Inspirada em sua vivência nos tribunais, Andréa Pachá conta os mais diversos dramas familiares com seu estilo sensível e poético
As crônicas reunidas em A vida não é justa fazem refletir acerca de situações em que é difícil definir o responsável — casais que testemunham, impotentes, o fim da própria relação e a partilha de bens quando não há mais amor a ser dividido são alguns dos cenários tortuosos explorados pela escritora. Pachá é generosa ao apresentar os dilemas de seus personagens. Suas crônicas recheadas de dor e alegria, amor e desamor, inícios, recomeços e fins dialogam com os sentimentos mais íntimos de qualquer um.
A obra — que em 2016 inspirou a série Segredos de Justiça, do Fantástico, estrelada por Glória Pires — publicada originalmente em 2012. Relançada agora pela Intrínseca, ganha nova capa e projeto gráfico, além de apresentação inédita da autora. Nas palavras de Zuenir Ventura, Pachá se revela no livro como uma “sensível cronista, capaz de descrever o que se passa dentro dos personagens, mais do que em volta, e em cujos textos a realidade é tratada como se fosse ficção, misturando riso e pranto, desalento, esperança e um discreto humor”.
ANDRÉA PACHÁ é escritora e juíza. Foi conselheira do Conselho Nacional de Justiça responsável pela criação do Cadastro Nacional de Adoção e pela implantação das Varas de Violência Doméstica em todo o país. Antes da magistratura, integrou um grupo de dramaturgia e foi produtora de teatro. É colunista do jornal O Globo e comentarista da rádio CBN. Além de A vida não é justa, é autora de Velhos são os outros (2018), também publicado pela Intrínseca, e de Segredo de Justiça (2014).