The Twilight Zone: Além da Imaginação (1964 – 2019)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar da mais clássica série de terror e suspense da TV.

The Twilight Zone: Além da Imaginação.

Criador Rod Serling, produtores Rod Serling, Buck Houghton, William Froug e Herbert Hirschman, narradores Desi Arnaz (episódio piloto), Rod Serling, Charles Aidman (1985-1987), Robin Ward (1987-1988) e Jordan Peele (2019). Com transmissão original em 2 de outubro de 1959, The Twilight Zone (Além da Imaginação no Brasil) é uma série de televisão norte-americana criada por Rod Serling e dirigida por Stuart Rosenberg, apresentando histórias de ficção científica, suspense, fantasia e terror. Mediante o sucesso popular da série, ao longo de sua história foram realizadas diversas temporadas e continuações. Além da imaginação (1959), de 1959, da CBS, possui 5 temporadas e 156 episódios, enquanto que na década de 1980 foi lançada, ainda pela CBS O Novo Além da imaginação, com 3 temporadas. Essa primeira continuação foi precedida por um filme, No Limite da Realidade. Já no século XXI, houve a produção, pela UPN, de Além da imaginação (2002) com apenas uma temporada, apresentada por Forest Whitaker. Em 1 de abril de 2019, foi lançado pela CBS All Access um novo revival “The Twilight Zone (2019)”. Inicialmente foi encomendado uma temporada de dez episódios. O programa The Twilight Zone seguiu a tradição de programas de rádio mais antigos, como The Weird Circle e X Minus One, além dos trabalhos de rádio do dramaturgo Norman Corwin. Durante seu período de apresentação, o programa recebeu várias premiações: três Prêmios Emmy (Rod Serling, duas vezes, e George Clemens pela Cinematografia), três World Science Fiction Convention Hugo Awards (Dramatic Presentation: 1960, 1961, 1962), um Directors Guild Award (John Brahm), um Producers Guild Award (Buck Houghton pela melhor produção de Séries), e em 1961 a Unit Award for Outstanding Contributions to Better Race Relations.

 

A Criação do Mito: Em 1958, a CBS comprou um roteiro para TV que Alfred Hitchcock esperava produzir como o piloto de uma série semanal. “The Time Element” marcou, portanto, a primeira investida de Serling no campo da ficção científica. A história é sobre uma “viagem no tempo”, envolvendo um homem chamado Peter Jenson (William Bendix) que visita um psicanalista, o Dr. Gillespie (Martin Balsam), com queixas de um sonho recorrente no qual ele imagina acordar em Honolulu um pouco antes do ataque japonês a Pearl Harbor. “Eu acordei num quarto de hotel em Honolulu, e é 1941”, explica ele, concluindo que estes não são meros sonhos, na verdade são viagens no tempo. Entretanto, o Dr. Gillespie insiste em que a viagem no tempo é impossível, devido ao paradoxo temporal. Durante o seu sonho, aproveitando-se da situação, ele aposta em todos os cavalos e times vencedores e, eventualmente, tenta, sem sucesso, avisar os jornais, os militares, que os japoneses estão planejando um ataque surpresa a Pearl Harbor. Suas advertências são vistas como delírios enlouquecidos, e são ignoradas ou rechaçadas com violência, inclusive ele é atingido pelo engenheiro (Darryl Hickman), que trabalha no “USS Arizona”, depois de insistir que será afundado em 07 de dezembro. O sonho de Jenson sempre termina como os bombardeiros japoneses sobrevoando na manhã de 07 de dezembro, levando-o a gritar “Eu te disse! Por que não ninguém me ouve?”, e Jenson finalmente revela a Dr. Gillespie que ele realmente estava em Honolulu em 07 de dezembro de 1941. Enquanto está no sofá, Jenson adormece novamente, só que desta vez, os aviões japoneses que sobrevoam atiram para dentro das janelas de seu quarto e ele é morto. Quando a câmera mostra o consultório médico, o sofá em que Jenson estava deitado, agora está vazio, e Dr. Gillespie olha em volta, confuso. Ele olha em sua agenda e descobre que na verdade não tinha compromissos agendados para este dia. Gillespie vai a um bar e encontra a foto de Jenson na parede. O garçom lhe diz que Jenson atendia aquele bar, mas foi morto em Pearl Harbor.

