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NoSet na CCXP 2016 – Eu fui!

NoSet na CCXP 2016 – Eu fui!
  • Publicado em: dezembro 6, 2016

COMIC-CON! O maior evento NERD do planeta! Idealizado e consolidado em San Diego e realizado em diversas partes do mundo, chegou ao Brasil com o nome CCXP – Comic Con Experience, e realizou a sua 3ª edição de 1 a 4 de dezembro no São Paulo Expo, chegando ao status de maior evento da área da América Latina. A CCXP reuniu milhares de fãs e profissionais de quadrinhos, cinema, TV, games, anime, RPG, colecionáveis e curiosos para conhecerem as últimas novidades em uma grande celebração da cultura pop.

Quem acompanha o NoSet, ou qualquer outro veículo de comunicação da área, certamente viu sobre as atrações, artistas, lançamentos dos estúdios e a programação geral. Então o NoSeTour de hoje vai falar sobre como foi a minha experiência na CCXP2016, o primeiro evento desse porte que tive a oportunidade de participar. Será um relato bem sincero e pessoal sobre tudo o que vi, passei e acompanhei durante os 4 dias de evento.

A primeira coisa que você deve fazer é: se você está certo que vai poder ir, compre seus ingressos no primeiro lote, já que sai bem mais barato. Comprei ingressos para os 4 dias pelo preço que estavam vendendo por um único dia durante o evento. Portanto se programe, marque suas férias para essa data, estude para não ficar em recuperação, tire uma licença, mas esteja livre no período do evento. Para 2017, a data já foi informada (será de 7 a 10 de dezembro em São Paulo e teremos uma edição Nordeste em Recife de 13 a 16 de abril).

Não adianta esperar a programação para se decidir qual o melhor dia. A programação oficial só sai na semana do evento. Conflitos de agenda, cancelamentos, mudanças de data, remarcações de voo, e até mesmo por confirmação de atrações na última hora (os organizadores costumam passar meses em negociação com a assessoria dos artistas), é muito difícil divulgar com antecedência o que vai acontecer. Faltando alguns meses ou semanas para iniciar a CCXP, eles começam a divulgar com mais frequência os artistas e convidados especiais, e em quais dias eles irão aparecer.

Em outros casos, cabe ao estúdio fazer e divulgar sua programação por conta própria, e aí eles levam quem eles querem. Então, não adianta reclamar.

Se você só pode ir em um dia específico, vá e aproveite. Se puder ir em todos, melhor ainda. Se for depender da confirmação de alguma celebridade para se decidir se e quando vai, isso pode te custar muito mais caro. Mas confiem na organização, eles sempre se esforçam para trazer gente “de peso” todos os dias (e, deixando bem claro, eu não conheço ninguém do Omelete – se alguém de lá ler isso, muito prazer! – e não tenho a menor obrigação de ficar elogiando ninguém. Portanto, tenham certeza que tudo que estou escrevendo é realmente a minha opinião).

Outro fato. São 3 auditórios, mais de 140 stands, 3 praças de alimentação, cosplays pra todo lado, cabines para fotos e autógrafos com os artistas, entre outras coisas. A não ser que você tenha condi$ões de comprar o ingresso full / unlock experience, por cerca de R$6.000,00, que vai te proporcionar “zerar a comic-con”, já te adianto que você não vai conseguir fazer tudo. Aliás, será uma das decisões mais difíceis da sua vida nerd: “o que fazer?” É muita opção, tudo ao mesmo tempo, e você tem que dar prioridade ao que você realmente quer lá, senão corre o risco de correr de um lado para o outro, não fazer nada direito e não aproveitar o seu dia. Sabendo se organizar, você vai se divertir e aproveitar MUITO!


