Introdução
Lançado em 1997, dirigido por James Cameron e estrelado por Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, Titanic se tornou a maior bilheteria daquele ano e até hoje uma das maiores da historia ao arrecadar cerca de 2,187 bilhões de dólares, representando até os dias atuais a segunda maior bilheteria da história, uma marca a ser ultrapassada a partir dali.
É bom, mas por que?
Entre seus pontos fortes existe um que sobressai: a direção de James Cameron. Ele usa de todos os recursos já mostrados por ele anteriormente para colocar o público dentro da história ali contada com o auxilio de um bom roteiro escrito pelo próprio e ótimas atuações da dupla de protagonistas. Cameron consegue fazer o espectador se importar com cada um dos personagens desenvolvidos, ainda que se saiba qual será o possível destino de cada um deles.
O roteiro de James Cameron tem, além do mérito de dialogar perfeitamente com a direção, a força de conseguir transformar o drama – com final já descrito desde o inicio do filme – em um romance bem construído que não cansa o público ao tirar a tensão que poderia percorrer o filme inteiro. Trazer o espectador para o lado dos protagonistas e fazê-lo sofrer, rir e se apaixonar com eles, só para que compartilhem as perdas e ganhos ao final do filme acrescentam, sem dúvida, um peso extra à obra em seus minutos finais.
A prova de fogo, que não deixa dúvida sobre a maestria da direção exercida por Cameron, se encontra no final do terceiro ato onde, em meio ao naufrágio do navio que dá nome à obra, o diretor aproveita que todos os personagens já estão em seus postos para colocá-los em situações de perigo diferentes; isso gera para cada um deles até mesmo alguns momentos nos quais há uma leve carga de terror psicológico.
A parte técnica do filme é impecável. Dos efeitos visuais à trilha sonora, tudo se encaixa em seu devido lugar fazendo com que o filme possa ser igualado facilmente com qualquer um filme que use dos recursos tecnológicos atuais. Aliás, isso deve continuar assim por mais alguns anos.
O única problema que deve ser ressaltado aqui é a atuação quase que robótica de alguns personagens fora do núcleo principal da trama, o que não diminui a qualidade do filme mas chega a incomodar em certos momentos.
Conclusão
Titanic é um filme completamente atemporal. Não é perfeito, mas sua poucas falhas são ocultadas pelos acertos que se encontram principalmente na direção que dialoga perfeitamente com o roteiro e consegue te surpreender mesmo com o final basicamente conhecido por todos. É um filme que merece ser visto e revisto não só pelas suas qualidades na parte técnica, assim como pelo entretenimento que ele gera para todos os públicos: desde aquele que busca um simples filme pipoca para se divertir até aquele que deseja destrinchar o filme frame a frame.