Com esse roteiro, Rod Serling encontrou os elementos fundamentais e definidores do estilo e do tema da série que pretendia, que estabeleceu como sendo de ficção científica, e abria e encerrava a narração, com um final revelador e algo a mais. Mas a recepção popular e da crítica que ocorreria em 1959 não atendera aos padrões de 1957, e “The Time Element” fora comprada, na verdade, para ser adiada indefinidamente. E tudo ficaria assim, se não fosse Bert Granet, o novo produtor de Westinghouse Desilu Playhouse, descobrir “The Time Element” nos cofres da CBS, enquanto procurava um roteiro original de Serling para acrescentar prestígio a seu show. “The Time Element” (introduzido por Desi Arnaz) estreou em 24 de novembro de 1958, para uma platéia majoritariamente encantada de telespectadores e críticos. O humor e a sinceridade do diálogo de Serling “transformaram “The Time Element” divertido”, escreveu Jack Gould, do The New York Times. Mais de seis mil cartas de louvor inundaram os escritórios de Granet. Convencida de que uma série com base naquelas histórias poderiam ter sucesso, a CBS começou novamente as conversações com Serling sobre as possibilidades de produzir The Twilight Zone. “Where Is Everybody?” (Onde Estão Todos?) foi desenvolvido como o episódio piloto para TV, e o projeto foi anunciado oficialmente ao público no início de 1959. “The Time Element” foi raramente exibido na TV, estando disponível apenas em um DVD italiano intitulado “Ai confini della realtà — I tesori perduti”, até que foi mostrado como parte de uma programação noturna no canal TVLand.

O tema da primeira temporada de The Twilight Zone, série 1959, foi composto por Bernard Herrmann. O mais conhecido tema da série original, o da segunda temporada, foi escrito pelo compositor Marius Constant. Outros que contribuíram para as músicas da série original foram Jerry Goldsmith, Nathan Scott, Nathan Van Cleave, Leonard Rosenman, Fred Steiner, e Franz Waxman. A série também contou com vários autores de renome como Charles Beaumont, Richard Matheson, Jerry Sohl, George Clayton Johnson, Earl Hamner, Jr., Reginald Rose, Harlan Ellison e Ray Bradbury. Muitos episódios foram adaptados de histórias clássicas de escritores como Ambrose Bierce, Lewis Padgett, Jerome Bixby e Damon Knight. No Brasil foram lançadas a 1ª, 2ª e 3ª temporadas ,com áudio Dolby digital 2.0 em inglês e português e legendas em português.

The Twilight Zone (1959):

A série original foi produzida de 1959 a 1964. Alfred Hitchcock havia se firmado como um dos nomes mais reconhecidos da televisão, famoso por seus escritos para dramas televisivos, bem como por suas críticas às limitações apresentadas por esse meio. Suas mais freqüentes queixas eram dirigidas à censura praticada pelos patrocinadores e redes. Quando, em 1958, a CBS comprou o roteiro para TV que Alfred Hitchcock esperava produzir como o piloto de uma série semanal, “The Time Element”, o fato se tornou a marca da primeira investida de Rod Serling no campo da ficção científica, iniciando a ideia da produção da série. Os episódios eram produzidos em preto e branco e valorizavam o enredo; os roteiristas de Twilight Zone freqüentemente usavam a ficção científica como um veículo para expor o comportamento social e político da época, como uma forma de iludir a censura. Episódios tais como “The Shelter” ou “The Monsters Are Due on Maple Street” ofereciam comentários e análises de eventos da época, enquanto outros, como “The Masks” ou “The Howling Man”, usavam alegorias, parábolas ou fábulas para caracterizar assuntos filosóficos e morais.

O espetáculo utilizava a ficção científica como metáfora para explicar situações sociais. Como as emissoras e os patrocinadores não permitiam situações potencialmente críticas da realidade do país naquela época, os redatores se valiam da ficção para expor diversos assuntos, que acabavam sendo ignorados pelos censores, que pensavam que o programa era de fantasias inócuas. Alguns temas recorrentes foram a guerra nuclear, as doutrinas de Joseph McCarthy e outros assuntos proibidos pelo cinema e televisão. Certos episódios ofereciam comentários de eventos da atualidade, e usavam parábolas ou alegorias para analisar a moral ou decisões filosóficas dos personagens[carece de fontes].

