Para interpretar o protagonista Alex Browning, foi escolhido o ator canadense Devon Sawa, que havia aparecido anteriormente no filme de terror Idle Hands (1999). Sawa afirmou que, ao ler o roteiro em um avião, “pegou-se espiando o motor pela janela a cada dois minutos” e declarou: “assim que desci e encontrei Glen e James Wong, os achei incríveis e cheios de ótimas ideias”. Contudo, Glen e Morgan estavam indecisos quanto a escalá-lo para o papel e lhe solicitaram que ensaiasse mais, enquanto verificavam os trabalhos anteriores dele. Morgan ficou impressionado com o desempenho de Sawa em Idle Hands e o ator foi finalmente contratado.

Assim Sawa descreveu seu personagem: “no começo, Alex era um pouco surtado, sabe, e provavelmente não era o cara mais popular da escola. Acho que talvez ele tenha sido um babaca, sabe, eles tentavam fazer as coisas acontecerem do jeito deles, paqueravam as duas garotas bonitas da escola e não tinham nenhuma chance com elas. Acho que depois do desastre do avião, o mundo dele muda completamente”. Wong afirmou: “Devon torna-se acessível por ter a qualidade de um cara comum. Não deixa transparecer uma autoconfiança exagerada. Ele é simplesmente um garoto normal capaz de assumir as complexidades do papel e se tornar um herói”. Perry ficou surpreso com a demonstração de vulnerabilidade na atuação de Sawa, descrevendo o intérprete como “um ator bastante diferenciado. Ele fica muito solto e um tanto angustiado quando não está na frente das câmeras, mas no momento que a câmera é ligada, nunca vi ninguém se entregar tanto assim àquele momento”.

Ali Larter, que atuou no longa-metragem Varsity Blues (1999), foi escolhida para o papel da protagonista feminina, Clear Rivers. A atriz afirmou: “O filme mostra como é fácil virar-se contra alguém, culpar alguém quando se está com medo. É também sobre confiar em suas intuições e em si mesmo.” Ela definiu a personagem como “aquela garota que teve muitas perdas na vida e apaixonou-se por si mesma, criando uma vida a partir disso. É uma artista, vive sozinha e está começando a se apegar ao que o mundo deu a ela”.

Seann William Scott, famoso por interpretar Steve Stifler no filme American Pie (1999), foi escalado como Billy Hitchcock, o “palhaço da turma”. Scott admirou o filme e o considerou “tão sombrio e assustador quanto qualquer Twilight Zone”. Ele achou seu papel engraçado e afirmou que “Billy não tem algumas habilidades sociais, tem poucos amigos e parece ser do tipo que só segue atrás”. O ator ficou surpreso pelo personagem ser descrito como gordo no roteiro. Os roteiristas posteriormente tiveram de mudar esse detalhe por causa de Scott.

Integrante do elenco da série Dawson’s Creek, Kerr Smith foi escalado para interpretar o encrenqueiro Carter Horton. Smith descreveu Carter como um “típico valentão do colegial que vive em função da raiva” e mencionou o fato de que Carter temia que Alex não estivesse no controle de sua própria vida.

“Não há muitas coisas boas, sabe, para atores da minha idade. Você pega vários roteiros e tal, mas todos são para elencos formados por adolescentes e são um lixo. E então eu recebi Flight 180… quero dizer, isso é simplesmente incrível”.

— Devon Sawa sobre o roteiro de Final Destination.[7]

Kristen Cloke, esposa de Glen Morgan, recebeu o papel da professora Valerie Lewton. “Tenho um respeito imenso por eles,” disse Cloke. “Jim (Wan) é o tipo de diretor que sabe exatamente o que quer. Como atriz, posso encontrar uma maneira de alcançar o objetivo, se eu souber o que estou procurando, e Jim me proporciona isso. O fato de ele não prosseguir até que tenha exatamente o que quer, cria um ambiente seguro e isso me permite experimentar e tentar coisas diferentes”. A personagem foi descrita por Cloke como “forte e atrevida – no controle. Depois do acidente ela fica descontrolada, provavelmente mais do que qualquer um dos garotos, e é uma mudança rápida e drástica. Eu tive de entender a psicologia de uma pessoa que passa por uma transformação como essa”.

Os estudantes Terry Chaney e Tod Vaggner foram interpretados por Amanda Detmer e Chad E. Donella, respectivamente. Foram seus primeiros trabalhos no cinema.[31] Detmer comentou: “Quando li o roteiro pela primeira vez, a coisa que mais me impressionou foi que os personagens eram bem-escritos e as relações entre eles eram fortes e convincentes. Isso é importante, pois você precisa simpatizar com essas pessoas para se preocupar com o que pode acontecer a elas.” Ela definiu Terry como “bastante estável e aparentemente satisfeita em diferir de Carter – sem criar caso. Mas o estresse pelo que acontece afeta o relacionamento deles e traz uma certa força a ela”. Por sua vez, Donella notou semelhança entre ele mesmo e seu personagem. “Eu acredito em destino. Acho que você vem a esta vida com algumas coisas para realizar e você é retirado mais cedo ou mais tarde, dependendo do que foi planejado”.

Tony Todd, que atuou como o personagem-título do filme Candyman (1992), foi escolhido para interpretar o legista William Bludworth. Morgan queria Todd para o papel porque inicialmente concluiu que a voz grave do ator daria ao filme um tom misterioso e arrepiante.

O elenco é complementado por Daniel Roebuck e Roger Guenveur, que interpretam os agentes do FBI, Weine e Schreck; Brendan Fehr como o estudante George Waggner, irmão de Tod; Christine Chatelain e Lisa Marie Caruk nos respectivos papéis das estudantes e melhores amigas Blake Dreyer e Christa Marsh; Barbara Tyson e Robert Wisden como Barbara e Ken Browning, os pais de Alex; e Forbes Angus, que interpreta o professor de francês Larry Murnau.

Produção e Filmagens: Com o elenco estabelecido, as filmagens da cena do avião foram realizadas em Long Island (Nova Iorque) e as demais sequências foram registradas na Ilha de Vancouver, no Canadá. Durante a produção, alguns atores estavam envolvidos em outros projetos, o que exigia constantes mudanças nos horários das gravações para tornar possível que todo o elenco aparecesse. Sawa teve de reduzir sua participação no filme The Guilty em plena produção, e até comentou que ele “teve de dividir um trailer com Bill Pullman porque era um trabalho maior e aparentemente o tornaria mais famoso”. Smith, que tinha um papel regular em Dawson’s Creek, teve de adiar a gravação de alguns episódios da série por causa do filme.

No filme, o local onde ocorre a explosão do Voo 180 é o Aeroporto Internacional John F. Kennedy, mas, na realidade, a equipe usou o Aeroporto Internacional de Vancouver (na imagem) como locação.

De acordo com Detmer, a cena de morte de sua personagem (brutalmente atingida por um ônibus em alta velocidade) foi a primeira a ser filmada, pois “era fácil e muito rápida”. Todas as cenas de morte foram realizadas com o uso de moldes tridimensionais feitos a partir do corpo dos atores, recurso conhecido como lifecasting. Tais sequências, bem como o memorial, as cenas da floresta e as que se passam em Paris foram filmadas em Vitória, na Colúmbia Britânica. Cenas adicionais foram registradas em Toronto e São Francisco (Califórnia). Para as sequências do aeroporto, a equipe usou o Aeroporto Internacional de Vancouver, como substituto do Aeroporto Internacional John F. Kennedy, mencionado no longa-metragem.

Nos bastidores, o plano era criar uma assinatura visual intrigante. Para atender às sutilezas do roteiro e ajudar na personificação da morte, John Willet, designer de produção, desenvolveu o conceito de “desvio repentino” nos cenários. Ele explicou: “O que tentei fazer com os cenários em si, com o design deles e com as várias opções de cores, foi tornar as coisas um pouco artificiais. Nada que chamasse atenção por si só, mas que proporcionasse uma noção de inquietação — a sensação inquietante de algo não está certo”. Para alcançar essa atmosfera, Willet projetou duas versões de praticamente todos os cenários — uma versão para ser usada antes do acidente e os outros cenários foram usados nas cenas posteriores à explosão da aeronave. Em suas palavras: “Nos cenários modificados eu forço a perspectiva vertical ou horizontalmente. Nada é quadrado e, embora não possas tocar os objetos, isso te dá a sensação de que algo não vai bem”. O “desvio repentino” também fazia parte do design geral da paleta de cores usada na decoração de cenários e no figurino. Segundo Willet: “No mundo real, as cores são brilhantes e ricas. No mundo modificado, elas são pálidas e desbotadas. Nada é obvio, e é somente no efeito geral que essas diferenças sutis realizarão sua mágica”.

A cena do avião durante a qual os passageiros morrem em pleno ar foi realizada dentro de um enorme palco de som. Um giroscópio de três toneladas foi operado manualmente. Terry Sonderhoff, supervisor de efeitos especiais, explicou: “Passamos dois meses construindo esse cenário central que pesa cerca de 45 000 libras e comporta 89 pessoas.” Usado para filmar as sequências no interior do avião, podia ser deslocado no giroscópio para criar um movimento de inclinação de 45 graus lado a lado e 60 graus de frente para trás, transmitindo realisticamente o horror da falha do motor no ar. Sawa afirmou que “os gritos do elenco dentro do giroscópio fizeram isso parecer mais real”. Por sua vez, Wong comentou: “Tu entras no estúdio e há um enorme giroscópio com um avião no topo e pensa: ‘O que eu fiz?’ Eu temia que tivéssemos 40 vômitos extras.”

Para a sequência da explosão, foi criado um modelo em miniatura de um Boeing 747. Com cerca de três metros de comprimento e dois de largura, apresentava grande riqueza de detalhes, além de contar com um trem de pouso construído com metais mecanizados. De acordo com Ariel Velasco Shaw, supervisor de efeitos visuais, a miniatura teve de ser lançada a cerca de 12 metros de altura para se obter o aspecto de uma bola de fogo formada pela explosão de um Boeing 747 real. Se explodir um avião de pouco mais de um metro, a explosão deve ter, no mínimo, um pouco mais de dois metros no ar. Para filmar a explosão em detalhes, a equipe usou três câmeras rodando a 120 e outra a 300 quadros por segundo (se tivessem filmado com uma câmera em tempo real, o decorrer da explosão não poderia ser filmado em uma ordem específica).

A cena na qual o carro de Carter é esmagado por um trem foi uma das mais difíceis de ser realizada. O veículo usado no acidente era uma réplica do original, dividida ao meio antes das filmagens. Segundo Sonderhoff, para garantir a segurança dos atores, a equipe teve de se certificar de que não havia peças metálicas reais no carro.

Para as sequências de morte, a equipe usou vários moldes de corpo dos atores (lifecasts) e xarope de chocolate para o sangue cenográfico. O efeito Rube Goldberg para a cena da morte da professora Lewton foi o mais difícil de ser planejado, de acordo com a equipe. Perry afirmou que “foi muito difícil criar uma atmosfera de medo, criar suspense a partir de cenas que são comuns”.

Cenas deletados e final alternativo: Duas cenas excluídas presentes no DVD introduzem brevemente uma subtrama de Alex e Clear. A primeira consiste numa cena estendida da conversa entre os dois na praia, revelando que ambos tiveram uma relação sexual. A segunda sequência mostra que a jovem engravidou, uma vez que ela faz um teste de gravidez e o resultado dá positivo.

Um final alternativo também é disponibilizado, a partir da cena em que Alex resgata Clear que está no carro prestes a explodir. Ao segurar o fio energizado para salvar a namorada, Alex começa a ficar em chamas enquanto Clear escapa do veículo, que explode logo em seguida. Ela é socorrida pelos agentes do FBI, enquanto olha com tristeza para o namorado já morto. Nove meses depois, Clear dá à luz ao filho de Alex, a quem dá o nome de Alexander Chance Browning Jr. Ela começa a sentir que finalmente escapou da Morte ao sentir uma presença que aparentemente é do espírito de Alex. Clear se encontra com Carter no memorial do colégio, cujo moral com os nomes dos falecidos no avião agora contém também os dos mortos após o desastre: Tod, Terry, Sra. Lewton, Billy e Alex. Clear e Carter terminam como os únicos sobreviventes do filme.

