Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de um dos maiores eventos de todos os tempos, a Comic Con Experience (CCXP) onde Geeks, Nerds e Cosplayers se encontram para confraternizar, conhecer as novas culturas e tendências culturais do universo pop, ou mesmo se divertir muito. A CCXP é um evento brasileiro de cultura pop nos moldes da San Diego Comic-Con cobrindo as principais áreas dessa indústria como games, HQs , filmes e séries para TV. Realizado pela primeira vez em dezembro de 2014 pelas equipes do site Omelete, da Piziitoys e pela agência Chiaroscuro Studios, é considerado o maior evento nerd já organizado no país e a terceira maior Comic Con do mundo em público em 2016.
Comic Con Experience Brasil 2018: Foi um festival daqueles, muita diversão, entretenimento e comida, para toda família. Vi crianças de 2 anos até adultos de 60 anos se divertindo demais em um ambiente gigantesco, harmonioso e muito bem estruturado internamente. Se no Brasil game Show 2018 uma das coisas que me incomodaram foi o alto volume e excesso de sons de todos os lados, se misturando e até ficando confuso como em uma feira, aqui não tive esse problema. Tudo era extremamente equilibrado e tinha todo tipo de entretenimento, de LOL até HQs, tudo estava bem representado. Grandes empresas como a Warner, HBO e a Globo estavam presentes evento demonstrando suas séries, personagens e atores, que tinha desde Maurício de Souza e sua Turma da Mônica, passando por Game of Thrones e seus atores Massie Willians e John Bradley, da DC Comics o personagem Shazam, interpretado pelo ator Zachary Levy, a Marvel com Brie Larson (Miss Marvel) e Sebastian Stan (Bucky), que parecem ter amado o Brasil e demonstrado a força do evento aqui em São Paulo.
É importante dizer que a diferença de língua ou patriotismo é o que menos importa neste tipo de evento e em vários momentos, a emoção dominou todos, não importa se estamos falando dos EUA, Europa ou Japão. Tudo divertidíssimo e altamente empolgante, com segurança e muita organização, novamente internamente. Foram quatro dias mágicos onde os Cosplays novamente roubaram a cena, se transformando em uma atração a parte no evento. Várias Arlequinas, Supermen, Coringas, Gokus, Capitães América e Miss Marvel, entre milhares de outros personagens famosos como a turma da saudosa série de animação da Caverna do Dragão, estavam presentes. Foram dias Mágicos que completam meu ciclo geek de 2018, onde participei dos grandes eventos de São Paulo como Anime Friends, Brasil Game Show e agora Comic Con.
Infelizmente temos alguns pontos negativos a conversar, que são ligados diretamente a estrutura externa do evento. Foram problemas complexos e que provocaram desconforto em muitos fãs, principalmente aqueles com alguma dificuldade de mobilidade. Como fui no primeiro dia, o transito na região do evento estava um caos, principalmente porque só podiam entrar três carros por vez na ponte que levava ao evento, e várias pequenas ruas para acesso que viraram uma teia de aranha. Sei que esse é um problema crítico da região, mas ainda sim, interfere em um evento grandioso. Então, já pensando nisso e como o evento estava marcado para começar as 12h, cheguei na região as 11h da manhã. Foram 90 min de engarrafamento, várias voltas nas pequenas ruas da região que não possui estacionamentos de rua, disputando espaço entre ônibus, pedestres e guardadores de carro de rua, os famosos flanelinhas, para que eu pudesse chegar até o estacionamento, sobre um quente sol da primavera. Tive a sorte de ir para o terraço imediatamente, com isso achando fácil uma vaga, o que não aconteceu com que chegou logo depois.
Continuando minha saga, já bem desgastado, pequei uma fila gigantesca de mais 90 min, onde a organização do evento se desdobrava para entregar as credenciais, sendo que tudo era feito de forma manual e muito confusa. Nem as 20 pessoas destinadas a entrega com mais de 50 caixas numeradas conseguiam se entender, com tantas explicações da forma que foi feito a compra na internet, tudo muito burocrático para evitar roubos. Agora imagine esse caos para as crianças e pessoas com dificuldades, em um ambiente de estacionamento sem o menor conforto, banheiro ou água. Quando achei que meu martírio tinha acabado e eu tinha chegado à terra Prometida, exausto após 3h para conseguir meu ingresso e meu crachá no pescoço, novamente fui surpreendido ao descobrir que a entrada principal ficava do outro lado do estacionamento. Tivemos que caminhar pelo lado externo de todo o pavilhão sobre o sol e calor, para poder entrar no evento. Após tudo, já dentro da maravilhosa estrutura, corri para comer algo e ir ao banheiro, e após quase 4h de martírio, sendo 90 min de pé em uma fila, pude começar a aproveitar o evento. Não sei como foi sua experiência de entrada, e sei que todo esse esforço valeu muito a pena, mas posso dizer que sofri junto com crianças nas filas, com cosplays que por acaso, resolveram ir já vestidos para o evento, como um Batman com uma malha grossa, ao meu lado. É algo a se pensar muito em um próximo evento.