Salve Nosetmaníacos, eu sou o Marcelo Moura e hoje vamos falar de mais uma adaptação duvidosa no universo DC Comics
Aço – DC (1997):
Direção: Kenneth Johnson, elenco Shaquille O’Neal, Annabeth Gish (Risco Duplo), Judd Nelson e Ray J.
Sinopse: John Henry Irons (Shaquile O’Neal) cria armas não letais para o exército americano, quando vê as armas por ele criadas sendo usadas por uma gangue, John descobre que seu projeto original foi sabotado. Revoltado, ele resolve usar o equipamento do tio Joe (Richard Roundtree) para criar uma armadura, que o faz assumir o codinome Aço. Seu alvo é Nathaniel Burke (Judd Nelson), que autorizou a venda das armas às gangues que agem nas ruas.
Quem é Aço (DC Comics):
Primeira aparição The Adventures of Superman n.º 500 (1993), Criado por Louise Simonson e Jon Bogdanove. Formado em Física, John Irons descobriu ainda na juventude que tinha talento para criar armas. Contratado pela indústria de armamentos militares AmerTek, John Henry Irons desenvolveu avançados sistemas de armamentos, porém, ele se desiludiu quando percebeu a destruição que suas invenções causavam em mãos erradas. Irons abandonou tudo, destruindo suas anotações e se transformou em um alvo da AmerTek. Assim, Dr. John Henry Irons, Ph.D., assumiu a identidade do trabalhador da construção civil Henry Johnson e se mudou para Metrópolis. Lá, Irons (como Johnson) encontraria em breve seu destino após escapar da morte quando o Homem de Aço o salvou de uma queda. Irons disse ao Super: – “Devo minha vida a você”, o último filho de Krypton respondeu: “Então tenha certeza que valha a pena”. Quando Irons descobriu que uma das armas mais letais que desenvolveu estava nas mãos de gangues de rua, sentiu-se responsável. Modificou o protótipo de uma armadura com capacidade de voo em uma cópia do uniforme do Superman, e inspirado no herói, Irons adotou a identidade de Homem-de-Aço (mais tarde, apenas Aço). Quando o Superman foi morto por Apocalypse. Aço provou seu valor ao ajudar os metahumanos da Terra contra Darkseid na saga “Gênese”. Entrou para a LJA, pouco antes do surgimento da Gangue da Injustiça. Em sua primeira missão na Liga sofreu uma desastrosa derrota quando Prometheus, o assassino de heróis, se infiltrou na Torre de Vigilância e sabotou sua armadura computadorizada. Mas o novo mago-tecnológico da LJA logo virou a mesa, forçando Prometheus a fugir após utilizar o seu próprio sistema contra ele. Com a avançada tecnologia da Torre de Vigilância da LJA e seu conhecimento, Aço montou uma oficina na Lua, tornando-se o cientista e construtor oficial da Liga. Lá, Aço tem estudado a tecnologia do tubo de explosão e da Caixa Materna, trazidos de Nova Gênese pelos seus companheiros Órion e Grande Barda. Após um curto período administrando um hospital em Nova Jersey, Irons e seu alter ego de armadura voltaram para Metrópolis. O projetista de armamentos decidiu retornar para sua vocação original, utilizando todos os seus dons na sua nova Oficina do Aço tecno-forja no Beco do Suicídio. Irons passou a desenvolver tecnologia de controle metahumano não letal para a Unidade de Crimes Especiais da Cidade, auxiliado por sua sobrinha Natasha, que estudava os efeitos à saúde dos protótipos de Irons.
Crítica: Com um orçamento baixíssimo de US$ 16 milhões, para um filme B de Super Heróis não tão conhecido assim, é claro eu o resultado final não poderia ser dos melhores, ainda mais com a escolha do elenco mais que bizarro. Com apenas a bilheteria de US$ 1.7 milhões em todo o mundo, um prejuízo monumental, eu posso dizer realmente que não me lembro de ver uma bilheteria ou filme tão ridículo assim nos meus anos de crítico de cinema, mas vamos aos culpados. Primeiro ponto, o orçamento é baixo, a tecnologia de filmes é ruim nos anos 90, a adaptação esquece vários conceitos do personagem não criando um drama devido,a escolha do elenco é péssimo, resumindo, uma chuva de erros que já em 97 não deveriam ser desculpa para fazer algo tão deplorável. Já tínhamos acertado um caminho de blockbusters para HQ´s que incluíam super heróis como o Superman (1978), Batman (1989), Blade (1998), O Corvo (1994) e logo após X Men (2000), onde nem sempre os filmes se aprofundavam tanto assim nas HQs, mas mantinham um drama coerente com o que se esperava para um bom filme. Tínhamos um ou outro fracasso como o filme Supergirl (1984), The Phantom (1996) e Spawn (1997), mas mesmo esse erros não eram grotescos e a fórmula do sucesso já era clara, só que Aço foge completamente a isso e vai contra a maré em tudo. O experiente Kenneth Johnson poderia ter se esforçado mais, ele que é diretor, produtor e roteirista televisivo e cinematográfico, especialmente na área da ficção científica, com programas para TV como The Incredible Hulk, The Bionic Woman, V – The Final Battle, The Six Million Dollar Man e Saving Grace e filmes como Um Robô em Curto Circuito (1988), Zenon: A Garota do Século 21 (1999) e Meu Amigo Bicho-Papão (1999) deveria saber que não dá para fazer um drama como O´Neal no papel principal, nada contra o carismático jogador da NBA. Me pareceu muito mais uma oportunidade do diretor fazer a transição da TV para o cinema do que se tentar algo bom ou sério. Resultado, o filme virou uma piada no mercado, que infelizmente eu assisti e tudo está errado desde o início, em um simples roteiro coerente. Explicando melhor, nos quadrinhos, John Henry Irons teve sua vida salva pelo Super-Homem e resolveu se tornar um super-herói, chamado Aço, em homenagem a ele, após a morte do Homem de Aço para o vilão Doomsday, no arco A Morte do Superman. No filme a presença do Super-Homem não é citada, apesar da marca do personagem estar presente em uma tatuagem no protagonista. Além disso o filme é de uma infantilidade absurda, em um beco, o ator principal constrói sua armadura, como se fosse um ferreiro medieval, assim não dá. Realmente eu não conselho esse filme para ninguém, é uma piada de mau gosto.
Curiosidade: O fato de John Henry Irons ficar nervoso ao realizar um lance livre é uma brincadeira com Shaquile O’Neal, devido ao seu baixo aproveitamento neste tipo de arremesso em jogos de basquete. Infelizmente esta piada se repete exaustivamente em vários filmes em que O´Nel atua. A personagem Susan Sparks é baseada na personagem Oráculo da DC Comics, faltou grana para pagar direitos autorias de um personagem secundário do Batman que nada tem a ver com o universo do Superman, que coisa. Shaquille O’Neal teve que fazer todas as suas cenas, já que os produtores não encontraram um dublê que tivesse o mesmo tamanho, tipo físico e talvez até atuasse melhor que ele. Como resultado final de tudo, O´Neal ganhou a indicação do Prêmio Framboesa de Ouro em 1998 para pior ator, seria merecido se O´Neal fosse pelo menos um ator, o que não é.
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