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Sonhando com Nárnia

Sonhando com Nárnia
  • Publishedagosto 25, 2016

Diferentemente de muitos outros filmes tidos como infanto juvenis, os filmes da saga de Nárnia não tiveram muito apelo para mim em um primeiro momento, só vim assistir o primeiro filme uns quatro ou cinco anos depois do lançamento (ou seja, o segundo e o terceiro já haviam sido lançados). Havia um quê de rebeldia porque era modinha na época, para mim era só mais um filme baseado em um livro.

Nárnia

Quando finalmente me deixei levar pelo encanto de Nárnia não consegui parar de imaginar uma lógica por trás de tudo aquilo, não que não houvesse, mas era tudo, aparentemente, tão fora do nosso normal, que precisaria de alguma explicação para ser tão encantador. Também não pude evitar de ficar encantada como a história pode ter várias formas de interpretação e um apelo singelo, mas forte, à imaginação. A saga de filmes é baseada na saga de 7 livros de C. S. Lewis. Dos sete livros somente três filmes foram concretizados até 2010, a partir de 2017 (provavelmente) se iniciará uma nova fase da saga de filmes. Os títulos transformados foram “O Leão, A Feiticeira e o Guarda-Roupa” (“The Lion, The Witch and The Wardrobe” – 2005), “Príncipe Caspian” (“Prince Caspian” – 2008) e “A Viagem do Peregrino da Alvorada” (The Voyage of The Down Treader” – 2010), a nova fase da saga de iniciará com “A Cadeira de Prata” (“The Silver Chair”). Confesso que não li nenhum dos livros, mas com certeza está nos meus planos os ler!

O primeiro filme apresenta os quatro irmãos Pevensie, Pedro (Peter), Suzana (Susan), Edmundo (Edmund) e Lúcia (Lucy), o pai deles está servindo seu país (Inglaterra) na Segunda Guerra Mundial, a mãe não achou seguro deixar suas “crianças” (Pedro e Suzana já eram bem adolescentes) em Londres, a cidade estava sendo usada como campo de batalha, então consegue um abrigo para eles na casa de um professor, longe da cidade e dos perigos da guerra.

Nesta casa eles têm muito espaço e mais ainda regras a seguir, o que não impede de serem crianças e brincar, especialmente para agradar a mais nova, Lúcia. Quando brincavam de esconde-esconde, Lúcia entra em um guarda roupas, localizado dentro de uma sala que os proibiram de entrar, lá dentro a menina acaba encontra um mundo completamente diferente, era Nárnia. Nenhum de seus irmãos acreditou em sua história, achavam que era imaginação dela, mas acabaram conhecendo por si o tal mundo.

A partir daí eles começam a conhecer tanta coisa que não era lógico em seu “mundo real”. De certa forma era bom, afinal eles meio que fugiram a ideia de estarem longe de seus pais, que enfrentavam uma guerra, mas acabaram enfrentando uma dentro de Nárnia, vencendo a Feiticeira Branca e salvando Nárnia do interminável inverno. Com isto se tornam reis e rainhas, crescendo como tal. Eventualmente encontram o caminho de volta para casa, voltando para casa do Professor (que parecia conhecer toda a história) com as idades originais.Nárnia

No segundo filme eles voltam a Nárnia, encontram um reino destruído depois de passados centenas anos da saída deles. Ficaram sabendo que lá não só existiam animais falantes, centauros e sátiros, mas também humanos. Agora Nárnia era alvo da ganância do Rei Miraz. Seu sucessor era seu sobrinho, Caspian, que era ingênuo e não deseja o mesmo que o tio. Ele acaba se juntando aos exército de Nárnia e unindo os dois reinos (e se apaixonando por Suzana).

O terceiro filme se passa poucos anos depois, Pedro e Suzana passaram a viver nos EUA com os pais, já Edmundo e Lúcia viviam em Londres, na casa de uma tia, dividindo o quarto com o insuportável primo deles, Eustáquio (Eustace). Os irmãos conseguem voltar a Nárnia por meio de um quadro que representavam o mar de lá, encontram Caspian em seu navio, O Peregrino da Alvorada. Eustáquio acaba indo junto por acidente, ele conhece Nárnia e se torna digno de voltar.

Em todos estes três filmes é mostrado a força de um personagem que é mais se fala do se ver, é Aslan, um leão que representa liderança, força e resiliência. Ele não luta no lugar de ninguém, nem dar respostas fáceis, mas sim ensina como os problemas podem ser resolvidos, fazendo com que todos aprendam uma lição de certa forma. O desejo de muitos em Nárnia é conhecer o país de Aslan, pelo fato de ser lá onde se poderão encontrar todas as respostas completas.

