A Torre Negra, A Escolha dos Três – Resenha
Em “A Escolha dos Três” Roland continua sua busca pela Torre.
O Segundo livro da Saga A Torre Negra começa exatamente onde O Pistoleiro termina, com Roland na praia e ainda atordoado após seu encontro com o Homem de Preto.
As cartas reveladas pelo Homem de Preto, no volume anterior envolvem os próximos companheiros de jornada de Roland.
A imaginação e a escrita de King estão em um de seus melhores momentos, toda a história gira em torno de mundos alternativos e inclusão de personagens-chave para trama dos próximos livros e é fácil se envolver com cada um esses personagens.
Roland tem que atravessar 3 portas mágicas, não sabendo para onde ou quando cada uma irá leva-lo, isso faz com que cada porta o leve também para uma aventura diferente, os personagens que cruzam o caminho do pistoleiro são Eddie Dean um viciado em heroína, Odetta Holmes, Detta Walker e um homem chamado Jack Mort.
Ao fim desse volume o pistoleiro forma um novo grupo e apesar deles serem “Escolhidos”, ainda não entendemos o porque deles fazerem parte dessa jornada, logo de início cada um deles parece não ser uma boa escolha mas eles são as opções que Roland tem à mão e ele precisa ver mais a fundo a razão de cada um está ali.
Em toda obra da Torre, King consegue sair de seu “padrão”, geralmente as obras dele seguem uma linha narrativa, os personagens são apresentados em seu cotidiano e aos poucos são envolvidos com o sobrenatural, mas a Torre não segue essa linha de construção.
Em A Escolha dos Três, além de incluir elementos dignos de episódios da série de tv Além da imaginação, a forma como é abordada a relação de Eddie com seu irmão (e como isso reflete em Eddie), a dependência de ambos com a heroína, a crítica ao racismo na pele de Detta Walker e a incrível conclusão após os acontecimentos com Jack Mort, fazem desse um dos meus livros preferidos da série.
Apesar da busca pela Torre tomar mais forma, nesse livro não conseguimos saber muito mais sobre ela, o foco aqui ficou realmente nos personagens e na formação do novo Ka-tet de Roland, mas a aventura está apenas no início.
A título de curiosidade, o livro foi escrito em 1970 e levou 19 anos para ser publicado, número significativo para o escritor.