Creed II: sequência complementa e supera o primeiro filme.

Creed II chega aos cinemas trazendo a sequência da história de Adonis Creed, que agora já é um lutador consagrado e conhecido. O longa dirigido por Steven Caple Jr., e escrito por Sylvester Stallone e Taylor a partir de uma história de Sascha Penn e Cheo Hodari Coker.

Um dos primeiros pontos que podem ser destacados nesse roteiro é que o personagem ‘Rocky Balboa’ ganha mais destaque dentro da trama, com grande maestria já que o foco central ainda está na vida de Creed. Os detalhes e semelhanças com ambas as histórias ficam visível, mesmo que para fins diferentes os dois entram no ringue para seguir a vida. A pergunta que roda o roteiro, o “porquê” de Adônis estar lutando ou “para quem”, segue guiando a história muito bem trabalho, fechado, cheio de grandes diálogos inspiradores.

Movimentações de câmeras, principalmente em cenas dentro do ringue, farão com que os espectadores se sintam lá dentro e caindo junto do lutador. A direção aparenta querer seguir uma linha linear, mostrando que tanto os momentos com mais conversas, treinos e lutas, tenham a mesma importância. Entretanto fica quase impossível não se animar mais em cenas lotadas de adrenalina. Grande parte de toda essa euforia também se dá pela brilhante atuação do Michael B. Jordan, que já desde o primeiro filme confirmou ter sido a melhor escolha para o papel. Nesta sequência o ator consegue ser ainda mais profundo e completo no papel. Aos grandes fãs de Sylvester Stallone, irão notar nada mudou, Rocky Balboa já está tão penetrado na sua carreira, que nada o faz sair do papel, nem mesmo fazer, ou apresentar algo desagradável aos olhos do público.
O ator Dolph Lundgren que voltou como Ivan Drago, parece realmente ter continuado no papel, já que ele trouxe uma atuação tão boa quanto nos anos 80. Infelizmente o seu papel e do seu filho Viktor, interpretado por Florian Monteanu, um boxeador romeno, acabam não ganhando muito destaque e viram apenas vilões que podem ou não (sem spoiler) ganhar a redenção.

Nostalgia à parte, a trilha musical faz grande sucesso e dá vontade de baixar nas plataformas digitais. Às músicas ficam muito sincronizadas com todos os momentos, destacando o ‘show’ a parte quando Tessa Thompson em seu primeiro papel como Bianca, solta a voz e deixa todo mundo arrebatado pelo vozeirão.

Creed II entra para a lista das sequências que, mesmo não tendo necessidade de existir, são extremamente bem produzidas e tão boas ou até melhores que a original.

 

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