Crítica: O agregador de críticas cinematográficas Rotten Tomatoes informa que 34% dos críticos deram ao filme avaliações positivas, com base em 94 críticas, o que equivale a uma pontuação média de 4.7/10. Segundo o consenso crítico do site, “apesar de um painel de ex-alunos de X-Files no comando e uma premissa promissora, atuações superficiais e execução insatisfatória não deixam Final Destination decolar”. No Metacritic, que atribui uma classificação normalizada a partir de 100 revisões de críticos convencionais, o filme marca 36 pontos, com base em 28 críticas, o que indica “críticas predominantemente desfavoráveis”. Em 14 de junho de 2010, Nick Hyman, editor do site incluiu Final Destination no editorial 15 Filmes que os Críticos Entenderam Errado, observando que “as elaboradas cenas de suspense / ação dos dois primeiros filmes são mais impressionantes do que a maioria”.[52] O público pesquisado pela empresa de pesquisa de mercado CinemaScore deu ao filme uma nota média “B-” em uma escala que vai de A+ a F.

“Fornecendo-se algumas risadas e sustos, Final Destination é um filme de terror adolescente imperfeito, mas muitas vezes divertido”.

— Marjorie Baumgarten, ao The Austin Chronicle[54]

No lado negativo, Stephen Holden, em crítica publicada no The New York Times, salientou que “mesmo para os padrões grosseiros do terror adolescente, Final Destination é dramaticamente raso”. Lou Lumenick, do New York Post, comentou que “a premissa do filme rapidamente se deteriora e se transforma em um filme slasher — que não é slasher — estupidamente mal interpretado”. Kevin Maynard, editor do site Mr. Showbiz, descreveu o filme como “grosseiro e insensato”, enquanto Rita Kempley escreveu que “seu próprio destino final poderia ser a bilheteria, exigir seu dinheiro de volta”, em crítica publicada no The Washington Post.

Robert Cashill, do Newsweek, observou que a película deveria estar nas “caixas das lojas de vídeo” e Jay Carr, escrevendo ao The Boston Globe, comentou que “começa enganando a morte e termina nos enganando”. Phoebe Flowers, do Miami Herald, observou que o filme “rebaixa-se bastante ao substituir estilo por substância”, ao passo que Lisa Alspector descreveu ao Chicago Reader que a película é “perturbadora — embora menos sofisticada do que a melhor série televisiva de terror e ficção científica”. Em artigo no Dallas Observer, Luke Thompson considerou o filme “um desperdício de uma premissa decente”; Ao LA Weekly, Ernest Hardy afirmou que a obra “falha ao se levar muito a sério, mas não é séria o suficiente”. Embora Barbara Shulgasser, do Chicago Tribune, tenha afirmado que “atendia aos padrões de um filme de televisão medíocre”, Desmond Ryan, do The Philadelphia Inquirer, comentou que o longa-metragem era “tão cheio de atuações terríveis quanto desprovido de suspense”. Tanto Susan Wloszczyna, do USA Today, quanto Walter Addiego, do The San Francisco Examiner o consideraram “estúpido, bobo e sangrento”.

Por outro lado, o filme recebeu avaliações positivas de vários críticos conceituados. Escrevendo para o Chicago Sun-Times, Roger Ebert elogiou a película e atribuiu-lhe três de quatro estrelas, ressaltando que “Final Destination será, sem dúvida, um sucesso e inspirará as sequências obrigatórias. Assim como o Scream original, este filme é bom demais para ser o fim da linha. Estou tendo minhas próprias visões”. Mick LaSalle elogiou o filme em crítica publicada no San Francisco Chronicle, afirmando que “foi divertido e com energia o suficiente para prender a atenção do público”. O filme também foi elogiado na Variety por proporcionar “um nível respeitável de suspense e [contar com] algumas reviravoltas enquanto cobre um território familiar”, segundo análise de Joe Leydon, enquanto que no Los Angeles Times, Kevin Thomas o destacou como o “incrível primeiro lançamento cinematográfico dos veteranos da televisão Glen Morgan e James Wong”. Para Chris Kaltenbach, do The Baltimore Sun, o filme foi “instintivamente arrepiante”, ao passo que Maitland McDonagh, o definiu como “útil o suficiente, se você chegar a ele sem grandes expectativas”, em revisão publicada pela TV Guide.

O filme notabilizou-se por suas sequências de morte elaboradas com efeitos do tipo máquina de Rube Goldberg. Vários críticos as incluíram em suas listas de “melhores mortes cinematográficas”. Na imagem, captura de tela do momento em que Tod é estrangulado em sua banheira, após uma série de pequenos gestos que levaram a uma reação em cadeia até chegar a este ponto.

Moura do Noset disse que o filme é assustador e arrebatador, uma grata novidade no mercado de filmes de terror com seus Slachers e Found Footage, digno de um Arquivo X.

Apesar da recepção predominantemente mista do longa-metragem, críticos elogiaram a atuação de Sawa no papel de Alex. Holden comentou que “o clarividente adolescente do Sr. Sawa é incolor e carente de carisma.” David Nusair, do Reel Film Reviews, destacou que “a personalidade de Sawa é favorável, pois o herói é acompanhado por um elenco de apoio uniformemente eficaz com rostos familiares (por exemplo, Seann William Scott, Brendan Fehr, Tony Todd, etc)…,” enquanto Leydon ressaltou: “Sawa convence como o visionário Alex — ao contrário de muitos outros atores que interpretam protagonistas adolescentes, ele parece realmente ainda estar frequentando o ensino médio — mas o elenco coadjuvante é um grupo desigual”. LaSalle elogiou a dupla formada por Sawa e Ali Larter, afirmando que “Larter e Sawa, que vão ficando mais desarrumados e desesperados com o decorrer do filme, formam um casal simpático”.

Reconhecimento e premiações: Final Destination teve grande impacto no público de filmes de terror, vencendo em 2001 o Prêmio Saturno de melhor filme de terror, ao passo que Sawa recebeu o Prêmio Saturno de melhor ator jovem em cinema e Larter venceu em 2001 o Young Hollywood Awards for a Breakthrough Performance by a Female (melhor atuação feminina). Na edição de 2001 dos Blockbuster Entertainment Awards, Sawa e Larter foram indicados a Melhor ator em Horror (apenas Internet) e Melhor atriz em terror (apenas internet), respectivamente; no entanto, ambos perderam os prêmios para David Arquette e Neve Campbell, de Scream 3. Além disso, o diretor de fotografia Robert McLachlan recebeu indicação para Best Cinematography in a Theatrical Feature (melhor fotografia) na cerimônia de 2001 do Canadian Society of Cinematographers Awards, mas perdeu para Pierre Gill por seu trabalho em The Art of War.

O conceito do filme ficou em 46º lugar na lista dos 100 melhores momentos de terror do canal de televisão britânico Bravo, ocasião na qual Kerr Smith representou o longa-metragem. A cena da explosão do Voo 180 entrou nas listas de melhores acidentes aéreos ficcionais ou cenas de desastre de várias publicações de entretenimento, tais como GamesRadar, WatchMojo.com ShortList, Unreality Magazine, New Movies.net, The Jetpacker, MaximOnline e Filmsite.org, que também incluiu, além da referida sequência, as mortes de três personagens (Tod, Terry e Sra. Lewton) em seus momentos e cenas mais assustadoras de filmes, e todas as mortes da película entraram na lista de melhores cenas de mortes do cinema. A morte da personagem de Amanda Detmer foi incluída nas listas das mortes cinematográficas mais chocantes de George Wales e Simon Kinnear, da Total Film (vigésimo nono e décimo lugares, respectivamente); Simon Hill, do Eat Horror, e Dirk Sonningsen, do Mania.com (ficando em décimo lugar na lista de ambos).

É interessante notar que o ano que consta no site oficial dos Prêmios Saturno (2000) é o do lançamento do filme, não o ano em que a cerimônia da 27ª edição do evento foi realizada (2001).[76]

Final Destination 2 (2003):

Com um orçamento de apenas US$ 26 milhões e uma boa receita de US$ 90,4 milhões, Final Destination 2 (Premonição 2) é um filme norte-americano de 2003, do gênero terror sobrenatural, dirigido por David R. Ellis. O roteiro foi escrito por J. Mackye Gruber e Eric Bress, baseado em uma história de Gruber, Bress e Jeffrey Reddick, o criador da série. É a sequência do longa-metragem Final Destination (2000) e a segunda parte da série de filmes homônima. Os papéis principais são interpretados por A.J. Cook, Michael Landes e Ali Larter, que retorna como Clear Rivers.

Após o sucesso financeiro do primeiro filme, a New Line Cinema entrou em contato com Reddick para tratar dos planos para uma continuação. Como a equipe da película original não estava disponível, a companhia substituiu a maior parte da equipe de produção. As filmagens foram realizadas em Vancouver e no Lago Okanagan, na Colúmbia Britânica. Final Destination 2 foi lançado nos cinemas dos Estados Unidos em 31 de janeiro de 2003 e, no dia 22 de julho do mesmo ano, o longa-metragem foi lançado em DVD, o qual incluiu comentários, cenas excluídas, documentários e alguns outros recursos.

Final Destination 2 foi o filme menos lucrativo da franquia, mas mesmo assim obteve um certo sucesso comercial, pois com um orçamento de 26 milhões de dólares, arrecadou 6 milhões no mercado interno e 43 milhões no exterior, faturando pouco mais de 90 milhões de dólares ao redor do mundo. Recebeu avaliações e comentários mistos da crítica especializada. As revisões negativas o apontaram como um filme “bobo e ilógico” que “começa com a mesma premissa falha” de seu antecessor, enquanto críticas positivas o elogiaram como “uma verdadeira surpresa para os fãs de terror”, uma obra que “reconhece a estreita relação entre susto e  risos” e “surpreendentemente uma boa diversão para a safra atual de filmes de terror”. Foi indicado a quatro prêmios, entre os quais o Saturno de melhor filme de terror.

Sinopse: Exatamente um ano depois da explosão do Voo 180, a estudante universitária Kimberly Corman está indo para Daytona Beach, na Flórida, tirar férias com seus amigos Shaina McKlank, Dano Estevez e Frankie Whitman. Na Rota 23, Kimberly tem uma premonição de um enorme acidente causado por toras que caem de um caminhão, e que matará todos na estrada. Ela desperta antes do desastre acontecer e impede que várias pessoas entrem na rodovia, entre elas o vencedor da loteria Evan Lewis; a viúva Nora Carpenter e seu filho Tim, de quinze anos; a empresária Kat Jennings; o maconheiro Rory Peters; a grávida Isabella Hudson; o professor de ensino médio Eugene Dix; e o delegado de polícia Thomas Burke. Enquanto este interroga Kimberly, o engavetamento acontece. Os amigos de Kimbelry são mortos por um caminhão em alta velocidade, mas ela é salva por Burke no último segundo. Os sobreviventes são levados para a delegacia, onde conversam sobre a maldição do Voo 180.

Curiosidades: Poderíamos não ter feito nenhum outro filme e o primeiro continuaria sendo uma experiência satisfatória. Mas quando nos foi dada a oportunidade de fazer uma continuação, nós tratamos de aproveitá-la.

— Craig Perry sobre o planejamento da sequência de Final Destination.

O sucesso do longa-metragem original levou o então presidente da New Line Cinema, Toby Emmerich, a solicitar de Reddick uma sequência, ao que ele respondeu positivamente. Reddick afirmou que “queria expandir a mitologia e não apenas contar a mesma história novamente.” Infelizmente, Wong e Morgan não estavam disponíveis para a produção, uma vez que já estavam envolvidos nos projetos de The One e Willard, respectivamente.