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Como foi minha primeira vez lá, não posso opinar sobre o que melhorou ou piorou. E também não tinha noção de organização/planejamento. Então meu primeiro dia poderia ter sido mais otimizado. Apesar de ter comprado ingressos para os 4 dias, fui informado pela direção geral do NoSet que conseguimos uma credencial de imprensa para os dois primeiros dias. E eu não fazia a menor ideia do que fazer com essa nova condição, então fui lá como um perfeito calouro.

Como ainda somo um site em crescimento, nossa credencial de imprensa era para acesso simples (tinha uma galera de crachá vermelho que podia fazer tudo, o que obviamente não foi meu caso). Eu queria muito cobrir o painel do Vin Diesel e da Natalie Dormer, mas ficamos de fora. Mas, apesar de uma pontinha de frustração, eu entendo. Conversei com a assessoria da HBO (muito simpáticos, por sinal), que me explicaram que eles fizeram o convite para participar da coletiva a todos os veículos de comunicação que cobrem esse assunto. Eles tinham 70 convites, e mais de 200 responderam. Então é claro que eles iriam optar pelo canais mais conhecidos. Reclamar? De forma alguma, isso é motivação para trabalharmos ainda mais para um dia alcançar passos maiores.

Outra dica: leve água, biscoito, barra de cereal e o que mais puder levar. A praça de alimentação estava sortida, mas absurdamente abusiva, com preços exorbitantes.

Já que não rolou o painel, aproveitei meu primeiro dia para rodar o pavilhão. Eu devo ter andado aquilo tudo de uma ponta a outra umas 30 vezes! E, ao final do dia, quando fui ler alguns artigos e ver fotos compartilhadas nas redes sociais, me dei conta que ficou muita coisa boa de fora. Então fica a dica 2: estude bem o mapa do pavilhão e a programação (disponíveis impressas, pelo site e por um app para dispositivos móveis). A palavra de ordem seria foco!

Ainda falando dos painéis e artistas, essa parte foi a que eu mais li reclamações a respeito. Mas o que aconteceu aqui em SP, acontece em todas as COMIC-CON no mundo. Quem compra o ingresso (novamente, com exceção dos “full”), tem direito a tudo por igual. Você não compra a entrada para um painel, não existe uma distribuição de fichas, sorteio de senhas ou qualquer outra forma de entrada. É tudo por ordem de chegada. Então, parafraseando o slogan do evento, as filas são Épicas! Se você quer muito entrar no auditório e assistir o painel com um determinado artista, chegue cedo. Bem cedo! Tinha gente que chegou no dia anterior e dormiu na fila. E quem entra, raramente sai. Lotou o auditório, você fica parado na fila e só entra se alguém sair.

E outra coisa, tirando a galera com acesso especial, imprensa e público geral ficam na mesma fila (pelo menos foi isso que me relataram quando peguei minha credencial). Nada de privilégios. Enquanto não inventarem outra forma de distribuição de vagas para os auditórios, é assim que funciona. Se você não conseguir entrar no auditório, ainda tem outras formas de ver sua celebridade favorita. Pode ficar de plantão no corredor que dá acesso às cabines de fotos e autógrafos, ficar próximo ao tapete vermelho ou perto do stand do Omelete, que é todo de vidro e todos passam por lá. Ainda corre o risco deles passarem por você nos corredores do evento (cercados de seguranças, claro!). Pode se contentar em assistir o telão mesmo, ou então, o que eu fiz, aproveitar o restante do evento porque não falta o que fazer por lá.

Meu segundo dia serviu para não repetir os erros cometidos. Eu não ia poder madrugar na fila, e estava hospedado a cerca de 1 hora e meia do pavilhão (um adendo – percorri alguns quarteirões a pé, peguei dois metrôs e ônibus com uma mochila nas costas com câmera, lente e filmadora, e foi tudo muito tranquilo. Estou achando que Mossoró está mais perigosa que São Paulo). Primeiramente, percebi que a fila da imprensa era muito menor que a fila geral. Apesar de ambos os portões de entrada abrirem ao mesmo tempo, minha chance aumentava um pouco.

