Vida longa à rainha – “Reign”
O fascínio pela realeza cultua mais uma tradição, a de achar que a vida um de rei ou rainha são as mil maravilhas, que se pode fazer o que bem entender, quando bem entender.
Filmes e séries tem tentado desmistificar essa lenda, e “Reign” (2013-2017) é uma dessas produções. Ele é uma história fictícia com grande inspiração na história real da rainha Mary Stuart, da Escócia, e todos que a rodeiam.
Mary é rainha da Escócia desde criança, pois perdeu seu pai muito cedo e a coroa passou diretamente para ela, tendo sua mãe, Marie de Guise, como regente. Muitos eram os planos para matar Mary e tomarem o trono escocês, então ela foi mandada para a França.
A França era uma grande aliada da Escócia no século XVI, época em que se passa a série, e Mary, mesmo ainda novinha, sustenta esse apoio por meio de um noivado com Francis, o herdeiro legítimo mais velho da casa dos Valois, governantes da França.
Ainda sob grandes perigos, Mary viveu o resto de sua infância em um convento francês, só saindo aos 15 anos, quando retornou a corte francesa. E é aí que começa toda a emoção.
Mary não é uma jovem qualquer, além de sua coroa ela tem uma personalidade ímpar, não se deixa ser mandada facilmente e sabe ter a sua voz ouvida. Ela não está só, quatro amigas escocesas, Aylin, Kenna, Lola e Greer, se juntam a ela para servir à rainha.
Na corte elas encontram um o rei Henry, autoritário, cheio de si e famoso pelas amantes, a rainha Catherine, ela quem manda de verdade, cheia de estratégias e venenos (ela mata gente como quem bebe água), Bash, o filho bastardo do rei, mas que é bem vindo entre os irmãos Valois, e o delfim, Francis.
Além dessa família no mínimo disfuncional, tem toda uma trama de nobres com muitos interesses políticos, altas autoridades e convidados do rei. Era uma corte bem animada.
Tem mais um elemento nessa castelo, o sobrenatural. A rainha tinha um braço direito, Nostradamus, ele tinha o dom de visões, o que auxiliava Catherine a fazer importantes decisões. Ele sempre fazia previsões macabras, que o povo acreditava porque havia uma floresta mais macabra ainda do lado do castelo.
Na verdade, eram aldeões radicais que não corroboravam com o catolicismo. Os que não eram radicais não tinha apresentavam perigo algum, mas os radicais praticavam sacrifícios humanos, algumas vezes atingindo os nobres.
Aos poucos Mary vai se adaptando com aquele mundo de aparências, onde nem tudo era preto no branco, haviam muitas nuances em negociações políticas que não seguia o pacifismo, como ela queria resolver.
Ela e suas lady’s (desculpa patriotismo, mas isso é melhor falar em inglês mesmo) vão conseguindo viver nesse mundo, sem perder a diversão da juventude. É muito interessante ver que em alguns momentos a grande rainha da Escócia só queria jogar bola com os irmãos mais novos de Francis ou brincar na neve com as amigas.
É essa dualidade e evolução de Mary que impressiona nessa série. Ela consegue ser altiva, dar ordens, ser uma verdadeira rainha, mas também sabe abaixar a cabeça quando é necessário, sabe ser só uma menina quando o momento pedia, isso tudo com tanta delicadeza.
Outra coisa é ver o contraste de Mary com os outros. Por exemplo, ela passa duas temporadas quase se matando com a sogra, Catherine, mas é a ela que Mary recorre quando precisa resolver grandes problemas.
As suas amigas também trouxeram elementos importantes. Aylin é inocente, meiga, mas era cleptomaníaca, Kenna é divertida (a miga loka do rolê), mas acabou se tornando a amante do rei, quase morre e é casada a força com o filho bastardo (não que isso seja ruim, porque Bash é um partidão), Lola tem temperamento forte e sempre está em defesa da rainha, mas teve um caso com Francis antes dele se casar com a amiga, e Greer é sonhadora demais, passa pelo pão que o diabo amassou, até dona de bordel ela se torna, mas tem uma coisa, é extremamente fiel a Mary.