Assim, a New Line contratou para a direção David R. Ellis, diretor de segunda unidade e coordenador de dublês. Eric Bress e J. Mackye Grube foram contratos para elaborar o roteiro. “A segunda unidade é como uma extensão da direção, você realiza grandes sequências de ação no filme e era algo exatamente assim que eu imaginava fazer depois. Como eu recebi a proposta da New Line e conseguimos um bom roteiro, foi meio que uma transição natural,” comentou Ellis. “Eu queria que o nosso filme continuasse único, mas eu assisti a Final Destination para ver o que fizeram para torná-lo tão bem-sucedido. Eu tentei usar um pouco disso enquanto tentava manter uma sensação única no nosso filme. Eu meio que peguei o que funcionou e tentei melhorá-lo,” acrescentou Ellis. Bress revelou que eles queriam “fazer efetivamente o que o primeiro filme fez e adicionar novos níveis e camadas aos personagens. Quando começamos a escrever, tentávamos imaginar: ‘Como podemos deixar a Morte a mais durona possível?’ e para ser realmente honesto, nossa primeira tentativa de roteiro teve de ser repensada!”. Por outro lado, os produtores Craig Perry e Warren Zide da Zide/Perry Productions voltaram e contribuíram com financiamento para o filme.

Trouxemos Clear (Larter) de volta de uma forma interessante e imaginamos que trazer os dois de volta te faria pensar sobre que diabos eles andaram fazendo nos últimos meses. Será que estavam trancados num cofre em algum lugar? A história ficaria comprometida e os personagens não cresceriam. O retorno de Devon era uma opção para nós, então o dinheiro não era um problema. Com Clear, a personagem de Ali sabe tudo sobre o inimigo que ela e Kimberly estão enfrentando, ela é uma mentora perfeita para Kimberly. A personagem de Ali se encarcerou em uma instituição mental para sua própria proteção, o que faz dela o principal elo com o filme original.

— Craig Perry sobre o desenvolvimento do cliffhanger de Final Destination.[35]

O Elenco: O protagonista do filme anterior, Alex Browning (Devon Sawa) foi morto fora de tela. Rumores diziam que Sawa estava em uma disputa contratual com a New Line em relação à dedução de seu salário; no entanto, Perry resolveu a questão com a afirmação de que “tinha tudo a ver com a narrativa e nada a ver com o dinheiro ou com a falta de vontade de Devon em voltar.” Contudo, a New Line reintegrou Ali Larter para interpretar novamente sua personagem Clear Rivers. “Quando a New Line me pediu para voltar, achei ótimo. Eles me mostraram o roteiro e me deram algumas informações e foi realmente incrível”, revelou Larter. Ela indicou que Clear “chegou a um ponto extremo e fechou-se em si mesma de tanto sentir dor em sua vida. Internada em um hospital psiquiátrico, ela criou um esconderijo para que a Morte não consiga levá-la.” Tony Todd também retomou seu papel como o agente funerário William Bludworth. “É o mesmo personagem que vimos antes que o público adorou”, expressou Ellis.

O papel de Kimberly Corman foi dado à atriz canadense A.J. Cook, que já havia atuado em 1999 no filme As Virgens Suicidas. Cook descreveu sua personagem como “uma garota muito forte, muito determinada, pois sua mãe morreu um ano antes, bem na frente de seus olhos, o que a fez crescer rapidamente.” Ellis descreveu Kimberly como “uma garota que pode se divertir por estar numa viagem em busca de diversão, mas também alguém que pode confrontar Clear, desafiar Clear para uma corrida e se preocupar com Clear.” Cook acrescentou que “é raro encontrar uma protagonista feminina forte em um filme de terror, ainda mais duas [ela e Larter].” Ellis e Perry ficaram surpresos com a sensibilidade e vulnerabilidade demonstrados pela atriz em sua atuação e ela foi imediatamente contratada. “Estávamos no começo do que seria uma longa carreira de sucesso para ela”, afirmou Perry. Michael Landes, que havia aparecido na série Lois & Clark: The New Adventures of Superman, foi escalado para interpretar Thomas Burke. Landes o definiu como “um cara legal e decente que se depara com um enorme acidente automobilístico que o deixa muito intrigado” e como “o cara que se encontra de surpresa com a garota e é capaz de qualquer loucura para protegê-la”. Ellis ressaltou que tudo que ele queria era “encontrar alguém que fosse jovem e se identificasse com esses garotos. Não um cara mais velho, mais que fosse forte e sensível o suficiente. Landes trouxe esse equilíbrio muito bom para seu papel.” O ator foi contratado um dia depois de seu teste, o que causou problemas de horário de voo em sua partida dois dias depois e o cancelamento de seus compromissos.

Ex-integrante do elenco da sitcom Living Single, T. C. Carson recebeu o papel de Eugene Dix. Carson identificou seu personagem como “um tipo de pessoa que age conforme manda o figurino, mas que logo muda de ideia quando os cadáveres começam a se acumular.” A equipe aprovou com louvor a atuação de Carson e Bress mencionou que “originalmente concebido como um personagem ao estilo de Woody Allen, Eugene ganhou dez vezes mais vida do que nunca. Tem dez vezes mais personalidade, esse carisma que T.C. lhe traz… ele tem uma ótima presença.” Da mesma forma, Perry ficou surpreso com a forma como Carson era “capaz de pegar as falas mais absurdas e interpretá-las de uma forma tão gramatical com seus olhos e sua voz profunda.” Jonathan Cherry, que havia aparecido recentemente no filme House of the Dead (2003), foi escolhido para interpretar Rory Peters. Cherry caracterizou Rory como “algo muito diferente de mim, cujo arco vai desde ‘eu não quero nem saber’ até ‘Ai, meu Deus, isso está realmente acontecendo!'” No roteiro, Bress declarou que Rory foi seu personagem favorito para escrever, já que “ele é um grande alívio cômico, tem problema com drogas, é engraçado, ele é tudo isso”. Bress comentou que “Cherry é incrível, ótima escolha, pois ele é muito engraçado, assim como a forma com que ele entrega suas falas. É tipo ‘Oh sim. Isso é bom! Isso é melhor!” Perry acrescentou: “O que me surpreendeu nele foi o humor que o envolve e o tipo de irritação que Kat lhe causa, há momentos que revelam quão vulnerável ele realmente é, aí o escudo cai e você acaba simpatizando com Rory. Você gosta dele primeiro por ser o engraçadão, mas então você se preocupa com ele ao perceber que há um lugar de onde vem o humor do qual todos compartilhamos.”

A atriz de Blackwoods, Keegan Connor Tracy, interpretou Kat Jennings. Tracy afirmou que “[Kat] realmente não acredita no começo, mas em breve nem mesmo com sua atitude cínica conseguirá ignorar a realidade da situação em que todos eles estão.” Perry definiu o papel como “alguém que é de fato tão egoísta que, sem ser excessivamente maliciosa, é incrivelmente rude e insensível aos sentimentos de todos ao seu redor.” Perry avaliou a atuação dela como “cheia de energia”, pois “incorpora a energia nervosa autoconsciente de Kat. Tracy criou um personagem que te desagrada intensamente, mas não a ponto de não se conseguir entender porque ela é do jeito que é.” O elenco é complementado por Lynda Boyd (Rachel Todd de You, Me and the Kids) no papel da viúva Nora Carpenter e James Kirk (Kyle Morgan de Once Upon a Christmas) que interpreta seu filho Tim Carpenter, David Paetkau (Hunter Kerrigan de Just Deal) interpretando o apostador Evan Lewis, Justina Machado (Vanessa Diaz de Six Feet Under) no papel da grávida Isabella Hudson e Noel Fisher (Todd Tolanski de X-Men: Evolution) como o fazendeiro Brian Gibbons. Os atores iniciantes Sarah Carter, Alejandro Rae e Shaun Sipos foram contratados como os amigos de Kimberly, Shaina McKlank, Dano Estevez e Frankie Whitman, respectivamente. Andrew Airlie interpretou o pai de Kimberly, Michael Corman, enquanto Enid-Raye Adams apareceu como Dra. Ellen Kalarjian.

Produção e Filmagens: Assim como o primeiro filme, Final Destination 2 foi filmado na Ilha de Vancouver e em seus arredores. A respeito da escolha da Colúmbia Britânica para a produção do longa-metragem, Perry afirmou: “Conhecemos a arena, conhecemos as pessoas da localidade e, sejamos honestos, há um enorme incentivo econômico para filmar ali. Tivemos a sorte de ter [o gerente de produção da unidade] Justis Greene, que trabalha há 30 anos como produtor de linha e que conseguiu a melhor equipe que trabalha na cidade neste momento. Achamos isso vantajoso em tantos aspectos, que se tornou o local ideal para este filme.” A Rodovia 19 da Colúmbia Britânica foi usada como a Rota 23. O complexo de edifícios Plaza of Nations foi usado como substituto para o Ellis Medical Complex, o local da morte de Tim.

As sequências do lago foram filmadas em dois locais diferentes. Um deles foi uma piscina privada em Campbell River, na Colúmbia Britânica; o outro foi o Lago Okanagan (na imagem), que substituiu Greenwood Lake (Nova Iorque) no filme.

As cenas da fazenda e do lago, que no filme se passam em Greenwood Lake (Nova Iorque), foram na realidade filmadas em Campbell River e no Lago Okanagan, respectivamente. Landes esclareceu: “Filmamos parte das sequências no lago, onde fazia um frio de 37 graus, que está além de uma dor de cabeça ao tomar sorvete. Também gravamos num tanque enorme, onde filmamos toda a sequência subaquática, o que se deu em uma piscina de 93 graus.” Cooks e Landes realizaram suas próprias acrobacias em ambas as sequências, sem uso de dublês. A atriz declarou: “Meu maior medo é ficar presa num carro embaixo d’água. Por isso, foi legal enfrentar meu medo e tudo mais”. Por sua vez, o ator comentou: “Fizemos algumas lições com um guia de mergulho para ficarmos confortáveis debaixo d’água e respirar o regulador”.

Cook, que é loira, teve de tingir o cabelo de castanho para o papel, a fim de evitar possíveis confusões entre ela e Larter. “Gosto de ser um camaleão. Abre mais oportunidades neste trabalho. Você não é rotulada”, admitiu Cook. Landes negou que a relação entre Thomas e Kimberly envolvesse algum interesse romântico: “É uma espécie de relação de proteção, mais como uma coisa de irmão/irmã do que um interesse amoroso. Eles não chegariam a esse ponto, eu acho. Seguiram por esse caminho num dos primeiros rascunhos do roteiro, mas descartaram, pois fazia o policial parecer lascivo ou algo assim. Então o que eles têm no momento, assim espero, é um pouco de química para te dar a ideia de que algo bom virá da tragédia, então termina de uma maneira otimista, talvez fiquem juntos, mas não há uma história de amor real”.

Montagem do processo de renderização da morte de Rory. Na primeira imagem, uma visão de ângulo amplo de Campbell River filmada para ser usada como plano de fundo no resultado final. Na segunda, um molde tridimensional do ator é posicionado contra uma tela verde e cortado em pedaços. Na terceira, as duas primeiras imagens estão sobrepostas e prontas para serem exibidas no filme.

A Digital Dimension assumiu os efeitos visuais do filme. O supervisor de CG, Jason Crosby, ressaltou que seu estúdio foi escolhido principalmente para a sequência da rodovia, depois que a equipe percebeu que os troncos reais saltaram apenas um centímetro pela estrada quando caíram de um caminhão transportador de madeira. Ele comentou: “Estavam preocupados com a realização da filmagem, sem saber se o CG iria funcionar. O momento foi excelente, pois tínhamos acabado de gravar uma cena de teste dos nossos troncos em CG saltando na estrada. Enviamos uma fita para Vancouver e, depois de vê-la, a equipe se convenceu de que qualquer filmagem dos troncos poderia ser feita com CG. Começou com P&D na dinâmica dos troncos. Foram elaborados scripts para ajudar a gerenciar as simulações dinâmicas com números reais para gravidade, densidade, etc. Os resultados foram notavelmente similares aos registros originais dos troncos de Vancouver, um testemunho da precisão do software e dos dados que coletamos, no entanto, os registros ainda não tinham o ‘instinto assassino de atravessar os para-brisas’ que estávamos procurando. Ajustando os parâmetros, conseguimos que os troncos tivessem um papel muito mais efetivo”.

O diretor técnico James Coulter acrescentou segmentos criativos de 3D em tomadas rápidas, desfoque de movimento e filtros de poeira, névoa, pedaços de casca, correntes quebradas e outros detritos. O artista digital Edmund Kozin manipulou fotos de alta resolução que foram cuidadosamente sobrepostas para obter uma textura realista entre os 22 troncos de CG do filme. Investiu-se em efeitos que lhes dessem uma aparência de madeira lascada e desgastada da forma mais realística possível. A física também foi considerada, no que concernia à velocidade e altura do caminhão, comprimento e largura dos troncos, tipo de madeira e a densidade de um abeto de Douglas.

