Crítica | Turma da Mônica: Laços

“Como seria se a Turma da Mônica existisse de verdade?”

Em 2013 era publicado Turma da Mônica: Laços, primeira parte da trilogia composta por Lições e Lembranças escrita por Lu e Victor Cafaggi, e 60 anos depois da primeira tirinha foi finalmente lançado o primeiro live action da turminha mais amada do país baseado neste arco.

Confesso que fui para cabine sem querer ter expectativas, mas não por medo de decepção, era uma preocupação maior em deixar a tietagem de lado para conseguir assistir sem me envolver. Decisão impossível. Os personagens criados por Maurício de Souza inspiram adultos e crianças até hoje, a Turma da Mônica está em nosso cotidiano, inserido na vida de diversas gerações e não tem como não se deixar levar por nossas memórias, o que nos ganha muito por isso.

E por causa da nossa memória afetiva e da importância que este filme tem, fica até injusto falar mal de alguma coisa. Vocês tem noção de que Turma da Mônica é mais antiga que o Homem Aranha?

Mônica, Cascão, Magali e Cebolinha

A trama se passa a partir do momento que Floquinho é sequestrado. Cebolinha precisa contar com a ajuda de seus amigos e um plano infalível para encontrá-lo. Sentimentos a flor da pele, temos um filme para a família inteira.
A fotografia está maravilhosa, tem muitos easter eggs e não é infantil como muitos me perguntaram. Eles fizeram um roteiro para que as crianças fossem simplesmente crianças de forma genuína e não se tornasse maçante. Um filme que adultos vão amar pela nostalgia e crianças irão se divertir sem precisarem que alguém desenhe tudo para que elas entendam. Falando em desenhar, ótima abertura por sinal!

O bairro do Limoeiro é muito charmoso e todas as homenagens muito fofas. É aquele tipo de filme que você vai querer ver de novo para procurar detalhes que passam batido.
É interessante ver como colocaram o Louco na história, pois ele não faz parte de Laços, o que remete de certa forma a teoria de que ele não existe e é apenas a imaginação do Cebolinha. Para os mais velhos, chega ser muito engraçado ver Paulinho Vilhena como Seu Cebola.

Os atores mirins não leram roteiro, suas cenas foram improvisadas nas gravações para que se tornassem o mais natural possível. O que é ótimo saber que eles se divertiram com o que fizeram. Foi maravilhoso saber que eles se emocionaram de verdade justamente na cena que achei mais incrível.

Mônica e Cebolinha

Foi feito um trabalho muito bom, mas a química entre eles é nítida, chegaram até comentar na coletiva de imprensa que perceberam que eram amigos quando soltaram pum sincronizados e falaram sobre isso uns com os outros sem constrangimentos.

Turma da Mônica

Então gente, não perde tempo não. Vão sorrir e se emocionar a partir do dia 27 de junho nos cinemas, pois queremos que tenha continuação sim!

 

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