Uma Aventura Lego 2: Nada mais é Incrível.

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar da franquia Lego de animações do cinema que atraiu fãs adulto, adolescente e infantil, mas começa a perder a força no mercado, talvez por falta de criatividade, um padrão que foi a marca da franquia nos cinemas e games, juntamente com o humor e easter aggs.

The Lego Movie 2: The Second Part (2019)

Direção Mike Mitchell, elenco Maya Rudolph, Jadon Sand e Brooklynn Prince, dubladores Chris Pratt, Elizabeth Banks, Will Arnett, Tiffany Haddish, Stephanie Beatriz, Alison Brie, Nick Offerman, Charlie Day, Will Ferrell, Channing Tatum, Jonah Hill, Richard Ayoade, Ben Schwartz e  Jason Momoa. Roteirista Phil Lord e Christopher Miller,  produtor Phil Lord, Christopher Miller, Dan Lin, Roy Lee e Sharon Taylor, produtor Executivo Chris McKay, produção Warner Bros. e Vertigo Entertainment, distribuidor brasileiro Warber Bros.

Sinopse: Cinco anos após os eventos do primeiro filme, a batalha contra inimigos alienígenas faz com que a cidade Lego torne-se Apocalipsópolis, em um futuro distópico onde nada mais é incrível. Neste contexto, Emmet constrói uma casa para que possa viver ao lado de Lucy, mas ela ainda o considera ingênuo demais. Quando um novo ataque captura não apenas Lucy, mas também Batman, Astronauta, UniKitty e o pirata, levando-os ao sistema planetário de Manar, cabe a Emmet construir uma espaçonave e partir em seu encalço. No caminho ele encontra Rex Perigoso, um navegante solitário que decide ajudá-lo em sua jornada.

Crítica: Quero começar dizendo que sou fã dos filmes e games Lego, que assisti e joguei quase todas as produções para game, cinema e TV, o que faz da minha crítica algo mais do que uma simples análise cinematográfica do filme, mas um apelo de um fá do universo Lego. O que me animou foi que toda a produção da animação, ligando o mundo real e imaginário continua impecável, avançando até mesmo em conceitos que não foram utilizados em outras animações e impressionam, mas como vou falar adiante, só isso não salva um filme, é preciso coragem para se aprofundar e não se acomodar em uma fórmula.

Lego Movie 2 começa muito bem, nos faz rapidamente lembrar do filme anterior, principalmente o lado familiar desenrolado no conflito real e imaginário. Entra logo após em ótimos easter eggs a vários filmes apocalípticos como Mad Max e Planeta dos Macacos, boas piadas com o Aquaman e Jurassic Park, inclusive sobre a ausência da Marvel na animação, mas infelizmente fica só nisso mesmo. O filme perde o encanto conforme vai se desenrolando, principalmente no meio, onde a trama fica cansativo e desinteressante.

O contexto familiar apresentado neste filme dos irmãos que não se entendem por diferenças de idade ou sexo, e a mãe que tenta consiliar isso tudo, é explicado muito cedo não dá a cola para a aventura, principalmente porque já dá a dica do final do filme e tira aquela sensação de surpresa do final primeiro filme. Posso dizer que essa foi a primeira vez que senti falta de Will Ferrel em um filme, toda aquela relação carismática de pai e filho que me derrubou na cadeira no final do primeiro filme me fez erever várias vezes a animação. Com praticamente tudo revelado no início, a criatividade e senso de perigo ficam vazios, os mundos reais e os imaginários não tem o mesmo peso e não simbolizam algo profundo no filme. O dilema de Emmet neste filme não se prova conclusivo, apenas aceitável. Esse é outro ponto, tanto Emmet quanto Lucy já parecem saber de todo o roteiro e estão desmotivados com tudo isso, não existe uma relação amorosa palpável entre eles, apenas uma relação de amigos que se preocupam um com o outro, o que no filme anterior foi apimentado com o Batman, aqui não existe..

Outro ponto fraco do roteiro é a falta de um grande vilão. Na minha opinião, todo filme de herói só é bom se há um vilão a altura, o que faz com que o público tende a torcer por um ou por outro, mas não acontece aqui. Todos  mudam de motivação muito rápido deixando confusa a história, principalmente quem é o vilão. No final há uma redenção plausível tanto no mundo real quanto no imaginário, algo que você já imaginou aos 20 minutos de filme, e tudo se resolve com a compreensão que o amor e a amizade vencem tudo, e que tudo fica lindo mesmo algo que nada fique na sua cabeça após o final.

Sei que uma continuação baseado em um filme de sucesso é muito difícil, principalmente pela inovação e criatividade da realção entre mundo imaginário e real, e que a franquia vai um pouco a mais que sua principal concorrente, a franquia que brinca no mesmo universo do real e imaginário, Toy Story, mas se dei nota dez para o primeiro filme, principalmente por causa da revelação final do vilão, Lego Movie 2 só consegue me arrancar uma nota seis, porque gosto da franquia.

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