Apesar de sua estima na comunidade literária, Serling achava Além da Imaginação difícil para vender, pois poucos críticos sentiram que a ficção científica poderia transcender o escapismo vazio e entrar no mundo do drama adulto. Embora a presença de Serling na série tenha se tornado uma de suas características mais distintivas, com a sua entrada ainda hoje amplamente imitada, ele teria ficado nervoso com isso e teve que ser persuadido a aparecer em cena. Serling, muitas vezes pisa no meio da ação e os personagens permanecem aparentemente alheios a ele, mas em uma ocasião notável, eles estão cientes que ele está lá: No episódio “A World of His Own” (Um mundo próprio), um escritor com o poder de alterar os objetos de sua realidade para a narração, rapidamente apaga Serling do show. A série original contém 156 episódios. As temporadas 1, 2, 3, 5 têm episódios de meia hora, e a quarta temporada, de 1962 a 1963, tem episódios de 1 hora.

Twilight Zone: The Movie (1983)

O filme Twilight Zone: The Movie foi realizado em 1983, com produção de Steven Spielberg, estrelando Dan Aykroyd, Albert Brooks, Vic Morrow, John Lithgow e Scatman Crothers. O filme se utiliza de três episódios clássicos da série original, e inclui uma nova história. John Landis dirige o prólogo e o 1º segmento, Steven Spielberg dirige o 2º, Joe Dante o 3º, e George Miller dirige o segmento final. O episódio dirigido por Landis se tornou notório porque ocorreu um acidente de helicóptero durante a filmagem, com a morte do ator Vic Morrow e dois atores infantis.

The New Twilight Zone (1985 a 1989)

A segunda série foi produzida de 1985 a 1989. Foi a decisão de Serling em vender sua parte da série de volta para a rede que, eventualmente, permitiu uma nova série Além da Imaginação. Como uma produção interna, a CBS ganhava mais produzindo Além da Imaginação do que ganharia com a compra de uma nova série produzida por uma empresa externa. Mesmo assim, a rede demorou a considerar a refilmagem, recusando ofertas da equipe de produção original de Rod Serling e Buck Houghton e, posteriormente, do cineasta Francis Ford Coppola. Apesar da resposta morna para Twilight Zone: The Movie, uma homenagem de John Landis, Steven Spielberg, Joe Dante, e George Miller para a série original, a CBS deu à nova Twilight Zone o “cartão-verde” em 1984, sob a supervisão de Carla Singer, então vice-presidente de Drama Development. Enquanto o show não chegou nem perto de obter a popularidade duradoura do original, alguns episódios, incluindo a história de amor “Her Pilgrim Soul” e “Dream Me a Life”, de J. Michael Straczynski, foram aclamados pela crítica. Em uma homenagem à série original, o “teaser” no começo do show tem um vislumbre ondulado breve de Rod Serling.

Nos anos 90, Richard Matheson e Carol Serling produziram um filme de duas horas para a TV com adaptação de três episódios curtos não-filmados de Rod Serling. Tais roteiros foram rejeitados pela CBS até início de 1994, quando a viúva de Serling descobriu um roteiro completo de “Where the Dead Are” (Onde Estão os Mortos), de autoria de seu falecido marido, enquanto vasculhava sua garagem. Serling mostrou o roteiro esquecido aos produtores Michael O’Hara e Laurence Horowitz, que ficaram significativamente impressionados. A CBS lançou “Where the Dead Are” com adaptação de Matheson para “The Theatre”, estreando como uma duração de duas horas na noite de 19 de maio de 1994, sob o nome de Twilight Zone: Rod Serling’s Lost Classics. O título representa um equívoco, pois as histórias foram concebidas muito tempo após o cancelamento de Twilight Zone. Escrito apenas alguns meses antes da morte de Serling, “Where the Dead Are” estrela Patrick Bergin como um médico do século 19 que se depara com os experimentos de um cientista louco sobre a imortalidade. “The Theatre” estrela Amy Irving e Gary Cole como um casal que visita um cineplex, descobrindo que a apresentação é de suas próprias vidas. James Earl Jones faz a abertura e o encerramento das apresentações. A crítica foi mista quanto as idéias do reboot, mas em última análise, as avaliações revelaram-se insuficientes para justificar uma seqüência com as propostas de Matheson para três novos roteiros adaptados.

