O Nascimento de uma Nação (The Birth of a Nation) – 1915

O Nascimento de uma nação (The Birth of a Nation), até hoje é um filme realmente controverso, sendo tanto amado quanto odiado, mas ainda assim cultuado mundo à fora. Com um tema que causou e causa repúdio até hoje, ele conta através da história de duas famílias e de seus criados, a introdução da escravidão em território americano e a relação dela com a guerra civil e reconstrução do pais em seguida.

Embora o filme seja baseado na peça racista de Thomas Dixon, ‘The Clansman: An Historical Romance of the Ku Klun Klan’, o diretor D. W. Griffith não se importava com o teor racista da obra, e apesar do tema polêmico o filme tem seu mérito, quando falamos das características técnicas e artísticas do mesmo.

O filme criado por Griffith, pode ser considerado como o que estabeleceu os parâmetros para produções hollywoodianas futuras, a produção que tem 190 minutos, mostrou que o público estaria interessando, mesmo em um cinema mudo a acompanhar uma história épica com mais de 2 horas na tela, além disso  o diretor introduziu ao cinema em geral, elementos como o closes dramáticos e travellings além de técnicas de camêra, que seriam utilizadas nos vindouros filmes de ação, como ação paralela e alternância de sequencias. Outra contribuição de Griffith para o cinema foi a introdução de uma trilha sonora orquestrada em sua obra.

Dividido em duas partes, a primeira metade do filme começa antes da guerra civil americana utilizando o início da escravidão na américa como plano de fundo para apresentação das famílias as quais a história do filme gira em torno. A segunda parte mostra a reconstrução do país, retratando os escravos e aqueles que os defendem como responsáveis pela degradação da nação, ao mesmo tempo que mostra a ascensão da Ku Klunx Klan e apresentando seus membros como heróis do filme e mesmo o fato do diretor introduzir uma história de romance em meio a guerra racial é ao mesmo tempo audacioso e confuso, pra não dizer perturbador.

Em 2016 um filme com o mesmo título chegou aos cinemas, mas com um enredo totalmente diferente, baseado na história de Nut Turner um homem escravizado que liderou uma rebelião de escravos no Condado de Southampton, Virgínia, em 1831.

 

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