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FILMES CRÍTICAS

O Corvo: The Crown – HQs, Cinema e Série de TV

O Corvo: The Crown – HQs, Cinema e Série de TV
  • Publicado em: junho 17, 2016

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de mais um personagem dark que eu adoro e suas franquias. 

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The Crow (HQs): The Crow é o personagem principal de HQ criada por James O’Barr, que após uma tragédia familiar, se torna um ser sombrio que tenta pegar os culpados e salvar os injustiçados, ou algo assim, dependendo da versão e adaptação.

Em 1978, a namorada de James foi atropelada por um motorista bêbado. Após o ocorrido, James, o criador do personagem, perdeu o controle de sua vida e acabou se alistando no exército, sendo enviado para servir na Alemanha. Foi lá que, nas horas vagas, escreveu e desenhou as primeiras quarenta páginas de O Corvo em 1981. Sua tristeza e revolta com a morte da namorada deram o tom violento e melancólico ao personagem, sempre envolto na escuridão, com um corpo branco como um defunto e sempre acompanhado de um corvo.

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O Corvo (1994): Direção Alex Proyas, roteiro David J. Schow e John Shirley, elenco Brandon Lee, Rochelle Davis, Sofia Shinas, Ernie Hudson, Michael Wincott e Tony Todd. O Corvo é uma adaptação cinematográfica da HQ de James O’Barr.

Enredo: Eric Draven e sua noiva Shelly são brutalmente assassinados na Noite do Demônio (Devil’s Night), a noite que precede o Halloween. Um ano depois, Eric volta do mundo dos mortos guiado por um corvo. Inicialmente sem lembranças do ocorrido, volta ao seu antigo loft onde recobra as memórias e a dor da morte. Eric pinta em seu rosto os traços de um palhaço feliz e distorcido e inicia uma caçada para vingar-se de seus assassinos.

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A Morte de Brandon Lee: A realização deste filme foi marcada pela morte de Brandon Lee, filho de Bruce Lee. Uma das cenas rodadas para o filme requeria que uma arma fosse carregada, engatilhada e apontada para a câmera mas, por causa da curta distância do take, a munição carregada era de verdade mas sem pólvora. Após a realização desta cena, o assistente do armeiro limpou a arma para retirar as cápsulas, derrubando um dos projéteis no cano. A cena seguinte a ser filmada envolvendo aquela arma era o estupro de Shelly, sendo que a arma foi carregada com festim, que normalmente tem duas ou três vezes mais pólvora do que um projétil normal, para fazer um barulho alto. Lee entrou no set carregando uma sacola de supermercado contendo um saco de sangue explosivo. No roteiro constava que Funboy deveria atirar em Eric Draven quando ele entrasse na sala, estourando o saco de sangue. O projétil que estava preso no cano foi disparado em Lee através da sacola que ele carregava, matando-o. O filme foi Indicado nas categorias de Melhor Ator (Brandon Lee) e Melhor Filme.

Crítica: Com um Que de Sandman de Neil Gaiman nos trejeitos e o Coringa de Alan Moore na pintura do rosto, O Corvo é uma das melhores adaptações de baixo custo para o cinema de uma HQ da década de 90, com seu cenário gótico lembrando também o Cult filme Anjos Rebeldes. Brandon Lee começava a despertar seu talento para atuar, após o bom filme O Massacre do Bairro Japonês (1991), Lee já começava a despertar os fãs pelo seu talento e não apenas por ser filho do mito Bruce Lee. Brandon mesmo dizia em entrevistas rindo que o lutador da família era seu pai e que ele apenas era um ator que sabia posar bem para as câmeras, mas a comparação para ele era uma honra. Lee foi indicado ao Oscar póstumo, assim como Hudge Lether com seu Coringa, mas não posso negar que o bom trabalho vem também do ótimo diretor Alex Proyas que apesar dos poucos filmes, tem um impressionante currículo com Cidade das Sombras (1998), Eu, O Robo (2004) e O Presságio (2009). A química diretor e ator foi sensacional e o filme com um baixíssimo orçamento foi de US$ 6 milhões, arrecadou nada menos que US$ 94 milhões nas bilheterias mundiais.