Apesar disso, todos os carros que aprecem no filme são veículos reais. Segundo Crosby, recorrer à computação gráfica “foi uma possibilidade no começo, então fizemos alguns testes dinâmicos usando as toras como corpos rígidos para bater em carros com deformadores corporais macios, mas quando as filmagens foram finalizadas, não precisaram de nenhum carro de CG.” Moldes tridimensionais dos atores foram elaborados para todas as cenas de morte, inclusive as que se passam na rodovia. Landes declarou que teve claustrofobia durante o procedimento. Embora sangue cenográfico tenha sido usado, sangue CG também foi exibido.

Crítica: Da mesma forma que seu antecessor, o filme recebeu críticas mistas. O site Rotten Tomatoes mostra que 48% das críticas recebidas pela película são positivas, com base em 111 avaliações, o que equivale a uma classificação média de 5/10. O consenso geral do site é de que “Esta sequência é pouco mais que uma desculpa para exibir cenas elaboradas e sangrentas de personagens sendo mortos.” No Metacritic, que atribui uma média ponderada a partir de 100 avaliações de críticos convencionais, o filme tem uma pontuação média de 38 com base em 25 comentários. Em 14 de junho de 2010, Nick Hyman, editor do referido site, incluiu Final Destination 2 no editorial “15 Filmes que os Críticos Entenderam Errado”, ressaltando que “as elaboradas cenas de suspense / ação dos dois primeiros filmes são mais impressionantes do que a maioria”. O público pesquisado pela empresa CinemaScore deu ao filme uma nota média “B+” em uma escala de A+ a F.

Morte, aquela velha inimiga confiável, está de volta para mais em “Final Destination 2”, que sofre com o mesmo diálogo rançoso e problemas de interpretação do original, mas com um pulso muito mais engraçado. O verdadeiro precursor aqui não é exatamente o filme anterior, mas sim o terror divertido e doentio do cinema de George Romero. Ao contrário de vários lançamentos de terror recentes, que tremem ao pensar em uma classificação R, esta sequência é voltada ao prazer sangrento, terá os adolescentes mais velhos como público-alvo e os fãs de terror para consumi-la, com bom retorno das vendas em vídeo.

—Robert Koehler, da Variety, ao reagir negativamente à premissa e positivamente ao tom de terror cômico do filme.

Avaliações negativas condenaram o enredo, as atuações e o roteiro do longa-metragem. Roger Ebert, em crítica publicada no Chicago Sun-Times, afirmou que “talvez os filmes sejam como a história, e se repitam, primeiro como tragédia, depois como farsa”. Em sua análise para o ReelViews, James Berardinelli ressaltou que “o filme exige completa ingenuidade e atenção vazia para funcionar em qualquer nível”. Ao USA Today, Claudia Puig lamentou que “existir um público para um filme no qual pessoas inocentes sofrem mortes acidentais horríveis é bastante preocupante, mas um grupo de pessoas criativas escolheu direcionar suas energias para esse espetáculo repulsivo que simplesmente provoca aversão”. Justine Elias, do The Village Voice, afirmou que “esse thriller risível é meramente uma série sádica de premonições mal interpretadas e assassinatos cruéis”. David Grove, do Film Threat, afirmou que “nada o assustou muito em Final Destination 2, que é tolo e ilógico”. Ao escrever para o Deseret News, Jeff Vice declarou: “não vou nem falar do roteiro horrível ou das atuações terrivelmente péssimas”, ao passo que Bruce Fretts ironizou que “tudo o mais sobre o filme também é ‘de matar'”, em crítica publicada na Entertainment Weekly.

Por outro lado, vários colunistas elogiaram o tom cômico do filme. Em crítica publicada no The New York Times, A. O. Scott comentou que o longa-metragem “não é tão descaradamente conhecido como os filmes Scream ou tão trash ao estilo Grand Guignol quanto a franquia Evil Dead, mas, assim como esses filmes, reconhece a estreita relação entre o susto e o riso, e dispensa ambos de forma livre e despretensiosa”. C. W. Nevius afirmou, em artigo no San Francisco Chronicle, ter sido “mais divertido do que o original”. Maitland McDonagh, da TV Guide, destacou que “se esta é a sua ideia de diversão, siga em frente”. William Arnold, do Seattle Post-Intelligencer considerou a película “uma série de esquetes do Grand Guignol interpretados com risadas maliciosas”. Marc Savlov, comentou no The Austin Chronicle: “é surpreendentemente uma boa diversão para a safra atual de filmes de terror, razoavelmente bem-tramada e repleta de sustos com uma adrenalina de cair o queixo. Dito isto, definitivamente não é para os mais sensíveis nem para os que se ofendem facilmente.” Na opinião de New Pierce, da BBC, o filme “é simples, mas eficaz”; enquanto que Sheila Norman-Culp, em crítica publicada no The Atlanta Journal-Constitution, enfatizou que “aquilo que Final Destination fez pelo medo de voar, Final Destination 2 faz pelo medo de dirigir.”

Os sobreviventes do acidente na estrada não são tão simpáticos quanto os do Voo 180. A maioria deles é idiota ou babaca, o que dificulta que nos importemos com a luta deles contra a morte. Apenas Kimberly, de Cook, provoca uma leve simpatia, ao passo que Larter claramente rouba a cena no filme. Enquanto ou outros são caricaturas feitas às pressas e sem profundidade, Clear tem contexto e história bem definidos graças ao primeiro filme. Os fãs de Final Destination a enxergarão como a heroína veterana da franquia.

—Andrew Manning, do RadioFree.com, ao diferenciar positivamente as presenças de Cook e Larter no elenco de Final Destination 2.

Quanto ao elenco, boa parte das análises deu ênfase às atuações de Carson, Cherry, Cook, Landes, Larter e Todd como Eugene, Rory, Kimberly, Thomas, Clear e Bludworth, respectivamente. Robert Koehler, da Variety, afirmou que “Carson, como o cético Eugene, energiza o que havia sido uma concepção mecânica do roteiro”; “Cherry ofereceu um pouco de equilíbrio cômico seco”; Larter foi “escalada como uma luz menor”; Todd foi desperdiçado por sua “cena única e claramente plana”; e “a atuação ruim, principalmente de Cook, cuja embaçada percepção de emoções revela o aparente desinteresse de Ellis em seus atores.” David Grove, do Film Threat, criticou Cook, dizendo que “ela não é uma grande atriz, mas é de fato muito atraente” e brincou que “desde quando um filme de terror sofreu por ter duas loiras burras como protagonistas?” e, a respeito de Larter, afirmou que ela “passa o filme inteiro parecendo infeliz com sua atuação frígida”. Ao TheMovieBoy.com, Dustin Putman comentou como “Cook é útil como a Kimberly alimentada pela premonição, mas não evoca emoção suficiente nas cenas após as mortes brutais de seus amigos próximos”. Robin Clifford, do Reeling Reviews, afirmou que “Cook foi estridente como catalisador que desencadeia eventos com suas premonições de desastre e sua ardente vontade de enganar a Ceifadora”, enquanto Larter dava a “vantagem da inteligência necessária à sua personagem”. Em resenha publicado no Oh, The Horror!, Brett Gallman ressaltou que Larter “é novamente o ponto brilhante”, juntamente com Cook e Landes, os quais foram “úteis como protagonistas” e Todd, “cujo propósito ainda precisa ser revelado na franquia”.

Moura do Noset disse que apesar de adorar filmes de terror, aprendeu ao longo do tempo que continuações sempre decepcionam por repetir as mesmas fórmulas, sem inovar, mas na verdade tentar enganar o público. Premonição 2 não foge a essa regra, mesmo que mantendo os bons sustos.

Reconhecimento e premiações: Assim como seu antecessor, o filme foi indicado em 2004 ao Prêmio Saturno de Melhor filme de terror, bem como ao Choice Movie: Horror/Thriller (melhor filme de terror) na cerimônia de 2003 dos Prêmios Teen Choice. Entretanto, perdeu os referidos prêmios para 28 Days Later e The Ring, respectivamente. Na quarta edição do Golden Trailer Awards, o qual reconhece os melhores trailers cinematográficos, recebeu indicação na categoria Golden Fleece, mas perdeu para o drama romântico A Onda dos Sonhos. Além disso, a cena da “Colisão na Rota 23” foi indicada em 2003 ao MTV Movie Award de Melhor Sequência de Ação, mas perdeu para a “Batalha do Abismo de Helm” do filme de fantasia The Lord of the Rings: The Two Towers, também da New Line Cinema.

A cena da rodovia foi definida por Grove, do Film Threat, como “um monumento a carros quebrados, objetos voadores e metal queimado” e Garth Franklin, do Dark Horizons, a considerou “absolutamente espetacular”. Em um artigo publicado no Guardian.co.uk, Anne Billson elogiou-a como “uma das sequências mais aterrorizantes que já vi, mais eficaz ainda por estar ancorada na realidade; poucos motoristas não sentiram aquela pontada ansiosa quando a carga mal protegida do caminhão na frente deles começou a tremer”.

O engavetamento na Rota 23 foi incluído nas listas de melhores acidentes de carro ou cenas de desastre em publicações do American Movie Classics, ShortList, Screen Junkies, Unreality Magazine, All Left Turns, Chillopedia, Filmstalker, io9, UGO Entertainment, Filmcritic.com e New York Magazine. O Filmsite.org incluiu todas as fatalidades do filme em sua lista de melhores cenas de mortes cinematográficas. A morte do personagem de James Kirk (Tim Carpenter) foi incluída por alguns críticos em suas listas de mortes mais chocantes do cinema, tais como: Matt Barone, da Complex (quinquagésimo primeiro lugar), George Wales, da Total Film (vigésimo oitavo lugar), e Jeff Otto, do Bloody Disgusting (nono lugar).

Premonição 3 (2006)

Com um orçamento de apenas US$ 25 milhões e uma belíssima receita US$ 117.7 milhões, Final Destination 3 (Premonição 3) é um filme norte-americano de 2006, do gênero terror sobrenatural, dirigido por James Wong. É a terceira sequência da série Final Destination. O roteiro foi escrito por Wong e Glen Morgan, que trabalhou no primeiro filme da franquia. Final Destination 3 é protagonizado por Mary Elizabeth Winstead e Ryan Merriman, e a história se passa cinco anos depois dos eventos do primeiro filme. Winstead interpreta Wendy Christensen, uma adolescente que tem uma premonição de que uma montanha-russa, na qual estão ela e seus colegas do colégio, vai descarrilar. Embora ela consiga salvar alguns deles, a Morte começa a perseguir os sobreviventes. Wendy descobre que as fotos que ela tirou no parque de diversão contêm pistas sobre a morte de seus colegas. Ela tenta usar esse conhecimento para salvar o restante deles.

O desenvolvimento do longa-metragem começou logo após o lançamento de Final Destination 2 (2003); Jeffrey Reddick, criador da franquia e co-roteirista dos primeiros dois filmes, não retornou para o terceiro. Diferente do segundo filme, que foi uma continuação do primeiro, os produtores imaginaram Final Destination 3 como um filme individual. Richard Bryant, executivo da New Line Cinema, teve a ideia de apresentar um descarrilamento de montanha-russa como o desastre da cena de abertura. Desde o começo, Wong e Morgan viram o controle como um dos principais temas da película. A seleção do elenco começou em março de 2005 e foi concluída em abril. Assim como as duas sequências anteriores, foi filmado em Vancouver, no Canadá. As filmagens duraram três meses e as primeiras duas semanas foram dedicadas à filmagem do descarrilamento da montanha-russa.

Após sua estreia no Grauman’s Chinese Theatre, em 2 de fevereiro de 2006, o filme foi lançado nos cinemas dos Estados Unidos em 10 de fevereiro de 2006. O DVD, lançado em 25 de julho de 2006, incluem comentários, documentários, uma cena deletada e um vídeo de animação. Um DVD de edição especial chamado “Thrill Ride Edition” inclui um recurso chamado “Choose Their Fate”, que funciona como um filme interativo, permitindo que os espectadores tomem decisões em pontos específicos do longa-metragem que alteram o curso da história.

