Millennium: A Garota na Teia de Aranha – The Girl in the Spider’s Web (2018)

Millennium: A Garota na Teia de Aranha (2018)

Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura. Com direção de Fede Álvarez, produção Søren Stærmose, Ole Søndberg, Scott Rudin, Amy Pascal, Elizabeth Cantillon e Eli Bush, roteiro Steven Knight, Fede Álvarez e Jay Basu, baseado em Det som inte dödar oss, de David Lagercrantz e personagens de Stieg Larsson. Elenco Claire Foy, Sverrir Gudnason, Sylvia Hoeks, Claes Bang, LaKeith Stanfield, Cameron Britton e Stephen Merchant, companhias produtoras The Cantillon Company, Metro-Goldwyn-Mayer, Scott Rudin Productions, Yellow Bird Films e Pascal Pictures, distribuição Columbia Pictures. Com lançamento na Suécia 26 de outubro de 2018 e Estados Unidos em 9 de novembro de 2018, The Girl in the Spider’s Web é um filme de crime e suspense, a quinta produção baseada na série Millennium, criada por Stieg Larsson, e a segunda produzida pelo estúdio norte-americano Columbia Pictures. O filme adapta o quarto livro da série, Det som inte dödar oss, escrito por David Lagercrantz. O filme não vê o retorno da equipe e elenco de The Girl with the Dragon Tattoo, sendo dirigido e co-escrito pelo uruguaio Fede Álvarez, e estrelado por Claire Foy como Lisbeth Salander, e Sverrir Gudnason como Mikael Blomkvist. Gravado entre janeiro e abril de 2018 na Alemanha e Suécia.

Sinopse: Graças às matérias escritas em uma revista, Lisbeth Salander ficou conhecida como uma anti-heroína, que ataca homens que agridem mulheres. Apesar da fama repentina, ela leva uma vida às escondidas. Um dia, Lisbeth é contratada para recuperar um programa de computador chamado Firefall, que dá ao usuário acesso a um imenso arsenal bélico. O programa foi criado para o governo dos Estados Unidos, mas agora eles querem deletá-lo por considerar perigoso demais. No entanto, Lisbeth consegue roubá-lo.

Lisbeth Salander: Lisbeth Salander é uma personagem criada pelo jornalista e escritor sueco Stieg Larsson. É a protagonista da Trilogia Millennium conjuntamente com Mikael Blomkvist. Salander apareceu pela primeira vez no romance Män som hatar kvinnor ( Os Homens que Não Amavam as Mulheres), em Flickan Som Lekte Med Elden ( A Menina que Brincava com Fogo) e Luftslottet Som Sprängdes (A Rainha do Castelo de Ar), sendo interpretada por Noomi Rapace nos filmes e minissérie sueca, e por Rooney Mara no filme norte-americano. Larsson declarou em entrevistas que a personagem Lisbeth Salander foi baseada no que ele pensava de Píppi Meialonga numa versão adulta. Na trilogia, Salander tem o nome de “V.Kulla” na porta de seu apartamento no Svartensgatan, em Estocolmo, na Suécia. “V.Kulla” é uma das abreviações de “Villa Villekulla”, o nome da casa de Pippi Meialonga. Assim como Meialonga, Salander é ruiva, que pinta seu cabelo de preto. Depois de sua primeira aparição na série ela é descrita como “uma pálida e anoréxica, jovem, com cabelo curto e bagunçado, e de piercings no nariz e na sobrancelha. Tinha uma tatuagem de vespa no pescoço, uma tatuagem de laço em volta do bíceps do braço esquerdo e outro no seu tornozelo esquerdo. Quando usava camiseta regata era possível ver parte de sua tatuagem de dragão pelo ombro esquerdo.Salander nasceu em 30 de abril de 1978, filha de Sophia Agneta Salander Née Sjölander. Lisbeth tem uma irmã gêmea chamada Camilla, de quem ela é distante.

Seu pai é Alexander Zalachenko, um agente da GRU Soviética, que desertou para Suécia em 1960 e foi concedido ao asilo e proteção do SÄPO, e esse fato foi ignorado pelo governo sueco. Depois de Zalachenko ter dado uma surra selvagem que deixou a mãe de Lisbeth com danos cerebrais permanentes, Lisbeth, aos 12 anos de idade, atacou seu pai, que estava em seu carro, jogando-lhe gasolina (que estava dentro de uma caixa de leite) e um fósforo aceso. Zalachenko foi gravemente ferido, porém sobreviveu. Com medo de que este evento levaria a exposição e recriminação por abrigar um violento e psicopático espião soviético, os manipuladores do SÄPO resolveram silenciar Salander, declarando-a insana e enviando-a ao hospital psiquiátrico infantil St.Stefan, uma unidade fechada de tratamento mental em Uppsala. Enquanto estava lá, foi colocada sob vigilância direta do psiquiatra principal, Dr. Peter Teleborian, um pedófilo que a manteve presa por dois anos por conta de seu desejo sexual reprimido por ela. Depois de passar anos de formação no St.Stefans, foi liberada sob condição de ser incapaz e que, portanto, necesstava de um tutor para supervisioná-la. Na época da introdução de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, Nils Bjurman se tornou seu tutor, após Holger Palmgren, que foi incapacitado por um derrame. Bjurman se revela um sádico que a obriga a fazer sexo oral em troca de seu próprio dinheiro -que é controlado por ele- para qualquer coisa que seja. Ele acabou estuprando-a, sem saber que ela estava com uma câmera escondida. Ela cobra sua vingança por esse estupro dias depois, por amarrá-lo, e torturando-com um objeto, e fazendo uma tatuagem em sua barriga que diz “sou um porco sádico, um pervertido e estuprador” (“I am a sadistic pig, a pervert and a rapist”). Forçou-o a assistir a fita que ela gravara dias antes e ameaçou divulgar uma cópia aos tribunais, e à imprensa, caso ele não a deixasse tomar conta do próprio dinheiro, ou caso algo acontecesse a ela. Ele concorda com isso, porém no segundo romance quer se vingar, chamando o pai dela, e pedindo para encontrá-la, localizar a gravação e depois matá-la. Na sua fase adulta, Lisbeth se torna uma investigadora secreta. Sua infância conturbada e traumática fez dela uma mulher ferozmente fechada e misteriosa.

