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Geek and Game Rio Festival 2017. Tudo sobre esse evento!

Geek and Game Rio Festival 2017. Tudo sobre esse evento!
  • Publicado em: maio 2, 2017

Geek and Game Rio Festival 2017 foi o maior evento de cultura nerd e geek que ocorreu no Rio de Janeiro. Foram três dias de muita diversão, palestras, presenças ilustres e, principalmente, o encontro de pessoas que amam quadrinhos, cinema, games, livros, cosplay, hot toys e tudo mais que faz parte do universo nerd.

E quais foram os diferenciais desta edição quando comparada aos outros eventos similares que já ocorreram no Rio? Simples. A GGRF acumulou tudo que um nerd ou geek curte em um mesmo lugar. Mais do que isso, foram três dias onde famílias e pessoas de todas as idades puderam se reunir de forma agradável e segura. Alguns pequenos problemas ocorreram (e serão citados), porém nada que diminuísse a importância desse evento.

O começo a da jornada.

A convite do NoSet, fui enviado como correspondente do site para fazer a cobertura da GGRF. Estive no primeiro e último dias (sexta e domingo) e fiquei surpreso com o resultado positivo do Festival.

Mas, apesar disso, há um ponto muito complicado que não esteve no planejamento – ao menos aparentemente – dos organizadores: o local. O Riocentro é um centro de convenções tão grande que coube dois eventos no mesmo período (o outro era a Expo Noivas). Lá eu já participei também do LAAD (Latin America Aerospace and Defence), mas é fato que o acesso ao local ainda é complicado. A dificuldade aumento por causa do final de semana prolongado que abrangeu um feriado, o que resultou na saída de muitos nerds do Rio de Janeiro, além da diminuição do número de transportes públicos. Como sugestão, eventos como a CCXP disponibilizam transporte de locais estratégicos (a rodoviária do Jabaquara em SP) até a feira ou evento. No Rio de Janeiro, a sugestão seria colocar ônibus e vans nos terminais Jardim Oceânico (metrô) e Alvorada (BRT).

Moro relativamente próximo ao local, mas o acesso para moradores da Baixada e outras localidades da área urbana do RJ ainda é bem complicado.

Chegando lá…

Após uma árdua jornada até a Montanha da Perdição na incessante busca da destruição do Um Anel, finalmente chegamos (estava acompanhado pelos amigos dos sites EpicGeek , Minha Vida Geek e Megadriveanos) ao Riocentro. E valeu muito o esforço!

A GGRF já recebia seus visitantes com classe e estilo. Carros (no estilo de carrinhos de golfe) transportavam os visitantes ao evento. O acesso ao local foi muito rápido para nós da Imprensa e até a aquisição na hora dos ingressos estava bem facilitada.

Por falar em imprensa, não pensem que nós tínhamos alguma regalia quando comparados aos demais participantes. A Game and Geek foi bem democrática no que diz respeito ao acesso aos produtos e eventos programados. Até mesmo o acesso às palestras era permitido a todos com apenas alguns lugares reservados para visitantes mais ilustres e algumas mídias de maior porte (como a Record). Isso, contudo, não foge à regra de outras convenções.

Sexta-feira…

A sexta-feira foi um dia legal onde tive a oportunidade de fotografar muito e assistir – sem tanta pressão – as palestras e o concurso de cosplays. Junto com meu amigo Daniel Justino, vasculhamos ponto a ponto da convenção. As descobertas foram bem agradáveis: estandes dos mais variados, espaço para jogos de tabuleiro e RPG, Gamer Stadium, várias editoras presentes, divulgação do filme Alien Covenant e muito mais.

O ponto positivo ficou por conta de uma loja das Americanas que serviu como ponto de apoio para a galera que quis economizar com comida fazendo um pequeno lanche, já que os preços na praça de alimentação estavam bem salgados. Como esse é meu primeiro evento como imprensa, estava bem despreparado para a maratona de horas a fio registrando cada detalhe. Isso, contudo, não se repetiu no domingo.

Assistimos uma palestra que se destacou muito por conta das presença de David Lloyd e Zangado. O trabalho de David eu já conhecia há anos, sem me limitar ao clássico “V de Vingança”. Já o Zangado me surpreendeu positivamente por sua postura contestadora sobre os atuais produtores de conteúdo na web, principalmente os YouTubers que crescem com material descartável. Outra palestra sensacional foi com o criador de games Tim Schafer, responsável por Grim Fandando, Full Throttle, Psychonauts e outros, cujo final foi a assinatura de alguns games da época, incluindo o de um amigo nosso que também estava a trabalho na GGRF.

