Cheguei a um ponto da vida onde não dá mais para ser democrático ou tolerante, principalmente diante das calamidades provocadas pela imprudência, desrespeito e irresponsabilidade das pessoas. Honestamente, não há como sentir pena de um cidadão honesto e trabalhador que, motivado pelo álcool, mata. Por melhor que o indivíduo seja, sua irresponsabilidade gerou a perda de uma vida e isso não pode passar em branco. Quem perde um parente ou amigo sabe a dor provocada. Não há retorno para a morte, mas a justiça para quem foi o agente causador de tal fato já é um peso a menos nos ombros dos entes queridos.
Cigarro e bebidas… a legalidade que mata.
Agora, antes que alguém diga “e meus direitos, onde ficam?”, vou relembrar que o direito de um cidadão termina onde começa o de outro. Ponto. Que direito você quer? O de ingerir bebidas e perder o controle de suas ações? O direito a pegar um carro e sair sem qualquer controle? O direito de beber até não ter ciência do certo e errado e, por tal motivo, espancar alguém mais fraco? Sim, essas são as situações mais comuns em famílias onde há alcoólatras: violência familiar, abuso, doenças provacadas pelo consumo do álcool, descontrole, brigas e muito mais. Não há o tal do “bebo socialmente”. Quem não bebe socialmente está isolado em um deserto, na floresta ou outro lugar ermo. Todos bebem socialmente e todos pagam por isso.
Estou sendo exagerado?
Admiro o trabalho dos Alcoólicos Anônimos, porém ainda penso em uma sociedade onde não haverá necessidade de tal grupo. Utopia? Talvez… o que não implica em dizer que tal sonho seja menos importante.
Somem os estragos gerais (tratamento, hospitalização, transporte, acidentes, mortes, psicólogos, propagandas…) e verão o tamanho da despesa geral provocada pelo uso de bebidas alcoólicas.
Chega de campanhas milionárias com mensagens leves. Precisamos de atitude, força e determinação para extirpar esse mal. E não me venha dizer que na Holanda e em outros países as coisas fluem diferente, mesmo com total liberdade para usar bebidas e drogas. Lá também morrem pessoas por conta disso e, honestamente, é preciso tomar conta primeiro do seu próprio terreno para – somente – depois cuidar do terreno vizinho. São realidades diferentes. Aliás, quantos holandeses você conhece?
O mesmo que eu disse se aplica também aos cigarros. Outra droga “legal” que mata a longo prazo. Pessoas tem suas expectativas de vida reduzidas, gastam o que não tem e ainda diminuem a qualidade de vida para sustentar um vício. Cigarro e bebida matam, cada um com seu método, mas com eficiência comprovada.
Não há legislação do mundo que me convença que o direito ao uso de tais drogas é lícito, principalmente quando ele tira alimento de mesas, diminui a qualidade de vida, estraçalha famílias, mata pessoas e, em contrapartida, enriquece empresários despreocupados com todas essas desgraças.
A democracia pode ser contrária ao que digo, isso é fato. Contudo, a preservação da vida é favorável às minhas palavras.
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