Tem muita coisa para se falar dessa série, acho que vocês já notaram que sou apaixonada por ela, mas uma coisa que não posso deixar de dizer: melhor figurino!!!! Por favor, pesquisem no Pinterest, tenho certeza que vocês irão se apaixonar perdidamente por algum daqueles vestidos, ouso dizer que pelo menos um modelo alguém vai querer imitar, são muito fashionistas.
Eu tenho um favorito, apesar de amar muitos modelos. Ele é usado no começo da primeira temporada, momento em que se tem mais variedade (porque ela saiu do convento e está conhecendo a moda, eu acho), todo preto com detalhes dourados, lembrando uniforme de guarda da rainha da Inglaterra. Melhor ver a imagem, não estou fazendo justiça com essa descrição:
Na trilha sonora temos surpresas, além das músicas da época, podemos ouvir grandes sucessos atuais, como “Royals”, de Lorde, tocadas ao estilo do século XVI.
Para não dizer que eu sou sei elogiar, tenho crítica quanto a passagem do tempo, que é meia louca. O casamento de Mary e Francis parece durar bem mais do que um ano, como dizem que durou, e os irmãos mais novos de Francis, Charles e Henry, tomaram fermento para crescer. No início da série eles aparecem como duas crianças, acredito que um tinha 7 e outro 5, mas na terceira temporada está lá Charles adolescente já, aparentando ter uns 15 anos, sem que o mesmo tempo tenha passado para os outros personagens!
Ainda poderia falar do embate entre Mary e a prima inglesa, Elizabeth, do vingativo e estrategista Narcisse e da princesa fora do seu tempo Claude, mas essa resenha está ficando grande demais, mas não seria justo deixar de falar de alguns destaques no elenco, certo? Não desistam de mim ainda!
A bela rainha Mary Stuart é vivida por Adelaine Kane, uma australiana que sabe fazer um excelente sotaque escocês e ter uma postura digna de uma rainha. Antes de Reign ela fez “Power Rangers R.P.M.” e “Teen Wolf”, hoje faz a nova versão de Drizella, em “Once Upon a Time”. Além disso, acabou de abrir um canal no YouTube e tem o feed do Instagram organizado.
Sim, tenho girl crush por ela, confesso, podem procurar o perfil dela no Intagram, vocês também terão!
Três das lady’s que sobressaem. Primeiro Lola, que é vivida por Anna Popplewell, você pode até não saber falar o sobrenome dela, mas lembrará que ela também já foi uma rainha, mas em Nárnia (ela aparece no primeiro e no segundo filme), a rainha Suzana, a gentil.
Lady Kenna é Caitlin Stasey, que também é australiana, conhecida em seu país por ter feito a série adolescente “Sleepover”, que era transmitido para o Brasil pelo canal Boomerang (já disse e repito, quem lembra desse canal foi feliz).
A outra lady, a que mais durou ao lado de Mary, Greer, é vivia por Celina Sinden, ela praticamente estreou em “Reign” e não tem nenhum projeto próximo (que tenha anunciado). Interessante isso, porque ela é realmente muito boa.
Obs.: Só não digo que Bruna Marquezine poderia aprender com ela porque Greer não era da nobreza nem vilã (apesar de saber ser quando necessário) #Polêmica!!
No elenco masculino temos dois destaques, os primeiros a ganhar o coração de Mary, Francis e Bash. Francis é vivido por Toby Regbo, tendo “Reign” como destaque da sua carreira, e Bash é Torrance Coombs, conhecido pela série “Heartland”, do Canadá (passava na querida Boomerang também), e hoje está no elenco de “The Originals”.
Além disso, eles são exemplos da beleza dentro desta série! Só os olhos de Torrance Coombs já é um ganho no dia.
Vou parar por aqui senão num pararei nunca, essa série é boa demais!!! Querem conversar mais sobre ela? Quiserem a gente bate papo pelo Instagram, mas antes disso, comenta aí qual o personagem e qual vestido vocês gostam mais!
Beijinhos e até mais.