The Twilight Zone (2002): 

A terceira série foi produzida de 2002 a 2003, e foi uma nova tentativa de reviver o sucesso da original. Foi realizada pela UPN em 2002, com narração de Forest Whitaker e música tema de Jonathan Davis (do grupo de rock Korn). Dois dos episódios de Serling foram reciclados. Transmitida em formato de uma hora, com duas histórias de meia hora, foi cancelada após uma temporada. Com início em 2002, episódios da série original The Twilight Zone foram adaptados para o rádio, com Stacy Keach como narrador e produção de Carl Amari do Falcon Picture Group. Cada episódio apresenta uma celebridade de Hollywood, incluindo Jason Alexander, Blair Underwood, Lou Gossett, Jr., Michael York, Jim Caviezel, Jane Seymour, Don Johnson, Sean Astin, Luke Perry e outros. A série é transmitida em centenas de estações de rádio de costa a costa e Sirius/XM. A lista de estações e episódios para download, incluindo os três episódios estão disponíveis gratuitamente no site oficial. No início em 2001, Gauntlet Press desenvolveu coleções dos roteiros originais de The Twilight Zone, por Charles Beaumont, Richard Matheson, e Rod Serling. Uma coleção em dez volumes, autorizada pela viúva Carol Serling, começou a ser publicada em 2004.

The Twilight Zone (2019):

Criadores Rod Serling, baseado em The Twilight Zone, de Rod Serling, desenvolvedores Simon Kinberg, Jordan Peele e Marco Ramirez, produtores executivos Jordan Peele, Simon Kinberg, Win Rosenfeld, Audrey Chon, Carol Serling e Rick Berginyon. Narrador Jordan Peele e elenco Taissa Farmiga, Ike Barinholtz, Rhea Seehorn, Luke Kirby, Zazie Beetz, Betty Gabriel, Seth Rogen, John Cho, Sanaa Lathan, Kumail Nanjiani, Adam Scott, Allison Tolman, Greg Kinnear, DeWanda Wise, Jessica Williams, Steven Yeun, Lucinda Dryzek, Jefferson White, Jonathan Whitesell, Jacob Tremblay e Erica Tremblay. Empresas de produção Monkeypaw Productions, CBS Television Studios e Genre Films, emissora de televisão original CBS All Access.

The Twilight Zone é uma série de televisão americana antológica, baseada na série de televisão original de 1959 criada por Rod Serling, estreou em 1 de abril de 2019 no CBS All Access e em 29 de abril de 2019, a série foi renovada para uma segunda temporada.

Em 19 de dezembro de 2012, foi anunciado que Bryan Singer havia finalizado um acordo para desenvolver, produzir e potencialmente dirigia um terceiro revival de The Twilight Zone para a CBS Television Studios. Além disso, na época do anúncio, a produção ainda não havia contratado um escritor, começou a ser comprada em redes e ainda estava finalizando um acordo com a propriedade de Serling. Em 7 de março de 2013, foi relatado que um escritor estava em negociações para participar da série. Em 2016, Simon Kinberg e Craig Sweeny haviam se juntado à produção e a CBS estava avaliando se o projeto deveria ser comprado para outras redes ou serviços de streaming ou para colocá-lo em sua própria, a CBS All Access. Kinberg eventualmente deixou o projeto para escrever e dirigir o filme Dark Phoenix e Singer e Sweeny logo desistiram também. Em 2 de novembro de 2017, foi anunciado que a CBS estava revitalizando o revival de seu serviço de streaming CBS All Access. Além disso, foi relatado que Jordan Peele estava em negociações para produzir a série através de sua produtora Monkeypaw Productions e que Marco Ramirez estava em negociações para servir como showrunner. Em 6 de dezembro de 2017, foi anunciado que a CBS havia encomendado a série. Peele e Ramirez foram confirmados para serem os produtores executivos ao lado de Simon Kinberg, Win Rosenfeld, Audrey Chon, Carol Serling e Rick Berg. Peele, Ramirez e Kinberg também deveriam colaborar juntos no episódio de estréia da série. As empresas de produção envolvidas com a série estavam programadas para serem a CBS Television Studios, Monkeypaw Productions e Genre Films. Em 6 de agosto de 2018, foi confirmado que a primeira temporada consistiria em dez episódios. Além disso, foi relatado que a série estabeleceu uma sala de escritores, completou conceitos, esquemas e roteiros para a primeira temporada em vários estágios de desenvolvimento. Não se esperava que a série tivesse um showrunner formal, mas o diretor Greg Yaitanes estava encarregado de supervisionar a continuidade entre os episódios. Em 20 de setembro de 2018, foi anunciado que, além da produção executiva, Peele seria o narrador e apresentador da série. Em 2 de outubro de 2018, foi anunciado através de um vídeo promocional para a série que Gerard McMurray estava dirigindo um episódio com Mathias Herndl atuando como seu diretor de fotografia. As filmagens da série tiveram início em 1 de outubro de 2018, em Vancouver, British Columbia, Canadá.

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