The Grant “Crise Final” Morrison (DC Comics – 2008):

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos da arco final da trilogia Crise nas Infinitas Terras da DC Comics. 

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O Escritor Grant Morrison e sua Crise Final – DC Comics:

A premissa da história é definida como o dia em que o mal venceu o bem. Durante toda a trama é citada uma batalha desconhecida para os humanos, quando os deuses bons (referência ao povo de Nova Gênese) e os maus (povo de Apokolipis) combateram e o mal triunfou. Essa vitória porém,causou uma destruição quase completa dos Novos Deuses, que tiveram que se fundir a Equação Anti-Vida e reencarnarem em corpos humanos. Os eventos que precedem a Crise Final aludem à destruição da Muralha e a partida da Fonte, além de diversos eventos ocorridos na Terra simultaneamente. Ao fim de uma dura batalha com Orion, Darkseid teria matado seu filho como uma bala radioativa, mas não antes deste destruir seu corpo fisico. Sem chances de sobreviver sozinho, Darkseid se une à Equação Anti-Vida e vai para Terra atuando através de um intermediário conhecido como Libra. É formado o “Dark Side Club” para reunir inimigos da Liga da Justiça e impedir que o atrapalhassem.

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Uma Lanterna Verde Alfa, sob controle de Darkseid, arma para que Hal Jordan leve a culpa pela morte de Orion. Hal é detido pela desconfiança que permanece desde que foi controlado por Parallax e é levado ao tribunal de Oa para ser julgado. Batman descobre sobre a Lanterna Alfa que imediatamente o sequestra e o leva para Darkseid. Uma explosão em Metrópolis quase causa a morte de Lois Lane e obriga o Superman a permanecer ao lado dela para impedir que faleça. Pouco depois, ele é levado para o futuro da Legião dos Super-Heróis. O Caçador de Marte é sequestrado por Libra e em seguida morto. A Mulher Maravilha é tomada pela Equação Anti-Vida e se torna uma das Fúrias Femininas de Darkseid. Assim, todos os grandes membros da Liga da Justiça caem enquanto Darkseid toma o corpo do detetive Dan Turpin. Outros heróis poderosos também são afastados, como o Espectro que é separado de seu hospedeiro humano e aprisionado e humilhado por Caim (Vandal Savage).

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Durante todo o tempo a Equação Anti-Vida torna humanos servos de Darkseid. Ela é exposta como uma equação matemática: Desespero + solidão + alienação + medo – autoestima = zombaria / condenação / equívoco, além de sempre se falar que todos devem obedecer e que tudo é uma manifestação de Darkseid. O mundo todo fica sob controle do Novo Deus maligno durante esse tempo. Batman durante todo o tempo que permaneceu preso ficou em um lugar de onde não poderia fugir, submetido a um projeto que tinha a itenção de cloná-lo. Darkseid pretendia criar um exército de Batmen, mas os clones não eram capazes de suportar todo o estresse do herói, surpreendendo os cientistas de Darkseid que não entenderam como ele suportava. Ao fim, consegue converter o programa que clonava suas memórias a ajudá-lo e acorda, partindo para derrotar Darkseid. Batman conta ao vilão que guardara a bala que matou Orion e a dispara contra Darkseid ferindo-o mortalmente, mas no mesmo momento é atingido pelo Raio Omega de Darkseid, Superman retorna do futuro após lidar com Superboy Prime e se depara com o mundo em caos. Ele chora a morte de Batman e parte em fúria contra Darkseid, mas descobre que o vilão estava no corpo de Turpin enquanto Darkseid lhe afirma saber que sua morte estava próxima. Pretendia ganhar tempo para matar Superman, sabendo que ele nunca machucaria inocentes como Turpin ou as pessoas que o controlavam. Só que antes que Darkseid possa ferir o herói, os Flashs aparecem e direcionam o Corredor Negro (encarnação da Morte) até Darkseid que é enfim levado por ele. Após isso Superman recria uma máquina que viu no futuro da Legião (a “Máquina dos Milagres”), um tipo de caixa materna que o herói usa para acabar com os planos de Darkseid. A série se encerra com a criação do Quinto Mundo, lugar onde os Novos Deuses bons renascem.

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Crítica: Tão confusa como a própria cabeça de Morrison, A saga Crise Final tem mais referências ao universo das HQs do que uma ligação direta com as demais crises. A saga é tida como um grande tributo a Jack Kirby e parece ser uma versão para o “Grande Desastre”, citado nas histórias de Kamandi. A série também sofreu duras críticas dos fãs devido a dificuldade de compreensão da história, existem vários arcos, que vão desde a Legião dos Super Heróis até uma com a Questão que é incompreensível o motivo de ser feita e os resultados para a saga. Esta grande quantidade de histórias paralelas confundem muito a trama, mas a mais interessante realmente é a da Legião de Três Mundos que é a ponte entre Superman Beyond e o final da crise, mas que acaba ficando em segundo plano no contexto geral e gerando mais confusão na história. Outro problema foi a saga Contagem Regressiva, que fica em contradição a Crise Final, pois nela os Novos Deuses morrem com a ciência do Superman e outros heróis, mas durante toda a Crise Final os heróis não demonstram saber que os deuses de Nova Gênesis foram destruídos até Orion aparecer morto em Metrópolis. Morrison afirmou que para entender sua Crise, os leitores deveriam se ler apenas o que ele escreveu, ignorando tudo que foi feito antes. Ainda assim a narrativa é complexa devido as fortes mudanças de contexto e o excesso de heróis que aparecem na tela, com intermináveis referencias e monólogos conceituais, além de um conhecimento prévio sobre o Universo DC que a maioria das mega sagas anteriores não exigia. A DC admitiu os erros e que isso gerou as estas desnecessárias contradições, principalmente na confusa conclusão. Tudo isso era para gerar um novo Reboot na DC ocorreria logo em seguida, mas como a saga recebeu muitas críticas e as vendas caíram consideravelmente, A Dc decidiu não arriscar com o Reboot e manteve o Universo coeso por mais um ano até o Flashpoint.

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