Vimos vários cosplays de qualidade, conhecemos alguns produtores de conteúdo e conversamos com muitos expositores. O estande da Bandai-Namco disponibilizou várias máquinas para jogarmos. Óbvio que aproveitei para bater umas partidas de Tekken 7 com o amigo Daniel e outros adversários. Apelação total do meu lado ao usar Jack-7… why not? Estandes da X-Box estavam a postos para quem quisesse jogar.

Conhecemos também os representantes do The Gift Box, buscamos e encontramos o Wally e degustamos um pastel com caldo de cana (sim, também tinha essa opção bem acessível para quem estava com fome).

Na área reservada para o Crunchyroll, fiz uma assinatura trial de 14 dias e ganhei um pôster de Naruto. Aliás, desde quebra-cabeça até pôsteres, foram muitos os brindes, algo que todos esperam.

Domingo…

Domingo eu não fui ao Maracanã… preferi estar ao lado da galera do MRG, dos parceiros do Coxinha Nerd que foram imprescindíveis ao sucesso do espaço para crianças Little Heroes, um dos destaques da GGRF para os pequeninos.

Logo cedo as equipes partiram para fazer suas matérias. Eu, representando o NoSet, fui em busca do meu troféu nesse Festival: o autógrafo e o desenho em minha edição de “V de Vingança” feitos pelo próprio David Lloyd. Fui recebido com muita atenção por parte do desenhista, sempre simpático e solícito. Obviamente que lhe dei os parabéns por suas artes e, mais óbvio ainda, tirei minha foto ao lado do consagrado artista. Meu sorriso não deixa esconder a alegria do momento.

Já conhecedor do espaço e dos estandes e eventos existentes, parti para conhecer melhor alguns estandes da GGRF. Sou colecionador de quadrinhos e esperava encontrar preços acessíveis nos mangás e comics em geral, mas a verdade é que os valores estavam exatamente iguais aos das livrarias e bancas. Como sempre que possível compro com desconto pela web, não iria gastar só para dizer que comprei algo por lá.

Passei pelo estande da Action, especializada em Hot Toys e Estátuas de personagens dos quadrinhos e games. Apesar de alguns produtos até acessíveis, a maioria das estatuetas de luxo variavam entre 1.400 e 3.400 reais, bem distante da realidade da maioria dos brasileiros. Valeu a oportunidade de ver de perto essas verdadeiras obras de arte.

Assisti a uma única palestra com a galera do MRG, Cinema com Rapadura e 99 Vidas. Ao invés de uma conversa mais séria – algo impensável – , tivemos um verdadeiro show de stand-up com essa galera sensacional de podcasters. Eles marcaram o domingo na Hiker Station.

A melhor surpresa nesta primeira edição da GGRF foi a presença de muitas crianças. Na verdade, famílias inteiras fizeram questão de curtir juntas tudo o que rolou na Geek and Game. A maior comprovação disso está não só no número grande de pais e filhos, mas em um cosplay sensacional da Família Addams feito por uma família composta pelo pai, a esposa, o filho e a filhinha ainda bebê. Incrível.

Quanto à versão da GGRF da Artist´s Alley, a chamada Art Way, o que peço para a próxima edição é apenas um pouco mais de atenção e divulgação aos artistas. Eram poucos expondo suas artes e projetos e, com exceção de David Lloyd, os demais não tiveram a devida divulgação para o público presente. Caso o pessoal do som ou até no telão do Hiker Station houvesse dado mais atenção a eles, creio que as vendas e a divulgação de seus trabalhos seriam bem mais proveitosas. Infelizmente isso é algo crônico em convenções, pois o mesmo ocorreu nas edições da CCXP e outros eventos similares. Uma dica de investimento que vale a pena é para a galera da RiscoHQ que está com um projeto novo no Catarse. Colaborem!

Por fim, antes de partir da GGRF, tive o prazer de encontrar o casal de amigos Ana Cristina Rodrigues (autora de Anacrônicas) e o ilustrador Estevão Ribeiro (Os Passarinhos), agora responsáveis pela Aquário Editorial. Aproveitei para adquirir algumas de suas obras e prestigiar, como sempre, o autor nacional. Sucesso a vocês!!!

Para fechar com chave de ouro, uma galeria com mais fotos do GRRF e também o vídeo que nós (NoSet, Minha Vida Geek e EpicGeek) fizemos para comentar o fim dessa primeira edição. Espero que gostem!

 

Written By
Franz Lima

Escritor de contos de terror e thrillers psicológicos, desenhista e leitor ávido por livros e quadrinhos. Escrever é um constante ato de aprendizado. Escrevo também no www.apogeudoabismo.blogspot.com

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