Ela é uma ‘black hat’, ou ‘cracker’ – um hacker de computador que transmite senhas de segurança de computadores e se infiltra em seu conteúdo. Sob o nome de “Wasp”, ela se torna uma figura proeminente na sociedade hacker internacional conhecida como “República Hacker”. Ela também utiliza essas habilidades digitais como meio de vida, trabalhando como melhor investigadora de uma empresa de segurança. Também tem uma perfeita memória fotográfica, outra vantagem para sua habilidade investigativa.

Crítica: Não é fácil fazer adaptações de franquias de livros blockbusters para filmes de sucesso em Hollywood, vários deles já foram fracassos de bilheteria, principalmente se falando de livros adolescentes, e muitos adultos seguiram o mesmo caminho deixando muito a desejar nas telonas. Sâo exemplos fáceis de sucesso em adaptações de livros para franquias cinematográficas como Harry Potter, Senhor dos Anéis e James Bond, assim como de sucesso  mediano como Narnia, Crepúsculo, Hobbit e Código da Vince, em que agradaram uma boa platéia ou os fracassos totais em franquias como A Bussola Dourada, Entrevista com vampiros e Percy Jackson, entre centenas de outros. Todos sem exceção têm em comum mão do autor literário, diretor e produtores, mudando a história ou as seqüências para uma melhor visão cinematográfica ou de bilheteria, resultando em sucesso ou fracasso para os fãs.

Infelizmente ainda não é este filme a melhor versão de Lisbeth Salansder para os cinemas. Com um baixo orçamento de US$ 43 milhões e uma bilheteria ainda fraca, o filme entrega uma história confusa para os fãs literários se comparada a história dos livros ou ao roteiro cinematográfico da trilogia original sueca e pior ainda, a amerciana, com uma adaptação da Salander muito mais parecida com o James Bond moderno e sanguinário, quase uma Elektra da Marvel, do que a traumatizada, Nerd e Gótica Lisbeth . Não vou entrar na questão do livro ser uma nova paginação da trilogia clássica e da morte e substituição do seu autor original, temos no site Noset pelo menos quatro matérias minhas sobre o assunto, assim como das adaptações anteriores sobre livros e filmes. Sobre a versão de 2018, o bom diretor e roteirista Fede Álvarez, de A Morte do Demônio (2013) e O Homem das Trevas (2016), traz uma história mediana, quase uma continuação da versão americana, mas com adaptação e releitura própria da visão e versão da história do diretor, transformando ela em uma anti-heroína do cinema, repleta de virtudes para as heroínas atuais, como força, agilidade, versatilidade, bissexualidade e inteligência. Para se ter uma idéia, há mais cenas de ação e tiroteios no filme do que cenas que comprovam a inteligência da personagem principal, que muitas vezes passa por apertos até constrangedores, muito mais pela seqüência de ação do que por ser uma poderosa hacker, ponto realmente forte da personagem. Mas tudo isso pode passas desapercebido para o grande público que não leu o livro e não viu os filmes anteriores, mas ainda assim, não agrada completamente esse Duro de Matar feminino .

Do elenco Claire Foy (O Primeiro Homem) faz uma boa interpretação da Salander no filme, muito mais do que é pedido pelo diretor, um pouco mais gordinha e atlética do que a personagem principal dos livros, mas ainda assim é possível vê-la como a personagem. Sua atuação não é superior a de Noomi Rapace, nos filmes e minissérie sueca, e de Rooney Mara, no filme norte-americano, mas talvez, novamente, isso tenha mais a ver com a visão e versão da personagem do diretor do que do talento da atriz. Sverrir Gudnason (Borg e McEnroe) é uma sombra de atuação no papel principal de Mikael Blomkvist do que seus colegas de adaptações anteriores, não chegando aos pés do ótimo ator sueco Michael Nyqvist ou mesmo do inglês “Bulldog 007” Daniel Craig. Novamente esta a versão do diretor traz um personagem desmotivado e confuso do começo ao fim do filme, quase um fantasma de Slander sem presença nenhuma no filme, quase descartável. Somente LaKeith Stanfield (Corra!!) parece ter um personagem completo e aproveita bem seu momento nas telas como Alona Casales, um agente que tem a visão centrada do que precisa, o que abre mão para conquistar e quais as consequências e sacrifícios dos seus atos.

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