A primeira coisa que me fez gostar do filme foi a relação entre os irmãos, em algum nível lembra minha relação com meus irmãos. Somos cinco, duas mulheres e três homens, eu sou a caçula, de alguma forma eu vi refletido em Pedro o cuidado que meus irmãos têm em mim (por sinal um dos meus irmãos se chama Pedro). A outra coisa é mais intrigante e possivelmente polêmica. A existência de Aslan, a forma que ele trata tudo e todos e o seu país tem, para mim, duas interpretações bem além do normal, especialmente por causa daquela fala do terceiro filme, algo como “Você é bem vindo a conhecer o meu país, mas lembre-se de que não poderá voltar). De primeiro, logo quando assisti o filme, encarei aquilo quase como uma representação bíblica, entendi que Aslan era a representação de Deus, seu país seria talvez o paraíso, Nárnia seria uma dimensão em que as pessoas do nosso mundo passariam a ter mais respeito e atenção a divindade. Só para esclarecer, sou católica, respeito todas as outras religiões e creio fielmente em Deus, desculpem-me se, de alguma forma, este pensamento agride alguém, não é a intenção.

Nárnia

Hoje me dia mantenho essa visão, mas com uma cabeça mais madura e uma proximidade com a filosofia por causa de um dos meus irmãos, esta frase pode ter uma outra conotação. Aslan não é um divindade, como o próprio filme nos leva a acreditar, mas é um guia, fazendo com que passamos a reconhecer que a força ou o conhecimento que precisamos está em nós, só precisamos reconhecer. Seu país seria um lugar psicológico, uma vez que conseguimos chegar às respostas que tanto buscamos não podemos voltar, porque isto seria regredir, além do mais seriamos pessoas completamente diferentes, seria realmente impossível retornar.

Depois de um pesada reflexão nada melhor de falar de coisas mais amenas, não é? ‘E o que seria essa assunto, Tia Nívia?”. Elenco, lógico!!! Em todos os filmes de Nárnia já lançados há grandes nomes do cinema e das séries internacionais, impressionantemente não são os protagonistas que se tornaram estes grandes nomes, apesar do excelente trabalho exercido em Nárnia.

Pedro é interpretado por William Moseley, além de Nárnia ele é conhecido, atualmente por interpretar o príncipe herdeira da Inglaterra, na série inglesa “The Royals”. Nunca assisti essa série, só alguns episódios perdidos, não é representação da verdadeira família real inglesa, mas, pelo pouco que vi, podemos considerar o personagem de Moseley um Príncipe Harry na personalidade. Suzana é vivida por Anna Popplewell, antes de Nárnia trabalhou com Scarlett Johansson em “A Moça Com Brinco de Pérola” (“Girl with a Pearl Earring” – 2003), atualmente é reconhecida pela série “Reign”.

NárniaEdmundo é Skandar Keynes, conhecido apenas pela saga de Nárnia. Lúcia é vivida por Georgie Henley, fez outros trabalhos depois, mas seu maior sucesso é Nárnia. Liam Neeson (triologia “Busca Implacável”) empresta sua voz para Aslan em todos os filmes (espero que também para os próximos). Tilda Swinton, conhecida pelos trabalhos em filmes de conceito e em títulos como “O Curioso Casa de Benjamim Button“ (“The Curious Case of Benjamim Button” – 2008). O príncipe Caspian é vivido por Ben Barnes, tem trabalhos famosos, mas com certeza é mais conhecido por ter interpretado Dorian Gray, em filme homônimo de 2009.

Agora vem as maiores surpresas. Na primeira vez que Lúcia vai a Nárnia ela faz amizade com um dos seres mitológicos que vivem em por lá, ele se chamava Sr, Tumnus, é ele quem faz a cerimônia de coroação no final do primeiro filme. Este personagem, que só aparece no primeiro filme (mas está em mais dois dos outros livros da saga) é interpretado por James McAvoy, escocês muito conhecido hoje por viver o jovem Professor Charles Xavier, na nova saga de “X-Men”, além outros tantos títulos com famosos como Angelina Jolie.

A outra surpresa é direcionada para os fãs de Game Of Thrones. Vocês com certeza sabem quem é Peter Dinklage, o anão mais querido do mundo, seja você Stark ou Lannister (me esforcei ein, nem assisto GoT). Pois saibam vocês que antes dele interpretar o cômico Tyron ele também amigo de Lúcia Penvensie, ele fez Trumpkin, anão irritado, mas que ganha a afeição da menina e acaba sendo alguém de grande valor para a empreitada.

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Written By
Nivia Xaxa

Advogada, focada no Direito da Moda (Fashion Law), bailarina amadora (clássico e jazz) e apaixonada por cultura pop. Amo escrever, ainda mais quando se trata de livros, filmes e séries.

2 Comments

  • O próprio autor C.S Lewis afirma que ASLAM é uma divindade,ele representa CRISTO.

  • O próprio autor C.S Lewis afirmou que Aslam era uma figura de CRISTO,portanto uma Divindade.

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