Final Destination 3 recebeu críticas mistas. Alguns críticos o consideraram um filme de uma única fórmula repetitiva e afirmaram que ele não trouxe nenhuma novidade para a franquia, enquanto outros o elogiaram por ser divertido e atender às expectativas do público. A atuação de Winstead, bem como as cenas de morte envolvendo câmaras de bronzeamento e uma pistola de pregos, receberam comentários positivos dos críticos. Com orçamento de 25 milhões de dólares, o longa-metragem foi um sucesso financeiro ao arrecadar quase 118 milhões de dólares, tornando-se a sequência de maior bilheteria da franquia na época.

Sinopse: Uma turma de formandos do ensino médio visita um parque de diversão. Entre eles estão Wendy Christensen, seu namorado Jason Wise, sua melhor amiga Carrie Dreyer e o namorado desta, Kevin Fischer. Assim que eles embarcam na montanha-russa Devil’s Flight, Wendy tem uma premonição de que o sistema hidráulico que prende os cintos de segurança e os carrinhos do brinquedo falhará durante o passeio, matando todos a bordo. Ela entra em pânico e uma confusão começa. Várias pessoas saem do brinquedo, entre elas Kevin, as duas patricinhas e melhores amigas Ashley Freund e Ashlyn Halperin, o ex-aluno Frankie Cheeks, o atleta Lewis Romero e o casal gótico Ian McKinley e Erin Ulmer mas infelizmente Jason não consegue escapar, pois o carrinho trava bem na hora em que ia sair. Momentos depois, a montanha-russa descarrila e mata os passageiros restantes, assim como na premonição de Wendy.

Algumas semanas depois, Kevin fala com Wendy sobre a explosão do Voo 180 e as mortes posteriores dos sobreviventes, acreditando que eles podem estar vivendo uma situação semelhante. Wendy descarta essa teoria, por achar que Kevin está brincando com ela. Mais tarde, Ashley e Ashlyn morrem queimadas ao ficarem presas em câmaras de bronzeamento defeituosas. Agora, convencidos de que a Morte os está perseguindo, Wendy e Kevin decidem salvar os sobreviventes restantes a partir de pistas ocultas nas fotos que Wendy tirou na noite do acidente da montanha-russa.

Curiosidades: Final Destination seria originalmente a última parte de uma trilogia e já estava em desenvolvimento desde o lançamento de Final Destination 2. O criador da franquia Jeffrey Reddick e um dos co-roteiristas dos dois primeiros filmes não retornaram para a terceira sequência. O diretor James Wong afirmou que, ao contrário do segundo filme, que estava intimamente ligado ao primeiro e continuava com sua história, os produtores sempre imaginaram Final Destination 3 como uma sequência autônoma com novos personagens. Ele disse: “Concordamos que o conceito de Final Destination, ou a ideia de que a Morte pode te visitar e que tu podes enganar a morte… poderia acontecer a qualquer um.” Como personagens do primeiro filme não seriam usados, os produtores poderiam elaborar um novo enredo, com novos personagens que não saberiam o que estava lhes acontecendo e que reagiriam em consequência disso.

O filme recebeu o título original Cheating Death: Final Destination 3, que mudou durante o desenvolvimento. As produtoras Zide/Perry Productions, de Craig Perry e Warren Zide, e Hard Eight Pictures, de Wong e Morgan, que co-produziram Final Destination, também envolveram-se na produção de Final Destination 3 em associação com a Practical Pictures e a Manitee Pictures. Inicialmente, o longa-metragem seria filmado em 3D, mas essa ideia foi abandonada. Morgan afirmou que isso se deu por razões financeiras e também porque ele acreditava que os efeitos do fogo e do sangue não seriam mostrados corretamente através dos filtros vermelhos dos sistemas anáglifos.

Segundo Wong, a ideia de usar um descarrilamento de montanha-russa como desastre na cena de abertura partiu do executivo da New Line Cinema Richard Bryant e, apesar das circunstâncias temporais, não foi inspirada num acidente ocorrido em 2003 no Disneyland Park, no qual ocorreu um descarrilamento na montanha-russa Big Thunder Mountain Railroad, resultando no esmagamento de um passageiro. A inspiração para os presságios da morte nas fotografias veio do longa-metragem The Omen (1976). Morgan declarou que passou vários dias percorrendo os corredores de uma loja na Sunset Boulevard em busca de inspiração para a morte de Erin na loja de materiais de construção. A perda de controle é um tema importante que ele e o diretor pretendiam abordar no filme desde o início; Wendy, que tem medo de perder o controle, e a montanha-russa exemplificam isso. Morgan comentou que os psicólogos confirmaram que uma das razões pelas quais algumas pessoas têm medo de andar de montanha-russa é porque elas não podem controlar o brinquedo nem o que acontecerá com elas.

Elenco: Durante o processo de seleção do elenco, Wong procurou por atores capazes de interpretar os personagens principais como indivíduos heroicos com qualidades realistas. Perry reforçou essa ideia, afirmando que Wendy e Kevin deveriam ser interpretados por atores que “tivessem o carisma de estrelas de cinema, mas que não fossem tão ridiculamente extraordinários a ponto de se achar que não se poderia conhecê-los”. Eles tomaram muito cuidado nas escalações para os personagens de apoio, que eram considerados tão importantes para o filme quanto os protagonistas.

Em 21 de março de 2005, Mary Elizabeth Winstead e Ryan Merriman, que aturaram em The Ring Two no mesmo ano, foram escalados para os papéis de Wendy Christensen e Kevin Fischer. Winstead, que fez teste para o segundo filme da série, ficou com o papel em razão de sua interpretação da emoção da personagem ter impressionado Wong e Morgan. Wong afirmou que originalmente imaginava Wendy como uma “loira atrevida” e teve de alterar as características da personagem após a escalação de Winstead. Wong acreditava que os atores tinham sido a melhor escolha para seus papéis. Ele sentiu que o Winstead “trouxe uma espécie de alma própria para seu papel como Wendy” e, apesar de sua personagem “ser profundamente afetada pelo acidente”, sua força lhe permite permanecer no controle. Wong comentou que quando Merriman chegou para o teste, ele teve certeza de que o ator era “o cara certo para interpretar Kevin”. Ele descreveu o personagem como “o tipo de cara com quem você quer sair, seu melhor amigo bobão, mas também alguém que pode se tornar um herói”.

Em 9 de abril de 2005, Kris Lemche e Alexz Johnson foram escalados como o casal gótico Ian McKinley e Erin Ulmer. Johnson, que atuou como protagonista na série de televisão canadense Instant Star (2004-2008), fez um teste para interpretar a irmã de Wendy, Julie; esse papel mais tarde ficou com Amanda Crew, que originalmente fez o teste para interpretar Erin. Johnson declarou que ela estava usando uma jaqueta estilo roqueiro durante a segunda leitura de seu texto e estava de mau humor. Quando ela estava saindo, os cineastas a chamaram de volta e solicitando que ela lesse alguns diálogos sarcásticos de Erin em determinada cena. A atriz acredita que seu senso de humor seco, capturado pelos cineastas, ajudou-a a conseguir o papel. Quanto ao seu personagem, Lemche afirmou que Ian “compartilha alguns fatos interessantes que parecem estar bem ali na ponta dos dedos”. Ele pesquisava sobre a maior parte das informações que Ian apresentava e, durante os ensaios, frequentemente perguntava a Morgan sobre as mesmas. Morgan escrevia notas a Lemche e fornecia-lhe localizadores uniformes de recursos para pesquisar as informações que o personagem compartilhava.

Jesse Moss foi escalado como o namorado de Wendy, Jason Wise. Texas Battle interpretou o atleta Lewis Romero. Chelan Simmons assumiu o papel de Ashley Freund. Sam Easton interpretou Frankie Cheeks, ex-aluno do colégio de Wendy. Gina Holden interpretou a namorada de Kevin e melhor amiga de Wendy, Carrie Dreyer. Crystal Lowe juntou-se ao elenco como a estudante Ashlyn Halperin. Tony Todd, que apareceu nos dois primeiros filmes, não voltou como o agente funerário Bludworth, mas é dele a voz na estátua do diabo na montanha-russa; além disso, ele também fez a locução do condutor do metrô. Maggie Ma e Ecstasia Sanders interpretaram as amigas de Julie, Perry Malinowski e Amber Regan, respectivamente.

Filmagens e Produção: Assim como seus antecessores, Final Destination 3 foi filmado em Vancouver, no Canadá. A montanha-russa Corkscrew do parque de diversões local Playland foi usada como a atração Devil’s Flight vista no filme. Winstead e Merriman afirmaram que as filmagens demoraram três meses e as primeiras duas semanas foram dedicadas às sequências da montanha-russa. O restante das filmagens foi feito fora de sequência. As gravações foram realizadas em julho, mas os espectadores nas sessões de teste reagiram negativamente ao final. Isto levou à filmagem de uma nova sequência final, com um descarrilamento do trem do metrô em novembro de 2005.

A montanha-russa Corkscrew, de Vancouver, foi usada como o brinquedo Devil’s Flight visto no filme. CGI e uma variedade de ângulos de câmera fizeram-na parecer maior em tela. As cenas de morte exigiram graus variados de aprimoramento gráfico 2D e 3D. Para a cena da montanha-russa, foram necessárias 144 tomadas de efeitos visuais. Carrinhos de montanha-russa personalizados foram construídos e modificados para o roteiro; a maior parte do modelo foi construída à mão e os scripts MEL projetados por computador adicionaram elementos específicos. Para as cenas de colisão do brinquedo, os atores foram filmados em frente a uma tela verde, na qual um fundo em CGI foi adicionado. Vários carros da montanha-russa foram suspensos com cordas elásticas para filmar o acidente; as mortes exigiram o uso de efeitos CGI na tela e cada ator teve sua versão correspondente em CGI.

Meteor Studios produziu os acidentes da montanha-russa e do metrô, enquanto Digital Dimension lidou com as cenas de morte pós-premonição. A morte de Ian McKinley, que é esmagado por uma plataforma elevatória móvel, foi uma das mais desafiadoras. Primeiramente registrou-se uma tomada limpa da plataforma caindo e outra do ator Kris Lemche fingindo ser esmagado e caindo no chão; a metade inferior do corpo dele foi parcialmente encoberta por um traje especial de chroma key. Depois de as duas tomadas serem combinadas, Wong afirmou que “queria um impacto mais arrepiante na cena”. Um corpo em CGI padrão da altura do ator foi usado; foram realizadas várias simulações em animação do corpo sendo esmagado por um objeto em CGI. O diretor escolheu a versão que mais gostou. Uma nova tomada foi registrada com Lemche imitando a animação escolhida e posicionando seu corpo no final conforme a mesma. Soho VFX criou a cena em que Ashley e Ashlyn morrem em câmaras de bronzeamento. Consistiu em cerca de 35 tomadas de elementos em CGI (pele, vidro e fogo) combinados com fogo e fumaça reais. Para o acidente de metrô no epílogo do filme usou-se um ambiente de computação gráfica reproduzindo os principais aspectos do cenário.

Análises psicológicas sobre a Franquia: A estudiosa de mídia Eugenie Brinkema identifica o uso de “temperatura, cor e luz” como forma de prenúncio e percepção das mortes dessas personagens que, segundo ela, sintetizam as sequências de morte da série.

Alguns aspectos da franquia Final Destination já foram discutidos em trabalhos acadêmicos. A série foi considerada uma franquia de terror pós-moderno que, assim como a franquia Scream, refere-se à história do cinema de terror de maneira autoconsciente e recompensa os espectadores pelo conhecimento deles. Os filmes, em particular The Final Destination (2009) e Final Destination 5 (2011), foram analisados em razão de seus efeitos visuais. Além disso, a franquia tem sido criticada por ser cínica e redutiva. Como exemplo, pode-se citar a rejeição que estudioso de cinema Reynold Humphries tem pela série, considerando-a um “absurdo obscurantista cuja única ‘ideia’ é que a morte é um agente que tem um ‘plano’ para cada um de nós”.