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Curiosidade: As filmagens foram interrompidas perto da conclusão devido ao acidente que matou Brandon Lee, que interpretava o protagonista Eric Draven. Apenas após um acordo com a família do ator, o filme foi concluído e lançado. A cena da morte de Brandon Lee foi incluída na edição final do filme, mas não foi revelado ao grande público qual era essa cena na época do lançamento, o que gerou inúmeras especulações a respeito. Apenas vários anos após o filme ter entrado no circuito comercial, o ator Michael Massee, que interpretou Funboy, revelou em uma entrevista que fora ele que, sem saber, disparara a bala que encerrou a vida de Brandon, na cena em que Eric e Funboy se confrontam. O personagem Eric Draven foi oferecido aos atores River Phoenix e Christian Slater antes da contratação de Brandon Lee para o papel. A personagem Shelly chegou a ser oferecida à atriz Cameron Diaz, que a recusou por não ter gostado do roteiro. O diretor Alex Proyas queria que o cantor Iggy Pop fizesse parte do elenco de O Corvo e tinha até criado um personagem apenas para ele, entretanto, problemas de agenda o impediram, mas ele apareceu na sequência O Corvo: A Cidade dos Anjos (The Crow: City of Angels) de 1996. Os personagens Top Dollar, que é o vilão principal da história, interpretado por Michael Wincott, Myca e Grange não são chamados por seus nomes uma vez sequer durante o filme inteiro. Só é possível saber dos nomes desses personagens nos créditos finais. O poema que Eric Draven recita quando entra na loja de Gideon é “The Raven”, de Edgar Allan Poe. Na versão australiana de O Corvo todas as referência à palavra “fuck” foram retiradas do filme. A pintura no rosto de Eric inspirou a máscara utilizada pelo guitarrista da banda Slipknot, James Root, também inspirou a maquiagem do wrestler Sting, da WCW, TNA e atualmente WWE e a do personagem Johan de Corvo da anime Saint Seiya Omega.

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O Corvo – A Cidade dos Anjos (1996): Direção Tim Pope, roteiro David S. Goyer, baseado nas HQs de James O’Barr, elenco Vincent Perez, Mia Kirshner, Richard Brooks, Iggy Pop e Thomas Jane. O Corvo – A Cidade dos Anjos é a sequencia direta do filme O Corvo.

Sinopse: O filme conta a história de Ashe Corven que reencarnou para vingar sua própria morte e de seu filho. Eles foram assassinados cruelmente por uma gangue ligada ao tráfico de drogas liderada pelo sádico e poderoso Judah Earl após serem testemunhas de um assassinato.

Crítica: Com quase a mesma história, mas com elenco diferente, o novo Corvo tem como missão agora vingar seu filho morto. O filme não empolga tanto, muito mais por ser morno do que por causa do elenco. Tim Pope é mais conhecido por ser um diretor de clips musicais de artistas góticos como Iggy Pop, The Cure e David Bowie, mas este talento musical desapareceu em um filme longo, que não empolga e quase sem vida. A repetição da formula não funcionou muito pela falta de química do elenco e do roteiro. No elenco o bom ator Vincent Perez (Rainha dos Condenados) não consegue manter o ritmo e o filme fica nisso, apesar do orçamento baixo de US$ 13 milhões e a aposta em games para vários consoles, fica longe da bilheteria do seu antecessor.

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O Corvo: A Salvação (2000): Direção Bharat Nalluri, roteiro David J. Schow e John Shirley, elenco Eric Mabius, Kirsten Dunst, Jodi Lyn O’Keefe, Fred Ward, William Atherton, Dale Midkiff, Bill Mondy, Walton Goggins e Tim DeKay.