E era meu último dia de crachá de imprensa, então vamos fazer isso valer a pena. Aí aproveitei que ninguém me conhecia mesmo e a vergonha ia ser menor, e saí correndo feito um maluco assim que eu cheguei até a fila do auditório. E deu certo!!! Foi um dia inteiro dedicado aos painéis. Foi legal porque eu consegui saber como é aproveitar o evento das duas formas. Quem acompanha o twitter @noset ou o @leocasillo leu em segunda mão (a primeira mão foi pra quem estava no auditório) tudo sobre os paineis da Sony, Globo e Fox. Nesse dia consegui ver a Milla Jovovich bem de pertinho. Essa foto abaixo fui eu que tirei, e com pouco zoom.

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O terceiro dia foi dedicado em parte para outro auditório, o Ultra. Lá eu vi o mestre Frank Miller, e alguns outros paineis. Depois tentei ir no painel de Sense8 no auditório Prime, mas foi uma fila muito tumultuada, muito desencontro de informações, auditório minúsculo (cerca de 200 lugares), um princípio de confusão, aí resolvi desistir. Não estava lá pra me estressar, mas sim pra me divertir. Então fui fazer uma das melhores coisas do evento. Tirar foto com os cosplayers. No 4o dia, foco apenas no que faltou, já que nem tentei o painel da Netflix, com um monte de atrações e uma fila de mesma proporção. Mas quem chegou cedo e teve foco para o painel não se arrependeu.

Aqui preciso dedicar um parágrafo especial. Cosplayers, vocês são A ALMA desse evento. Seja cosplay ou ‘cospobre’, todos estavam felizes e animados. Um show à parte, um melhor do que o outro. Foram incontáveis arlequinas, heróis, personagens de mangás e RPG’s e outras fantasias mega originais. Eu poderia ter passado o dia inteiro lá interagindo com eles e tirando fotos que já ia valer o ingresso.

Outra dica: leve água, biscoito, barra de cereal e o que mais puder levar. A praça de alimentação estava sortida, mas absurdamente abusiva, com preços exorbitantes. As lojas também estavam bem caras, mas pra quem é do meio sabe que esses colecionáveis são muito caros mesmo. E teve peça exclusiva que esgotou no primeiro dia. A loja oficial do Harry Potter tinha uma fila imensa constante.

Difícil dizer do que eu gostei mais. Os stands estavam muito legais. Poucos brindes, mas muita interação. Em compensação, muitas filas. Além de ver a Milla a uns 10 metros de distância e dos cosplays, meus destaques são para as armaduras de ouro em tamanho natural dos cavaleiros do zodíaco (coisa linda!!!), o stand da HBO, com Westworld e Game of Thrones (com direito a uma foto no trono de ferro), o stand recheado de atrações da Netflix, pra quem curte games tinha um telão gigantesco para jogos multiplayer, e para quem ama HQ’s o espaço Artists Alley, com os próprios desenhistas presentes desenhando e autografando as obras, foi sensacional. Quem for apenas um dia vai deixar muita coisa de fora, por isso o recomendado são no mínimo dois dias, e obviamento o ideal são todos os 4 dias. Tem coisas a melhorar? Tem. Tiveram falhas? Difícil um evento desse porte não ter. Foi legal? Foi mais que isso. Foi épico!

Finalizando, não posso deixar de agradecer ao pessoal do NoSet de SP que me recebeu tão bem. Fui convidado “online” a cerca de um ano, e até hoje só tinha falado com o pessoal pelo whastapp ou skype. E fui recebido como um membro da família, que é o que eu os considero hoje. Conhecer vocês pessoalmente foi a melhor coisa da Comic-Con. Nos vemos em Abril em Recife!

Written By
Leonardo Casillo

Professor (computação), músico (teclado), blogueiro (leocasillo), nordestino (Mossoró-RN), nerd (que a Força esteja com você!) e cinéfilo (menos terror).

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