De acordo com a estudiosa de mídia Eugenie Brinkema, os filmes da série são caracterizados por se distanciarem do típico antagonista de terror e pela certeza e inevitabilidade da morte. Isso os torna inconsistentes com a maioria dos filmes de terror, que exigem a presença de um monstro. Os filmes da franquia se afastam de outros do gênero, mesmo aqueles destinados a adolescentes, nos quais falta uma narrativa familiar e não há nenhum tipo de assombração. Além disso, não há sexualidade — “nem a busca do prazer na convenção do gênero slasher de acesso fácil ao corpo, nem a monstruosidade da diferença sexual”. Brinkema argumenta que os longas-metragens não são sobre a busca de prazer como nos típicos filmes de terror. Em vez disso, eles são sobre evitar a dor e a morte; são fundamentalmente “amargos… paranoicos e tristes” e mostram a incapacidade dos personagens de sentir prazer. Nestes filmes, a morte se torna a sua própria causa. A premonição do descarrilamento da montanha russa em Final Destination 3 não tem contexto nem causa. A luta de alguns personagens contra seu fim inevitável acaba justificando a necessidade das mortes deles, especificamente na ordem em que teriam morrido na montanha-russa. Assim, cria-se uma “Lista da Morte” ou um “Desígnio da Morte”. Final Destination 3 investe seu tempo tanto nas interpretações das mortes quanto na exibição delas. A análise que Wendy faz de suas fotografias permite que ela entenda como as mortes acontecerão, mas é inevitavelmente tarde demais para salvar seus amigos. Nos filmes da franquia, afirma Brinkema, “é preciso ler os sinais atentamente para sobreviver (por pouco tempo), e ainda assim a leitura não muda absolutamente nada”. Dessa forma, os personagens “poderiam muito bem” ter permanecido na montanha-russa.

O estudioso de cinema Ian Conrich argumenta que a série tem um ponto bastante original no que concerne às normas do terror, na medida em que a própria morte se torna o vilão. Os filmes da série refletem influências do cinema slasher, mas suas sequências de ação, incluindo o descarrilamento da montanha-russa em Final Destination 3, são próprias dos cinemas de ação e catástrofe. Segundo o autor, a franquia inaugura um novo subgênero de filmes de terror. Como as mortes são extremamente violentas e excessivas, várias delas podem acontecer de uma só vez e são inevitáveis, ele os classificou como “grand slashers” (“slashers impressionantes”, em tradução livre). Conrich também enquadrou nesse subgênero os filmes das franquias Saw e Cube.

Uma característica notável dos filmes da série é a lógica de limiar ou de ponto de inflexão das mortes dos personagens. Conrich refere-se às complexas sequências de morte nesses filmes como “jogos mortais, engenhocas ou quebra-cabeças nos quais há apenas perdedores”. Ele compara tais sequências às máquinas de Rube Goldberg, ao Grand Guignol e ao jogo de tabuleiro Mouse Trap. Brinkema aponta as mortes de Ashley e Ashlyn como o epítome das sequências de morte da série. As mortes das duas personagens são provocadas por uma série de gestos neutros, um conjunto de limitações que acabará levando a seus fins conflagratórios”, o que inclui uma bebida posta sobre determinada superfície, uma procura descuidada por CDs e um objeto mal escolhido colocado no batente de uma porta para mantê-la fechada. A cena usa lógicas de temperatura, cor e luz para concretizar o fim das personagens e permitir que Wendy reconheça a ameaça que enfrentam. Um exemplo do “ponto de inflexão literal” em que as personagens não podem mais escapar ocorre quando um cabide é derrubado sobre as camas de bronzeamento; o objeto é soprado por uma unidade de ar condicionado que é ativada pelo calor crescente. Conrich identifica o descarrilamento da montanha-russa como um exemplo do foco da franquia na mobilidade em sequências de morte. Ele argumenta que passeios em parques temáticos e o cinema de terror são mutuamente influentes; os primeiros potencializam os aspectos assustadores do último, enquanto o último apoia-se na “teatralidade e cinética” dos primeiros.

Versões alternativas: A edição especial do DVD, denominada “Thrill Ride Edition”, também inclui um recurso opcional chamado “Choose Their Fate”, que permite aos espectadores tomarem decisões em vários pontos do filme. A maioria fornece apenas pequenas alterações nas cenas de morte, mas a primeira escolha permite ao espectador impedir Wendy, Kevin, Jason e Carrie de embarcar na montanha-russa antes da premonição, encerrando o filme imediatamente. Mike Mulvihill, vice-presidente da New Line Home Entertainment, enfatizou que “esta é a primeira vez que isso foi feito em um DVD de um grande estúdio cinematográfico”. O DVD foi comercializado com os títulos Premonição 3: Edição Especial Interativa, no Brasil, e O Último Destino 3 (Edição Especial), em Portugal. O espectador pode alterar o modo como o filme será apresentado, escolhendo entre duas opções. Com relação ao final, são estas as versões alternativas:

Wendy, Kevin, Jason e Carrie sobrevivem: no momento em que Kevin joga a moeda, pode-se optar entre cara e coroa. Se a escolha for cara, o filme prossegue com a premonição e com as mortes originais do acidente na montanha-russa (Jason e Carrie). Se escolhido coroa, o final da premonição se encerra antes dos quatro amigos entrarem nos carrinhos. O acidente mata o restante do grupo (somente Wendy, Kevin, Jason e Carrie sobrevivem). Logo depois, é exibido em texto o destino dos quatro amigos e depois são apresentados os créditos finais.

Não existiu a segunda premonição: no início da cena do metrô, são exibidas duas opções: “com mapa” ou “sem mapa”. Se for escolhido a segunda opção, o filme termina exatamente como na versão original. Se for escolhido a primeira, pode-se aproveitar uma cena para ler o jornal com a notícia das mortes alternativas de Kimberly e do oficial Thomas Burke, personagens de Final Destination 2. Depois disso, o longa-metragem prossegue, mas ao contrário da versão original, o filme encerra com a morte de Wendy sendo atropelada pelo trem, não tendo a segunda premonição.

No que concerne às mortes dos personagens, as sequências alternativas dessas cenas são descritas a seguir:

Ashley e Ashlyn: antes de suas mortes, surgem duas opções na tela: “73 graus” e “76 graus”. Ao se escolher a primeira, elas morrem como na versão original. Escolhendo-se a segunda, Ashlyn consegue sair da máquina e acaba desmaiando. Ao acordar, ela quase ajuda a amiga a sair, mas as duas morrem eletrocutadas. Após isso, o filme segue normalmente.

Frankie Cheeks: antes da morte dele é mostrada a pergunta: “Wendy deve buzinar de novo?”. Se for escolhido “não”, Frankie morre como na versão dos cinemas. Se a escolha for “sim”, Kevin consegue salvá-lo. Mesmo assim, ele é levado ao hospital. Como Frankie se salva, após a cena da delegacia, ele aparece novamente sendo levado pela polícia, acusado de um crime sexual leve. É mostrada a pergunta: “Valeu a pena salvar Frankie?”. Se for respondido “não”, o filme prossegue normalmente. Se for respondido “sim”, serão exibidas algumas cenas na câmera dele, confiscada pela polícia. Logo após a exibição, o filme prossegue. É interessante notar que Frankie pode ter sobrevivido na versão alternativa.

Lewis Romero: antes da cena da academia, é mostrada a pergunta: “Wendy deve olhar novamente?”, referindo-se à foto relacionada a Lewis no computador. Se for respondido “não”, o filme prossegue com a cena da versão original para a morte de Lewis. Se “sim”, é exibido uma conversa entre Wendy e Kevin antes de entraram na academia. A morte de Lewis acontece assim que Wendy e Kevin vão falar com ele, ao contrário da versão original, na qual ocorre uma discussão antes da morte.

Erin Ulmer: no início da cena do depósito de construção, será mostrada uma pergunta sobre “tiro certeiro” ou “tiro de aviso”. Se for escolhido a primeira opção, Ian consegue matar um dos pombos que aparecem no depósito e a cena progride como na versão dos cinemas. Se for escolhido a segunda opção, Ian não consegue matar nenhum pombo e desiste. A morte de Erin é a mesma da versão original, sendo que um dos pombos contribui para que o acidente aconteça.]

Ian Mckinley: a morte dele ocorre no final da cena da festa, ao ser esmagado. Há a opção de escolher o lado: esquerdo ou direito. Se for escolhido esquerdo, Ian é esmagado totalmente; Wendy pega sua câmera, joga-a no chão e a chuta. Então ela, Kevin e Julie vão embora, e o filme se encerra aí. Se for escolhido o lado direito, a morte de Ian será igual à versão dos cinemas. O filme prossegue com a cena do metrô. Nesta versão, a dúvida de que se Wendy, Kevin e Julie sobreviveram, é menor por causa do desfecho do filme, onde não há a segunda premonição de Wendy.

Crítica: Final Destination 3 recebeu críticas mistas. O Rotten Tomatoes informa que 43% dos 116 críticos deram ao filme uma crítica positiva; a classificação média é de cinco em dez. De acordo com o consenso do site, “o filme é mais do mesmo: sangrento e sem sentido, sem nenhuma novidade a acrescentar”. O Metacritic indica que o filme recebeu “críticas mistas ou médias”, baseado em 28 críticas, tendo uma classificação média de 41 em 100. O público pesquisado pelo CinemaScore deu ao filme uma nota “B+” em uma escala que vai de A+ a F.

Vários críticos descreveram a história como estereotipada em comparação com as sequências anteriores; Roger Ebert escreveu que os principais defeitos do filme eram sua previsibilidade e falta de tensão, pois deixou “claro para todos quem morreria e em qual ordem”. A Variety comparou negativamente a narrativa à da segunda sequência da franquia, afirmando que faltou complexidade no terceiro filme. O The New York Times o descreveu de maneira similar, comentando que faltou a “novidade do primeiro ou o charme do segundo”. A TV Guide referiu-se aos intervalos entre as mortes dos personagens como “maçantes”, destacando esta como uma das razões pelas quais o filme não conseguiu se igualar à fórmula estabelecida nas sequências anteriores. Outras críticas foram mais positivas; o portal IGN elogiou a história – Chris Carle escreveu que a “fórmula foi aperfeiçoada em vez de desgastada” pelo terceiro filme. Kim Newman, da Empire, e Peter Bradshaw, do The Guardian, consideram a história divertida, mas destacaram que Final Destination 3 aderiu principalmente à estrutura estabelecida pelo resto da franquia.

Peter Bradshaw, crítico cinematográfico do The Guardian, considerou o filme uma “comédia de terror adolescente maluca” e comentou que, apesar da previsibilidade do enredo, as cenas de morte são divertidas.

O tom do filme e as cenas morte foram recebidos positivamente pelos críticos. Escrevendo para o Reelviews, James Berardinelli destacou que Final Destination 3 incorporou mais humor em comparação com seus antecessores e disse que isso beneficiou o filme. O The Seattle Times concordou que o tom humorístico da película ajudou a elevá-la e afirmou que os fãs da franquia iriam gostar das sequências de morte. Em sua análise para o Den of Geek!, Sarah Dobbs afirmou que o tom de Final Destination 3 o torna o ponto alto da franquia. Ela elogiou o estilo do filme como uma “meditação de cores vivas e um tanto boba sobre como todos nós vamos morrer um dia e, sendo assim, é melhor que o façamos explosivamente”. As cenas da câmara de bronzeamento e da pistola de pregos foram apontadas como as melhores sequências de morte do filme e da franquia.

Em crítica publicado no site Omelete, Érico Borgo classificou o filme como bom e elogiou as cenas de morte, embora tenha enfatizado a previsibilidade da película, comparando a série e o filme a um “álbum de figurinhas em que a surpresa de cada pacotinho é uma morte estapafúrdia”. Leonardo Heffer, escrevendo para o Cinema com Rapadura, afirmou que Final Destination 3 não conseguiu igualar-se com as duas primeiras partes da série e ressaltou que a cena da montanha-russa, embora vendida nos trailers e “muito bem feita”, foi mal aproveitada no longa-metragem, “talvez pela velocidade, os ângulos da câmera, que infelizmente não faz com que parte das pessoas esteja realmente se sentindo no filme” e notou que na sessão na qual o assistiu o público se assustou mais com as outras mortes do que com a referida cena.

