Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje falamos de um incrível filme cult que infelizmente passou despercebido pelo grande público.
The 13th Warrior – O 13º Guerreiro (1999):
De John McTiernan roteiro William Wisher Jr. & Warren Lewis com Antonio Banderas, Vladimir Kulich, Dennis Storhoi e Omar Sharif.
Sinopse: Na era de 922, Ahmad ibn Fadlan, um poeta e cortesão árabe, apaixona-se por uma mulher lindíssima, que pertence a outro homem. O ciumento marido reclama com o califa, que então nomeia Ahmad embaixador na terra de Tossuk Vlad, uma região pobre e longínqua ao norte. Na prática, Ahmad é expulso de sua casa. Por vários meses, Ahmad atravessa a camelo as terras dos povos bárbaros e acompanhado de Melchisidek, um velho amigo de seu pai, deambula pela terra dos oguzes, dos azeris e dos búlgaros, até chegar terras dos tártaros, onde é atacado por um grupo desconhecido que acaba por desistir do saque após ver os barcos dos vikings. Ibn Fadlan é intimidado pelos costumes dos vikings: a sexualidade pura e crua, o descuido com a higiene, os sacrifícios humanos a sangue frio. Até que Ahmad toma conhecimento de uma verdade aterrorizadora: foi escolhido para combater Wendol, um ser que mata vikings e devora-os. Uma vidente faz a revelação que treze guerreiros devem lutar contra estes inimigos, mas o décimo terceiro não pode ser um homem do norte. Assim, Ibn Fadlan luta ao lado dos Vikings num combate que dificilmente será vencido por eles.
Crítica: John McTiernan é um excelente diretor e tem em seu currículo filmes como O Predador, Duro de Matar e A Caçada ao Outubro Vermelho. Aqui conta de maneira exuberante e quase poética a história inspirada no relato de Ahmad ibn Fadlan em suas viagens no rio Volga, no século X. O enredo é, contudo, em grande medida uma adaptação moderna do épico anglo-saxão Beowulf, com elementos extraídos das 1001 noites. O filme esforça-se por atingir uma atmosfera histórica que o livro dá, principalmente pela quantidade de detalhes, lugares e a riqueza de informações que infelizmente no filme é deixado de lado por motivos óbvios de tempo para se contar a história principal. São usados recursos cinematográficos para adiantar essa linha, como no aprendizado linguístico do personagem principal, para que já na metade do filme, todo o elenco se entenda, o que não ocorrer no livro. No filme utilizam-se diálogos em Árabe, Sueco, Norueguês, Dinamarquês, Grego e Latim até que todos se compreendam em “inglês” Do elenco Antônio Banderas está maravilhoso e consegue dar vida ao personagem, principalmente na cena antes da batalha final, Omar Sharif merece todo nosso respeito pela sua carreira e aqui agrega demais ao filme, Dennis Storhoi fazendo bem e ligação entre dois povos com diferenças culturais, Sven Wollter interpretou de maneira impressionante o chefe viking, a veterana atriz norueguesa Turid Balke como a feiticeira e Maria Bonnevie como Olga, a criada. Originalmente intitulado Eaters of the Dead, o filme começou a ser produzido em Agosto de 1997, teve diversas montagens e remontagens sendo que o resultado final não foi aprovado. Várias cenas tiveram que ser refilmadas, com Crichton como seu realizador, o que atrasou a saída do filme por mais de um ano, mudou-se o título para um mais comercial como The 13th Warrior, já que os custos aumentavam desproporcialmente, o orçamento passou de 85 milhões de dólares para mais de 110 milhões de dólares e com todas as refilmagens e despesas promocionais, estima-se que o custo final tenha acabado por rondar os 160 milhões de dólares. Apesar do fracasso beirar os US$ 100 milhões, o lançamento em vídeo permitiu recuperar algum do dinheiro investido. O filme é se tornou cultuado para aqueles que gostam de filmes épicos.
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