Sinopse: Alex Corvis é um jovem injustamente condenado à cadeira elétrica pelo brutal assassinato de Lauren, sua namorada. Misteriosamente, na mesma noite de sua execução, testemunhas do caso começam a morrer. Pelo poder mágico do corvo, Corvis retornou do mundo dos mortos para vingar a morte de Lauren e limpar seu nome.

Crítica: A mesma coisa de sempre. O diretor Bharat Nalluri conta a história e bla bla bla, bla bla bla bla, bla bla bla, salvar a alma e da mocinha, bla bla bla, bla bla bla e tem um Corvo no filme também. Com um péssimo elenco incluindo Eric Mabius de séries como Betty A Feia (é sério!!!) e Kirsten Dunst da trilogia do Homem Aranha (nossa eterna Mary Jane) não dá para esperar muito.

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O Corvo: A Vingança Maldita (2005): Direção Lance Mungia, roteiro Norman Partridge e Lance Mungia, elenco Edward Furlong, David Boreanaz, Tara Reid, Emmanuelle Chriqui, Tito Ortiz, Marcus Chong e Danny Trejo.

Enredo: Desta vez, Jimy Cuervo, um jovem que é menosprezado em sua cidade planeja ir embora com a namorada. Ambos veem seus planos interrompidos após serem assassinados pelos Quatro Cavaleiros do Apocalipse, um grupo satânico liderado por Luc Crash e Lola Byrne. Alimentado por um incontrolável desejo de vingança, Jimmy reencarna como “O Corvo” para dessa forma poder confrontar o grupo em uma batalha na qual somente um sairá vencedor. A história é baseada no livro de mesmo nome, escrito por Norman Partridge.

Crítica: Um filme que inclui um elenco com Edward Furlong (Exterminador do Futuro 2), David Boreanaz (da série Angel) e Tara Reid (Sharknado), do diretor Lance Mungia (quem????), você realmente esperava algum clássico? Mas tem Danny Trejo (Um Drink no Inferno), nosso ator mexicano de filmes B preferido que talvez ajude a digestão do filme.

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The Crow: Stairway to Heaven (Série de TV – 1999): Criado por Bryce Zabel, roteiro Brent V. Friedman, Naomi Janzen, Peter M. Lenkov, John Turman, dirigido por Scott Williams, estrelando Mark Dacascos, Kadeem Hardison e Katie Stuart, narrado por Mark Dacascos e Sabine Karsenti. The Crow: Stairway to Heaven é uma série canadense de TV composta de 1 temporada com 22 episódios.

Sinopse: Exatamente um ano depois de ser brutalmente assassinado, músico de rock Eric Draven retorna à Terra, em busca de uma maneira de corrigir a injustiça e se reunir com sua alma gêmea desaparecida.

Curiosidades: A produção foi ao redor de Vancouver , British Columbia , que na série foi nomeada Porto Columbia. Várias cenas foram filmadas dentro dos andares superiores da torre Sun , e ao Museu BC de Mineração em Britannia Beach. Uma explosão de efeitos especiais foi mal durante as filmagens, quando dublê Marc Akerstream foi atingido na cabeça e morto por estilhaços. Apesar de críticas positivas e as avaliações decentes, a série foi cancelada após uma temporada em junho de 1999, quando Polygram foi vendida para a Universal , que decidiu não continuar Stairway to Heaven. Os produtores planejavam fazer um novo filme para TV para explicar as principais pontas soltas do episódio final, mas nunca aconteceu. Em 1999 e 2000, a série foi ao ar no Canal Sci-Fi nos Estados Unidos e no Reino Unido e em 2010 pela CBS do Reino Unido.

 

Ilustrações que abrem o artigo por Rodney Buchemi.

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Written By
Marcelo Moura

Moura gosta de Cinema, Tv, Livros, Games, Shows e HQ´s, do moderno ao Cult. Se diverte com o Trash, Clássico e Capitalista. e um pouco de tudo isso você vai encontrar aqui. Muitos dizem que quem escreve é a sua esposa ou mesmo seus três filhos. É ler para crer....

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