Andy Malafaya, do Cineplayers, classificou o filme com quatro estrelas de dez, ressaltando que algumas cenas de morte soam mais cômicas do que assustadoras e criticou negativamente os diálogos e a interpretação dos atores. Em revisão para o site Plano Crítico, Leonardo Campos atribuiu uma estrela de cinco ao longa-metragem, salientando que “esta terceira parte decepciona em todos os aspectos possíveis”; ele argumentou que a película investiu mal nos clichês, sustos fáceis, reciclagem da mesma história e estereotipação dos personagens, o que faz com que as sequências de morte, embora mais gráficas e chocantes que as dos primeiros filmes, não tenham “efeito catártico, pois não conseguimos estabelecer uma relação digna com as vítimas”.

A interpretação de Winstead foi elogiada por críticos. Segundo a BBC, “… a verdadeira tragédia é que a promissora jovem atriz Mary Elizabeth Winstead deve suportar essa tortura”. Berardinelli afirmou que Winstead entregou “um trabalho tão competente quanto se poderia esperar nessas terríveis circunstâncias”. Felix Gonzalez Jr., do site DVD Reviews elogiou as atuações de Winstead e Merriman, destacando-as como um dos poucos aspectos positivos do filme. Da mesma forma, o Seattle Times elogiou a atriz por transmitir as emoções de Wendy. O Daily Telegraph também listou Wendy como uma das 20 melhores final girls em filmes de terror e elogiou o desempenho de Winstead por tornar Wendy uma personagem verossímil.

Moura do Noset afirmou que apesar dos bons sustos, a repetição da formula e a previsibilidade do roteiro tornam a franquia cansativa e esquecível.

Reconhecimento e premiações: Final Destination 3 foi indicado em 2006 aos Prêmios Fangoria Chainsaw de “Melhor contagem de corpos”, “Linha que mata” (melhor piada curta), “Efeitos especiais doentios” (melhores efeitos especiais) e “Matança mais emocionante” (melhor cena de morte) pela cena de Frankie Cheeks. No Prêmio Saturno de 2007, foi indicado na categoria Melhor filme de terror, e “Thrill Ride Edition” recebeu indicação ao prêmio de Melhor lançamento de edição especial em DVD.

Comentários:  O filme é ambientado em 2005. Em determinada cena, Kevin declara a Wendy que o acidente aéreo do primeiro filme ocorreu há seis anos, o que é um erro de continuidade, já que o primeiro filme é ambientado em 2000.

Premonição 4 (2009)

Com o maior orçamento da franquia de US$ 40 milhões e a maior receita da franquia de US$ 186 milhões, The Final Destination (Premonição 4) é o quarto filme da franquia de filmes Premonição, sua pré-estreia no Brasil na versão 2D do filme foi no dia 15 de Janeiro de 2009, sendo exibido em apenas alguns cinemas no final de semana e apenas em um horário. No dia 22 de Janeiro de 2009 aconteceu a pré-estreia do filme em 3D sendo exibido apenas em alguns cinemas no final de semana e apenas em um horário, mas sua estreia oficial foi em 29 de janeiro de 2010. O filme foi gravado totalmente em 3D, fazendo com que a experiência de assisti-lo seja ainda mais “intensa”.

Sinopse: O que deveria ser uma saída de amigos para assistirem a uma corrida de carros no autódromo Mckinley, não parece só ser isso… Nick, sua namorada Lori e dois amigos estão no autódromo quando Nick tem uma visão horrenda. Algo fazia os carros começarem a se chocar uns contra os outros e voarem para cima das pessoas, esmagando-as, ocorrendo explosões e as matando queimadas, Nick, Lori, George, e seus dois amigos tentam fugir mas morrem (os amigos morrem esmagados, Lori e George carbonizados após uma explosão de um choque entre dois carros e Nick é empalado no peito por um cano). Mas ele acorda a tempo e vê que faltava algum tempo para a sua visão se concretizar. Ele consegue sair com Lori e os amigos. Todos ficam chateados com Nick, mas quando este ia descrever o sucedido, uma explosão acontece no autódromo. Todos estão horrorizados, e Nick, Lori e seus amigos não percebem porque aconteceu aquilo. Mas é quando as vítimas começam a morrer um a um como morreriam na visão de Nick, então, ele começa a perceber que o que está acontecendo tem a ver com os bizarros acidentes de dez anos atrás, e que todos vão morrer na ordem em que morreriam no acidente do autódromo. Então, Nick e seus amigos precisam correr contra o tempo para saber o que está acontecendo para não serem pegos pela morte.

Curiosidades: Depois do sucesso de Final Destination 3, que foi inicialmente planejada para ser em 3-D, Eric Bress escreveu um script, que impressionou o produtor Craig Perry e New Line Cinema suficiente para a liberação de produção. James Wong estava pronto, mas devido a conflitos de agenda, decidiu sair. Consequentemente, os executivos do estúdio optaram por David R. Ellis de volta após seu trabalho na Final Destination 2, que pessoalmente aceitou por causa do 3D. Para o 3D, Perry disse que só aceitaria o filme ser em 3D se a cada 4 minutos alguma coisa voasse em direção ao público o que foi aceito.

Embora o filme era para ser produzido em Vancouver, que foi onde os três últimos filmes foram filmados, David R. Ellis convenceu os produtores a filmar em Nova Orleães. A sequência de abertura do acidente “McKinley Speedway” foi filmado em Mobile International Speedway, em Irvington, Alabama. As filmagens começaram em Março de 2008 e terminaram no final de Maio do mesmo ano.

Crítica: O filme recebeu críticas negativas por críticos, com um índice de aprovação de 29% no Rotten Tomatoes, o consenso geral é que “o destino final é previsível, descartáveis tarifa de horror”. Do mesmo modo, a partir das 14 opiniões recolhidas, prêmios Metacritic o filme uma pontuação média de 30/100, que denota “opiniões geralmente desfavoráveis.”

Muitos críticos opinaram que “a série está claramente sem ideias.” “O maior pecado do filme é a falta geral de imaginação”, disse um deles. “É a morte pura e simples”, disse outro. “O que tinha de originalidade da franquia ficou nas edições anteriores”, falou Jordânia Mintzer da Variety.

Alguns comentários positivos referenciados seu “senso de humor OK” e “sequência de abertura de destruição em pista que coloca a sua fusão tecnologia 3-D para uma boa utilização e resultado visual”. “O destino final ainda tinha algumas faíscas surpreendentes de vida”, disse Dustin Putman de TheMovieBoy.

O futuro da franquia: Produtor Craig Perry chegou a confirmar que não havia planos para avançar com um novo filme de Premonição, provavelmente que Premonição 4 seria o último capítulo da série. Ele acrescentou que a palavra “O” (The) no título em inglês seria para indicar este como o último filme da série e que é difícil chegar a um “spin-off” para estes tipos de franquias.

“Essas coisas são difíceis de descobrir, eles estão ficando cada vez mais caros para fazer. Este é o tipo de interseção que faz com que tudo venha a continuar. Tem um orçamento saudável, os efeitos especiais são grandes, um departamento de marketing grande e tem uma franquia de fidelidade realmente agradável para construir e para entregar, porque levá-lo mais longe do que isto?”‘

Apesar de sentir que a franquia Premonição pode ser melhor deixar no Premonição 4 como seu último capítulo, ele disse que não tem uma ideia para uma sequência. “Claro, Freddy teve um pesadelo final também, e que não duram muito tempo”, afirmou. “Eu tenho uma ideia que iria torná-lo menos caro e torná-lo mais interessante, temos ainda a sorte de ter a conversa sobre um possível quinto capítulo. Acho que os fãs, em especial, apreciariam uma rotação que coloca sobre as noções do filme.”

Com o sucesso de The Final Destination, que arrecadou 186 milhões de dólares pelo mundo, a Warner Bros comprou da New Line Cinema os direitos da franquia Final Destination (franquia) e lançou Final Destination 5 que estreou em agosto de 2011.

Final Destination 5 (2011)

Com um orçamento repetindo seu antecessor US$ 40 milhões e uma belíssima receita de US$ 158 milhões, Final Destination 5 é um filme norte-americano de 2011, do gênero terror sobrenatural, dirigido por Steven Quale. É a quinta e última sequência da série de filmes Final Destination. O roteiro foi escrito por Eric Heisserer e os papéis principais são interpretados por Nicholas D’Agosto, Emma Bell, Miles Fisher, Arlen Escarpeta, David Koechner e Tony Todd. O enredo gira em torno de um jovem que tem a premonição do desmoronamento de uma ponte suspensa, consegue salvar a si mesmo e outras pessoas do desastre, mas posteriormente a própria Morte começa a perseguir os sobreviventes, que precisam descobrir uma forma de enganá-la.

O longa-metragem anterior, embora originalmente anunciado como o último da franquia, teve um ótimo retorno financeiro e isso levou à produção deste quinto filme, cujo desenvolvimento iniciou-se em 2010. Foi filmado em Vancouver, assim como as três primeiras sequências. Estreou em formato 3D nos cinemas dos Estados Unidos em 12 de agosto de 2011. Em 27 de dezembro do mesmo ano, foi lançado em DVD, o qual apresenta cenas excluídas, documentários e um vídeo musical de paródia gravado pelo elenco.

É o primeiro filme da série recebido de forma predominantemente positiva pela crítica especializada, uma vez que os quatro antecessores receberam críticas mistas. Foi elogiado por seu enredo, uso do CGI, cenas de mortes e atmosfera, com várias publicações o considerando bastante superior à quarta sequência. A cena da destruição da ponte chegou a ser considerada “extrema a ponto de ser épica”. Também foi um sucesso financeiro e se tornou o segundo filme mais lucrativo da franquia.

Sinopse: Sam Lawton e seus colegas estão a caminho de um retiro da empresa. Enquanto o ônibus atravessa uma ponte suspensa, Sam tem uma premonição de que a construção entrará em colapso e todos morrerão, exceto sua ex-namorada Molly Harper, a quem ele ajuda a atravessar a ponte com segurança. Em pânico, ele convence várias pessoas a deixar a ponte antes do desmoronamento, entre elas Molly, seus amigos Nathan Sears e Peter Friedkin, seu chefe Dennis Lapman e seus colegas Candice Hoooper, Olivia Castle e Isaac Palmer. O agente do FBI, Jim Block, não acredita que Sam seja responsável pelo incidente, mas assegura que ficará atento a ele. Durante o memorial em homenagem às vítimas, o legista William Bludworth diz aos sobreviventes que “a morte não gosta de ser enganada” e os adverte para ter cuidado. No entanto, eles ignoram o aviso e vão embora.

Produção: Alan Horn, chefe da Warner Bros., confirmou em março de 2010, durante um convenção cinematográfica, que Final Destination 5 estava em produção. Algum tempo depois, o produtor Craig Perry informou que o longa-metragem seria filmado em 3D. Em abril de 2010, Eric Heisserer foi anunciado como roteirista. O estúdio escolheu inicialmente 26 de agosto de 2011 como a data de lançamento, mas depois mudou para 12 de agosto de 2011. Em junho de 2010, a New Line Cinema anunciou que Steven Quale seria o diretor. Antigo colaborador de James Cameron, Quale havia trabalhado como diretor de segunda unidade em Titanic e Avatar.

De acordo com Heisserer, Final Destination 5 sempre foi definido como uma pré-sequência do primeiro filme, ideia essa que veio do produtor da franquia, Craig Perry. O roteirista afirmou que um dos principais problemas que encontrou ao escrever o filme foi apresentar boas sequências de morte, pois acreditava que conseguir isso no mundo de Final Destination é “ridiculamente difícil”. A inspiração para a sequência da morte de Olivia, envolvendo uma cirurgia ocular com a técnica LASIK, surgiu depois que a esposa dele passou pelo mesmo tipo de procedimento cirúrgico.

Elenco: Diferente do primeiro filme da série, cujo enredo centra-se em adolescentes, a produção optou por um novo direcionamento em Final Destination 5, ao assumir que os fãs do longa-metragem original, lançado mais de dez antes, gostariam de ver algumas pessoas da faixa etária deles serem perseguidas pela morte. Assim, foi escalado um elenco diversificado em termos de idade, o que foi favorecido pelo fato de o roteiro apresentar todos os personagens principais trabalhando no mesmo escritório, com toda a dinâmica adicionada pela política desse ambiente profissional.

