The Handmaid’s Tale: O Conto da Aia – Segunda Temporada
Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma badalada série que me deixou de queixo caído com sua qualidade de roteiro, visual e elenco, tanto na primeira quanto na segunda temporada.
The Handmaid’s Tale: Segunda Temporada
Autor Bruce Miller, baseado em The Handmaid’s Tale de Margaret Atwood, produtores Margaret Atwood e Elisabeth Moss, produtores executivos Bruce Miller, Warren Littlefield, Reed Morano, Daniel Wilson, Fran Sears e Ilene Chaiken, distribuída por Hulu. Elenco Elisabeth Moss, Joseph Fiennes, Yvonne Strahovski, Alexis Bledel, Madeline Brewer, Ann Dowd, O. T. Fagbenle, Max Minghella e Samira Wiley. Empresas de produção Daniel Wilson Productions, Inc., The Littlefield Company, White Oak Pictures, MGM Television e Hulu Originals, emissora de televisão original nos Estados Unidos Hulu, no Brasil Paramount Channel.
O Conto da Aia é uma série de televisão americana criada por Bruce Miller, baseado no romance homônimo de 1985 da escritora canadense Margaret Atwood sobre a distopia de Gileade, encomendada pelo serviço de streaming Hulu, para produção de 10 episódios, com produção no final de 2016. Os três primeiros episódios da série estrearam em 26 de abril de 2017, com os subsequentes sete episódios adicionados semanalmente a cada quarta-feira. Em maio de 2017, foi renovada para uma segunda temporada, que estreou em 25 de abril de 2018. A terceira temporada tem data de lançamento em 5 de junho, com exibição dos três primeiros episódios. Novos capítulos serão disponibilizados semanalmente, às quartas-feiras, pelo Hulu. Esta temporada tem 13 episódios encomendados pela Hulu. The Handmaid’s Tale venceu os prêmios de Programa do Ano e Série Dramática no Television Critics Association e oito Prémios Emmy do Primetime, incluindo Melhor Série Dramática, em 2017.
Sinopse: Em um futuro próximo, as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por conta da poluição e de doenças sexualmente transmissíveis. Em meio ao caos, o governo totalitário da República de Gileade, uma teonomia cristã, domina o que um dia foi um território dos Estados Unidos, em meio a uma guerra civil ainda em curso. A sociedade é organizada por líderes sedentos por poder ao longo de um regime novo, militarizado, hierárquico e fanático, com novas castas sociais, nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler. A infertilidade mundial resultou no recrutamento das poucas mulheres fecundas remanescentes em Gileade, chamadas de “aias” (Handmaid), de acordo com uma interpretação extremista dos contos bíblicos. Elas são designadas para as casas da elite governante, onde devem se submeter a estupros ritualizados com seus mestres masculinos para engravidar e ter filhos para aqueles homens e suas respectivas esposas.
Crítica: Sempre que amo uma primeira temporada, tenho um verdadeiro pavor de assistir a segunda temporada, pois a comparação é inevitável e ainda é pior esta sensação quando assisto uma atrás da outra, só que esse não foi o caso da segunda temporada do O Conto de Aia. Esta tem vida própria, consegue manter o ritmo de surpresas, esclarecendo vários pontos que ficaram pendentes na primeira e avançando na história explorando a geografia americana e desenvolvendo o Universo Comercial de Aias, seu principal produto para salvar a humanidade. A segunda temporada explora mais o presente, deixando de lado o passado (flashbacks), que foi bem explorado e dosado na primeira temporada. A política é o ponto forte e bem explorada, assim como a necessidade de acordo comerciais, principalmente com o Canadá, que não concorda com a “ações sociais! de Gileade com as mulheres. Se na primeira temporada foi nos apresentado um frágil “México” necessitado de crescimento populacional, aqui temos um forte Canadá que põe na balança a política VS a humanidade.
Novamente prestei a atenção quanto a questão étnica da série e nesta temporada nos foi apresentado rapidamente um comandante negro que acabou de ser promovido, um contra ponto quanto a personagem Moira (Samira Wiley) e Luke Bankole (O. T. Fagbenle), que sofrem todo tipo de preconceito na série. Não sei se isto foi uma decisão da série que só possui personagens de outras etnias a dos comandantes em mulheres que servem os mesmos, como Marthas, Aias ou prostitutas. Pode haver uma explicação para isso através da religião fechadao de Gileade ou o êxodo nos apresentado nesta temporada, mas como já falei, a série não explora esse contexto, ele apenas existe, talvez este ponto seja mais explorado nos livros, mas na série não.
A atuações que são simplesmente impressionantes tem dois nomes. De um lado Elisabeth Moss (Ofred), que deixou de ser uma vítima da situação e se transformou em um exemplo de mudança, poder e luta feminina. As caras e atitudes de Moss são ao mesmo tempo de quem tem tudo a perder, mas que já não se importa mais com isso. Do outro lado a atuação de Yvonne Strzechowski (Serena Joy) é totalmente diferente de Moss, mas completa uma a outra. Sua Serena que na primeira temporada era a base ideológica e religiosa da nova ordem, apoiando o Comandante e seu esposo Fred (Joseph Fiennes), aqui é a personagem que mais perde em todos os sentidos, se tornando vítima da sociedade que criou.
O Conto de Gaia é uma série de mulheres, sobre mulheres, mas para todos nós. A Segunda temporada mantém os principais pontos de qualidade da primeira, um interessante roteiro, cenas violentas físicas, psicológicas e vestuários impressionantes, principalmente no enterro da Aia. A série deixa algumas portas abertas para sua terceira temporada, como quem são os líderes da revolução que ainda não foram apresentados. No final a série agrada demais, mas única cena que me incomodou em toda a temporada foi a decisão de Ofred no capítulo final. Foi sem sentido, mesmo sem pensarmos como mãe, pois ela praticamente assinou sua sentença de morte e que com isso, não salvará sua filha mais velha, além de deixar sua filha mais nova a merce de uma amiga. Agora é esperar para vermos como os produtores e roteiristas vão solucionar este dilema na terceira temporada.
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