Velozes e Furiosos 7: uma despedida gloriosa.

Por: Franz Lima

Franquias tendem a terminar de forma brusca, muito abaixo da obra inicial. Muitos são os motivos que vão desde a mudança de elenco até a queda da popularidade, entre outros.

Velozes e Furiosos é um caso à parte, ainda que tenha alguns episódios menos impactantes. A trama iniciou há muitos anos e chegou à sétima parte de forma trágica.

Com o advento da morte de Paul Walker, as apostas indicavam que era o fim do filme e da franquia. A verdade, indubitável, é que foi um choque que abalou atores, fãs e até quem não acompanhava a saga de Toretto, Brian e a família Fast and Furious.

A trama

Toretto (Vin Diesel) vive em paz após prender um terrorista. Sua família continua a vida normalmente, porém há algumas mudanças. Brian, o ex-policial, é agora um pai de família, mesmo com alguma resistência a essa condição. Toretto e os demais integrantes da equipe levam suas vidas pacificamente, principalmente após terem suas fichas limpas por auxiliarem o policial Hobbs a capturar o perigoso Owen Shaw. 

O único contratempo em toda essa história está no fato de que Owen tem um irmão infinitamente mais sanguinário que ele. O papel de Deckark Shaw foi confiado ao experiente Jason Statham, cuja fúria deu credibilidade ao personagem. 

É Deckard quem irá transformar em caos e ruínas as vidas de Toretto, Brian e os demais integrantes da “família Toretto”. Com perdas, dor e muito sofrimento, sendo caçado por um terrorista implacável, resta a Toretto e seus amigos partir para a ofensiva e salvar o que restou de suas vidas e famílias.

O fim?

Tudo leva a crer que este não será o último filme da série. Aliás, a verdade é que franquias lucrativas não se encerram por quaisquer motivos, incluindo a morte de um ator do time, tal como ocorreu com Paul Walker. 

Porém é válido frisar que a trama e as aventuras dos “Velozes e Furiosos” poderiam findar nesse filme, tal foi a maestria com que fecharam o longa metragem. 

Em minha humilde opinião, após altos e baixos, a série teve com seu sétimo filme um encerramento capaz de agradar até aqueles que não são fãs. A homenagem feita a Paul Walker mostrou um roteiro onde a emoção e a ação se fundiram de forma perfeita e respeitosa à memória do ator.

O elenco

Este é um dos pontos altos do filme. De forma similar ao que vimos em ‘Os Mercenários’, porém com muito mais vitalidade, FF7 reuniu um elenco estelar. Além da equipe tradicional, este novo episódio dos Velozes trouxe nomes como Ronda Rousey, Jason Statham, Tony Jaa, Kurt Russell e a volta de Lucas Black. 

Com essa trupe reunida, a ação e as lutas não poderiam ser nada menos que sensacionais. E foram!

Notas finais.

Óbvio que estamos falando de Velozes e Furiosos. Exageros são uma marca da franquia e não foi diferente dessa vez. 
Carros voando, capotagens, batidas, tiros em doses cavalares e porrada até cansar. Sim, quase esqueci do humor, ainda que nem sempre o riso tenha acompanhado a piada. Mas…
O que vou deixar bem claro é que o filme é muito bom. Dentro daquilo que é proposto pelo diretor e o roteirista, recebemos uma boa obra que ganha ainda mais destaque com seu final emocionante. 
Podem se preparar para cenas de ação marcantes, diálogos bem humorados e participações mais do que especiais, mas o fato é que a homenagem póstuma a Paul Walker emociona até quem não era fã do ator. E isso foi feito de um jeito muito respeitoso à memória de Paul, algo que evidencia o quanto ele era amado por seus amigos de elenco. Foram anos integrando a série Fast and Furious, porém Paul Walker recebeu uma despedida plena de serenidade e emoção, onde Vin Diesel coloca sua voz para dizer o que todos do elenco gostariam de falar para Paul.
Preparem-se para se emocionar.
Certamente haverá outros filmes da franquia, fato comprovado pelo 8º filme e Hobbs & Shaw, pois ainda haverá quem pague para ver novamente o mesmo que já vimos em toda a franquia. É hora de se reinventar ou a saga de Toretto e seus amigos findará.

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