Em agosto de 2010, o ator e músico Miles Fisher foi o primeiro a ser escalado para o elenco, no papel de Peter Friedkin. Fisher já havia aparecido em diversos curtas-metragens e teve um pequeno papel na comédia Superhero Movie (2008). Ele afirmou durante uma entrevista: “Fiz um pouco de televisão e um pouco de cinema, mas 3D é quase como um esporte totalmente diferente.” Três dias depois da escalação de Fisher, Arlen Escarpeta entrou para o elenco, no papel de Nathan. O ator comentou: “Acho que farão algo realmente muito bom desta vez, voltarão com a história, o enredo, muita coisa que vai realmente importar, acho que o último filme foi apenas [sobre] morte. Era só morte, morte, morte, o que é legal porque é o que as pessoas querem ver. Mas, desta vez, vamos dar a elas um pouco de tudo — boa história, boa direção — tem tudo para ser bom.” Ele aparecera nos filmes American Gun (2006 e Sexta-Feira 13 (2009).

No final de agosto de 2010, Nicholas D’Agosto e Ellen Wroe foram escalados.A respeito de interpretar o protagonista Sam Lawton, D’Agosto comentou: “Ele tem suas próprias ambições de se tornar um chef, de viajar, há uma grande oportunidade na frente dele. E essa tragédia [o une com a namorada, fazendo-o reavaliar o quanto ela significa para ele. Mas o que é excitante do meu ponto de vista é que eu sou o personagem que tem que descobrir a origem desta premonição, o que significa, qual é o processo de cada uma dessas mortes?” Pouco depois, Tony Todd, que interpretou William Bludworth nos dois primeiros filmes, juntou-se ao elenco. Ele concedeu uma entrevista ao site Dread Central, na qual comentou sobre seu retorno e confirmou planos para novos filmes da franquia, a depender do desempenho comercial do quinto: “Muito bom, mesmo! Eles aumentaram minha participação e o produtor me disse que se o quinto filme estrear em primeiro lugar nas bilheterias, o que é provável, nós iremos filmar os dois próximos capítulos ao mesmo tempo.”

Em 30 de agosto de 2010, foi anunciado que David Koechner e P. J. Byrne entraram para o elenco. Koechner, conhecido por papéis cômicos em filmes como Anchorman e Extract, bem como por um papel regular na série The Office, comentou que tentou não trazer muito de seu passado na comédia para Final Destination 5. “Você não pode mexer com o enredo, então se você for adicionar um pouco de leveza a uma cena séria, que seja apenas quando for apropriado”, disse o ator. Byrne, por sua vez, assim descreveu seu papel: “Isaac é o cara do escritório que você não suporta. Todo mundo tem aquela pessoa no escritório que você odeia e eu sou aquele cara nesse filme. Ele pensa em garotas […] e em conseguir garotas para si mesmo. Esse é o tipo de mantra de vida do Isaac.”

Em 2 de setembro, Emma Bell foi escalada para interpretar a protagonista feminina, Molly Harper.[29] Assim Bell descreveu sua personagem: “Ela mora em uma cidade pequena e acho que é uma garota bem feminina. Trabalha nesta fábrica de papel e está desesperadamente apaixonada pelo personagem de Nicholas D’Agosto, mas eles têm ideias diferentes sobre o que querem fazer na vida. Ela nunca quer ficar no caminho dele. […] No início do filme, ela está meio que lutando contra isso, mas então a série de eventos aterrorizantes que lhes acontecem os faz reavaliar a vida, seu relacionamento e o quanto realmente significam um para o outro.” Em meados de setembro, Jacqueline MacInnes Wood e Courtney B. Vance juntaram-se ao elenco principal.[30]

Filmagens e Produção: A cena de abertura com o desmoronamento da fictícia Ponte North Bay, em Nova Iorque, foi filmada na Ponte Lions Gate, em Vancouver, Colúmbia Britânica (Canadá) e duas representações em escala da ponte.

O filme teve parte de suas locações na cidade de Vancouver, onde os três primeiros filmes da série também foram parcialmente filmados. As filmagens foram realizadas entre 13 de setembro e 14 de dezembro de 2010. Os produtores ressaltaram que Final Destination 5 seria mais sombrio e investiria mais no suspense, ao estilo do primeiro filme. Em entrevista à revista Shave, Nicholas D’Agosto informou que as câmeras usadas na produção do filme foram as de tecnologia 3D híbrida, a mais recente na época. Nesse tipo de tecnologia, uma única câmera é suficiente para criar o efeito de terceira dimensão, sem necessidade de acoplar duas câmeras, como era padronizado até então. De acordo com o ator, naquela ocasião havia em torno de apenas dez câmeras desse tipo em todo o mundo e as outras pessoas que tinham acesso a esses equipamentos eram diretores do calibre de Martin Scorcese. Chelan Simmons, estrela de Final Destination 3, revelou que a cena de abertura seria filmada na Ponte Lions Gate, em Vancouver.

A cena do desmoronamento da ponte suspensa foi uma combinação complexa de efeitos especiais em CGI, cenários práticos, tomadas compostas e tela verde. Três cenários foram independentemente construídos para filmar o momento. Uma réplica gigante de parte da estrutura da construção, posicionada em frente a uma tela verde, foi montada sobre um giroscópio motorizado. As câmeras eram controladas através de enormes guindastes capazes de realizar movimentos com grande precisão, registrando imagens dos atores em até 360 graus. Carros reais com os motores removidos foram usados nas filmagens; todos os veículos estavam suspensos por cabos, mas ainda contavam com muitos adereços pesados e reais.

Segundo D’Agosto, uma determinada sequência da ponte levou de quinze a vinte dias para ser finalizada. O ator comentou ter realizado uma acrobacia que nunca fez antes no momento em que seu personagem pula e se agarra a uma grade. “Acho que pulei de uns quatro ou seis metros ou algo assim. Mesmo que você esteja suspenso em um cabo, ainda é uma verdadeira emoção”, afirmou ele. Em 2015, ao analisar diferentes sequências cinematográficas de desastres em pontes suspensas, o engenheiro estrutural nova-iorquino Alex Weinberg apontou a cena de Final Destination 5 como a mais precisa de todas no que concerne aos princípios da física, ressaltando que “este é um raro cenário de colapso ficcional para o qual temos uma comparação do mundo real, o colapso da Ponte de Tacoma Narrows em 1940”.

Crítica: No agregador de revisões cinematográficas Rotten Tomatoes, o filme foi avaliado positivamente por 62% dos críticos, com base em 132 críticas, o que equivale a uma classificação média de 5,8/10. O consenso do site afirma: “Ainda é voltado apenas para o fã sedento por sangue, mas Final Destination 5 representa um surpreendente retorno à forma da franquia.” O Metacritic, que atribui uma média ponderada, mostra que o filme recebeu uma pontuação de 50 em 100, com base em 24 críticas, o que indica “críticas mistas ou medianas”. o público avaliou o filme com um desempenho bom de 5,7/10. É o filme da franquia a atingir a média de aprovação mais alta em ambos os sites. O público que contribui com a empresa de pesquisa de mercado CinemaScore atribuiu ao filme uma nota média “B+” em uma escala que vai de A+ a F.

Richard Roeper declarou em sua resenha: “Desde os créditos de abertura até a morte final, este filme exibe um ótimo uso do 3D.” Todd Gilchrist, da Boxoffice Magazine, declarou em sua crítica que a película foi “o melhor filme de terror em 3D já feito.” Ele descreveu Final Destination 5 como “um thriller limpo e brilhante em 3D nativo (sem pós-conversão) que maximiza a tecnologia sem prejudicar a credulidade do público ou as constituições dele.” O crítico acrescentou: “Chamar qualquer coisa de ‘o melhor filme de terror em 3D’ soa como considerá-la o maior anão do mundo, mas Quale usa o 3D quase de uma forma chocante.”[55] Em revisão ao Toronto.com, Linda Bernard afirmou ser “um caso em que vale a pena pagar alguns dólares a mais para ver um filme em 3D”.

Os efeitos visuais foram elogiados pelo CGI melhorado em relação ao que foi visto na sequência anterior. Betty Jo Tucker, escrevendo para o ReelTalk Movie Reviews, comentou que o longa-metragem apresenta “alguns dos melhores efeitos visuais de todos os tempos, especialmente a sequência de desmoronamento da ponte no início do filme.” Em sua crítica a Final Destination 5, Roger Ebert afirmou que “…os efeitos especiais fazem um excelente trabalho de decapitação, incineração, vivissecção, esmagamento e assim por diante.” “Final Destination 5 contém alguns dos mais divertidos efeitos já vistos, uma vez que aumentam as emoções e o derramamento de sangue, sem torná-los depreciativos,” comentou Lisa Giles, do Uk.real.com.

Aclamada pela crítica, a cena do acidente de abertura foi também reconhecida como uma das mais precisas sequências cinematográficas de um desmoronamento de ponte suspensa no que concerne aos princípios da física, sendo comparada ao colapso real da Ponte de Tacoma Narrows, ocorrido em 1940.

As cenas de morte foram elogiadas pelo suspense, criatividade e choque. A Boxoffice Magazine enalteceu esses momentos, comentando que “os telespectadores se conectam tanto com a dor oriunda da lesão cotidiana quanto com a gratificação sangrenta de uma peça bem construída e quase sobre-humana.” Na opinião do NJ.com: “Admitamos, há uma certa inventividade no modo como o diretor Steven Qual e encena a violência.” O San Francisco Chronicle afirmou que os personagens são “mortos de formas terríveis e espetaculares”. A sequência da ginástica foi elogiada como “cheia de ansiedade”, “um belo exemplo de suspense cômico bem-sucedido”, “suspense Hitchcockiano que faz pular da cadeira” e “inventivamente grotesca” O Film.com ressaltou em sua resenha: “As mortes subsequentes são imprevisíveis, mas todas mostram alguma faísca de criatividade. Quale as define como um cruzamento entre uma piada e um truque de mágica, estabelecendo cuidadosamente detalhes cruciais.

O colapso da ponte na cena de abertura recebeu considerável aclamação da crítica, sendo apontado como em pé de igualdade com a sequência do engavetamento de Final Destination 2. Foi enaltecido como “uma das melhores sequências dentre todos os filmes do ano” pela Boxoffice Magazine. O Uk.real.com destaca que o momento é “lindamente dirigido e coreografado”. Em sua crítica publicada no Film.com, Eric D. Snider afirmou: “A cena de premonição da abertura é extremamente eficaz.” O New York Post considerou o colapso da ponte “espetacular” e o Daily News o considerou “aterrorizante”. Ao comentar a sequência, o USA Today afirmou: “O efeito é fantástico e lembra a destruição da ponte de Missão Impossível 3.”[68] Betsy Sharkey, crítica de cinema do Los Angeles Times, apesar de ter analisado negativamente a película, afirmou: “Tenho que admitir, o ônibus, e a ponte a ser atravessada, contribuem para uma incrível e impactante sequência de abertura,” ao passo que acrescentou: “O grande desmoronamento é uma apresentação cativante.” Em uma revisão para o MSN.com, Kat Murphy afirmou “o quinto capítulo começa com uma catástrofe excitante”, e então comenta que o colapso da fonte é “habilmente orquestrado” e “esta sequência é realmente engrandecida pelo 3D: buracos na ponte em desintegração parecem puxar o olhar para baixo — vertiginosamente — para o rio abaixo e os ângulos irregulares em trilhos suspensos e detritos deslizantes confundem nossa noção do que está acontecendo, do que está embaixo.” Kirk Honeycutt, do The Hollywood Reporter, comentou: “A seqüência de abertura deste filme é inegavelmente espetacular.” Aaron Hillis, da The Village Voice afirmou que o colapso da ponte é “de tirar o fôlego”. O jornal The Advocate comentou que “o diretor Steve Quale e o roteirista Heisserer encenam o colapso da ponte em detalhes rápidos, mas precisos.” Por sua vez, o The Austin Chronicle destacou que a sequência da ponte é “espetacularmente arrepiante”.

Moura do Noset avaliou o filme como um exclusivo “Fan Service”, que nada acrescenta ao universo do primeiro filme, mas apenas ainda lucra, e bastante, com a primeira idéia. Se tem quem gosta, que venha o sexto filme.

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