Crítica: Kingsman – O Círculo Dourado (2017) | Aquela sequência que compensa ser conferida nas telonas!

Em meados de 2015, surgira um filme que, até então, era descrito como uma obra-prima que revolucionaria os filmes de ação com/ sobre espiões. Logo, o seu sucesso foi tanto que, 2 anos depois, eis que a sua continuação finalmente é lançada. Estamos falando de ninguém mais, ninguém menos, que Kingsman: O Círculo Dourado. O longa, dirigido por Matthew Vaughn (X-Men: Primeira Classe), mesmo cineasta do anterior, chega essa semana em circuito brasileiro e conta com um elenco reforçado, que inclui nomes como Colin Firth, Julianne Moore, Mark Strong, Jeff Bridges, Channing Tatum e Halle Berry. Será que essa sequência mantém o mesmo nível de qualidade ou de fato supera o primeiro? Basta continuar comigo e descobrir adiante!

Na trama, um súbito e grandioso ataque de mísseis praticamente elimina a Kingsman, que conta apenas com Eggsy e Merlin como remanescentes. Em busca de ajuda, eles partem para os Estados Unidos à procura da Statesman, uma Organização Secreta de espionagem onde trabalham os agentes Tequila, Whiskey, Champagne e Ginger. Juntos, eles precisam unir forças contra a grande responsável pelo ataque: Poppy, a maior traficante de drogas da atualidade, que elabora um plano para sair do anonimato.

Lembro-me até hoje de quando conferi o 1º, que havia estreado em Março de 2015. Só de ter visto o trailer (de ambos), minha expectativa estava deveras alta, e felizmente, saí da sala extasiado, tanto naquela época quanto dessa vez. E é claro que o grau de violência gratuita contido em meio aos instantes de ação (o que, sem dúvida alguma, me deixaram impressionado) era relativamente altíssimo, mas, de certa forma, tudo isso se aplicava ao contexto, visto que quando se trata de espionagem, tais partes violentas são de fato necessárias – convenhamos: nenhum agente secreto entra numa briga com seus adversários sem sujar as mãos – e exageros como estes têm mais chance de não incomodar a todos os espectadores do que causar um desconforto indesejável. Inclusive, no que condiz com a minha visão, o aspecto mais voltado à comicidade, inserido nos combates entre os personagens, não tem porque ser considerado uma falha propriamente dita. Justo pelo contrário, são eles que levantam o astral da película, e garantem boas impressões para um dito filme de ação moderna, cuja diversão é descompromissada igual ao seu antecessor.

Falando do elenco (que aliás é o ponto forte do longa), temos atores de peso, que com certeza foram devidamente escolhidos e souberam desempenhar perfeitamente seus icônicos figurantes. Começando por aqueles que retornam nesta segunda parte: tivemos Taron Egerton (Voando Alto) como o protagonista Eggsy, cuja performance em cena impressiona desde a sequência inicial (cujos takes de câmera em slow motion estão fantásticos, por sinal); o carismático Mark Strong (Sherlock Holmes) como Merlin, que rouba a cena a todo o momento e ganha maior ênfase durante a trama (algo em torno de 2 horas e 15 minutos, porém que passam voando, visto que de tão animal que o filme é, o espectador fica atento do começo ao fim dele); o talentoso Colin Firth (O Discurso do Rei), na pele de Harry Hart (agente Galahad), que, por incrível que pareça, ainda está vivo. Mas não se engane, ele não é a mesma pessoa de antes; pelo menos, não a curto prazo. Os demais que reprisam seus papéis são Sophie Cookson (Gypsy) como Roxy, Hanna Alström (Princesa Tilde), e Edward Holcroft (Charlie Hesketh). Quanto aos novos rostos, contamos com a presença de Channing Tatum (Querido John), como Tequila, Halle Berry (O Sequestro) como Ginger, Pedro Pascal (A Grande Muralha) como Jack Daniels/Whiskey, Jeff Bridges (O Doador de Memórias) como Champagne e até Elton John, que em conjunto, possuem nomes bem sugestivos, e renderam uma obra com toques sutis de humor inteligente.

E não poderia deixar de citar a sempre ótima Julianne Moore (Sem Escalas), mas que aqui ficou devendo um pouco como Poppy, pois a sua atuação exigia certa seriedade, segurança e maldade na construção de sua personagem, porém a atriz mais faz caras e bocas suspeitas sem sal do que realmente atua, por assim dizer (vide a mórbida cena do hambúrguer, onde é impossível não lembrar do 1º filme, quando o hilário Samuel L. Jackson come um Big Mac do McDonald’s). Além disso, obviamente que ocorreu um embate final que faz jus à sua conclusão. No entanto, tal luta não se dá especificamente entre mocinho X e vilão Y, e sim com quem menos se espera, alguém que gera um revertério no enredo e não passa de um traidor(a), colocando praticamente tudo em risco.

Em síntese, vale ressaltar que, baseado nos aspectos mencionados acima, Kingsman: O Círculo Dourado é um filme perfeito, em todos os aspectos possíveis (roteiro bem bolado, fotografia incrível, trilha sonora excepcional, astros renomados e um CGI caprichadíssimo), superando, assim, o primeiro filme, e, sem sombra de dúvidas, merece ser visto nas telonas. Meus parabéns a toda a produção envolvida, pois o diretor nos deixa diante de um entretenimento de qualidade, com uma comédia que presta e funciona. Portanto, confira-o sem pretensões posteriores (e de preferência, em IMAX), no que diz respeito em levar tudo o que é mostrado a sério (apesar dos gêneros serem tanto ação e aventura como comédia), desligando, assim, o seu lado cinéfilo mais exigente e, por conseguinte, melhorando a sua experiência dentro das salas de cinema. Recomendado!

Título Original: Kingsman – The Golden Circle
Direção: Matthew Vaughn
Duração: 141 minutos
Nota:

Veja o trailer:

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